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Palavras ao vento

Palavras ao vento

Entrevista com a Cristina Silva da Dobermann Rescue Portugal

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André Ferreira- Cristina Silva primeiro que tudo deixa-me dizer-te que tenho um grande orgulho no trabalho que tu fazes, depois dizer-te como eu te conheço é uma honra ter a oportunidade de puder entrevistar-te para o meu Blogue e tenho a a certeza que pela paixão que nutres pela raça Dobermann e pelos teus cães, sem dúvidas que vai ser uma excelente entrevista. Muito Obrigada por teres aceite este convite!

Cristina Silva- Olá André! Muito obrigada pela oportunidade!

É sempre gratificante quando alguém valoriza o nosso trabalho, e neste caso tem um significado especial para mim, porque “ lutar” pela raça Dobermann é realmente a minha missão de vida.

 

André Ferreira- Cristina quando é que surgiu a tua paixão pela raça Dobermann?

Cristina Silva- A minha paixão pelos Dobermanns surgiu há mais de 30 anos, era eu muito novinha, e vivia na ilha de S.Miguel, nos Açores. Os Dobermanns não eram nada comuns lá, e eu apaixonei-me pelo aspecto daqueles dois Cães fantásticos que eu via espreitar pelo gradeamento de uma quinta! Percebi desde o primeiro dia que os vi, que tinha partilhar a minha vida com um cão daqueles. Até ter o meu primeiro Dobermann pesquisei muito e então o carácter deles conquistou o meu coração.

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André Ferreira- Que projeto é este Dobermann Rescue Portugal?

Cristina Silva- O Dobermann Rescue Portugal é o concretizar de um sonho! Foi a forma que eu arranjei de defender e lutar pela “minha raça”! Através do Rescue pretendemos educar mentalidades quer seja em relação ao cão em si, criadores, criadeiros, e ajudar Dobermanns que por alguma razão foram “descartados”, a encontrarem amor e serem tratados com dignidade até ao fim das suas vidas.

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André Ferreira- O que representa para ti a raça Dobermann?

Cristina Silva- Os Dobermanns para mim, neste momento, são a minha vida! Eu vivo para os meus cães e para os “miúdos” do Rescue. Eu até costumo dizer em tom de brincadeira, que não tenho tempo para trabalhar, que só trabalho porque no final do mês até dá “jeito”… rsrsrs No geral, e na minha humilde opinião, esta raça representa o ideal de Cão. É uma raça muito completa.

Tudo o que tu sonhas num cão, tu encontras no Dobermann!

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André Ferreira- Para muitas pessoas a raça Dobermann ainda é vista como uma raça de cães potencialmente perigosa, apesar de nós sabermos que isso não tem qualquer veracidade, uma vez que esta raça nem sequer está incluída nos cães de raça potencialmente perigosas. O que tens a dizer sobre isso?

Cristina Silva- Tenho pena que muitas pessoas falem daquilo que desconhecem.

Se as pessoas se dessem ao trabalho de tentar conhecer a raça, por exemplo ouvindo testemunhos de quem convive com eles de perto, quase 24h/dia, garanto que as opiniões mudariam drasticamente.

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André Ferreira- Como é o Dobermann como cão de guarda?

Cristina Silva- O Dobermann como guarda é excelente! Mas é um “desperdício” para guardar armazéns, terrenos, ou fábricas. Ele nessas situações irá guardar obviamente, e desempenhará o seu papel muito bem, mas o Dobermann foi criado para guarda pessoal, para “guardar”/proteger o seu dono (única raça criada com esse propósito)!

Portanto se queres ver um Dobermann a guardar com 200 por cento de foco, de empenho, de dedicação, educa-o em casa, como cão de família, e se for preciso ele dará a sua vida por ti!

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André Ferreira- Tenho conhecimento que já estives-te em algumas feiras, onde quem te visita pode não só ver os teus cães como pode tirar algumas curiosidades sobre a raça. Neste momento onde são as feiras ou os locais onde te vais encontrar e as pessoas te podem visitar?

Cristina Silva- Sim, nas feiras temos sempre alguns cães para as pessoas conhecerem e desmistificar a má imagem da raça, estamos sempre disponíveis também para esclarecer todas as dúvidas que possam ter sobre a raça, e temos a nossa “banquinha solidária” com o objectivo de angariar fundos para a associação!

As próximas feiras que já temos agendadas são o Animalfest – dia 8 Setembro em Loures, Festa Animal da Póvoa Sta Iria – dia 15 Setembro, e a Festa Animal de Oeiras dias 5 e 6 Outubro.

Podem ainda nos surgir outras, mas nesses casos anunciamos na nossa página no Facebook.

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André Ferreira- Qual é a tua opinião sobre os criadores?

Cristina Silva- Os criadores são essenciais para a preservação das raças! Sou 200 por cento a favor dos criadores. Eu sou é contra os criadeiros! Pessoas que fazem ninhadas sem nenhum cuidado de saúde, que apenas juntam um macho e uma fêmea, sem o objectivo de contribuir para a evolução da raça! São pessoas que fazem ninhadas apenas por dinheiro. Nem se pode chamar a isso “criar”, é mais “destruir” aquilo que os criadores éticos lutam todos os dias. Um criador não vive dos cães, vive para os cães!

Criar é uma arte, e infelizmente existem muito poucos “artistas”!

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André Ferreira- Onde é que se encontram os cães que estão à tua guarda?

Cristina Silva- Os cães à minha guarda, à guarda do Rescue, estão em famílias de acolhimento temporário, espalhadas de norte a sul do país. Eu inclusive sou uma destas famílias. Neste momento tenho duas “miúdas” a viver comigo e com a minha matilha.

 

André Ferreira- Por fim pergunto-te quem quiser ter um cão da raça Dobermann, qual seria o teu conselho para essa pessoa?

Cristina Silva- Quem tem o objetivo, o sonho, de ter um Dobermann, o meu conselho é antes de mais perceber se esta é realmente a raça indicada para essa pessoa. Deve “estudar” o mais possível sobre a raça.Pedir opiniões junto de quem tem Dobermanns, perceber as suas exigências, etc. E depois se realmente for para adquirir um, que o faça com um BOM criador!

Para comprar a um criadeiro, realmente mais vale não ter!

Na impossibilidade de adquirirem a um criador (muitas vezes as pessoas não têm 1000/1500 eur para dar por um cão), então sugiro que adoptem um dos que infelizmente cada vez mais surgem à procura de uma nova família.

Acho que adquirir um Dobermann, assim como qualquer outro cão, tem de ser um acto reflectido.

Neste caso a raça é sem dúvida a melhor do mundo, mas se não for adquirida, educada e mantida correctamente, facilmente pode se transformar numa grande dor de cabeça.

Quem quiser mais Informações, ou conhecer melhor o nosso trabalho pode sempre visitar a nossa página de Facebook ( https://www.facebook.com/DobermannRescuePT/ ) ou contactar-nos por mensagem privada.

 

André Ferreira- Agradecer-te uma vez mais a oportunidade de conhecermos melhor este teu projeto e desejar-te toda a sorte do mundo!

Cristina Silva- Muito obrigada mais uma vez pelo convite!

 

 

Cristina Silva

Presidente Associação Dobermann Rescue Portugal

 

 

Meditação para superar a Inércia

 

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Diga para si mesmo:

Eu sou mais do que isto! O meu pensamento sabe aquilo que eu preciso para melhorar a minha sáude, e enquanto o meu corpo diz fica, o meu pensamento diz que tenho de ir!

Mas quase sempre a vontade do meu corpo é muito mais forte que a vontade do meu pensamento.

Eu hoje digo sou capaz de seguir os meus pensamentos, sou mais forte do que isto, não quero ser isto, quero ser mais e lutar pela minha saúde!

Eu não sou isto eu sou mais! Eu sei que sou muito mais que isto e sei que todos dias posso dar o meu melhor e sair para fazer exercício, nem que seja por 30 minutos!

Pois é melhor para mim fazer exercício esses 30 minutos, do que estar um dia inteiro no sofá a ver televisão!

Agora diga para si:

A partir de agora vou mudar. Mesmo que por vezes os movimentos do meu corpo possam estar presos, eu vou liberta-los, e seja a correr, ou seja a caminhar, eu vou fazer exercício e mudar a minha alimentação. 

Agora pergunte-se porquê?

Porque você quer ser saudável aprender a comer bem, olhar para o espelho ver-se a si e poder dizer para si mesmo: Eu amo-me, e amo-me como sou!

Sugestão de Leitura Em Legitima Defesa

 

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Onde o Aborto não é um tema muito consensual entre as pessoas, onde uns defendem com unhas e dentes que a vida é mais importante do que qualquer outro valor independentemente das circunstâncias, existe uma adolescente de 15 anos que se não fizer o aborto está sujeita a não originar qualquer outra forma de vida, derivado ao seu feto ser portador de hidrocefalia. Onde uma advogada de defesa que está num cargo político pode ser a sua única esperança, pode ser complicado quando se acaba de vetar em relação ao aborto, e onde este veto é aprovado quase que por unanimidade. A única réstia de esperança é recorrer para o tribunal da apelação, que  apesar de os juízes serem seleccionados aleatoriamente, pode-se dar o caso de encontrar uma das suas amigas juízas que foi sua professora poder representar o caso,  e aí quem sabe encontrar uma solução.

Entrevista com a Famosa Tarologa Ana Paula, a grande Annaym!

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Primeiro deixe-me dizer-lhe que é uma honra enorme para mim tê-la aqui no meu Blogue para a realização de uma entrevista. Hoje de certeza que este Blogue vai ficar enriquecido com a sua participação.

 

André Ferreira- Ana Paula pesquisei algumas coisas sobre si, verifico que é vidente e também tarologa. Para nós que somos completamente leigos nesta matéria, existe uma grande diferença entre astrologia e vidência ou não? E se a mesma existe, quais são as maiores diferenças?

Ana Paula- Sou grata por me dar esta oportunidade de entrevista!

Sim existe diferença, a astrologia rege-se por astros e a vidência pela capacidade de ver o que o humano comum não vê.

 

André Ferreira- Quando é que Ana Paula descobriu pela primeira vez que tinha o dom da mediunidade?

Ana Paula- Com 3 anos de idade comecei por dizer que era Annaym e tinha vindo das estrelas. Aqui não era a minha casa. Sempre vi o que os outros não viam, revelei-me sempre totalmente diferente dos meus irmãos e crianças da aldeia onde nasci.

E por isso fui rejeitada, torturada no próprio seio familiar.

 

 

André Ferreira- Fala muito dos anjos de luz e da luz, que luz é esta a que se refere, e que todos nós precisamos dela, uma vez que esta transmite-nos aquilo a que nós chamamos a nossa paz interior?

Ana Paula- Anjos de luz somos todos, melhor todos somos Deuses a viver nestes corpos.

A luz e as trevas depende daquilo que cada um de nós vibra, pensa, sente e faz na sua vida.

Se fazemos o que para nós é o bem ou o mal, estaremos a revelar a nossa luz ou trevas, afinal tudo é subjetivo.

Não existem anjos. Existem seres multidimensionais que sempre contactaram a humanidade. Os anjos foram criados pelas religiões a fim de manipular a humanidade.

 

André Ferreira- Na sua opinião as pessoas muitas vezes não consultam pessoas que trabalham na área da Ana Paula, porque desacreditam completamente destas questões, ou porque tem medo daquilo que não conhecem?

Ana Paula- Bem, eu costumo dizer que prefiro aqueles que não acreditam nestas coisas, afinal são humanos fortes que sabem bem o caminho a trilhar e não precisam que ninguém lhe mostre nada. Mesmo de forma inconsciente atuam nas suas vidas enquanto Deuses criadores da sua própria realidade. Depois temos os que dizem não acreditar, que comentam na minha pagina mas passam a vida a tentarem consultas gratuitas e procuram resposta em todos. E tem de facto os que têm medo do que vão ouvir e por isso mesmo tentam evitar-nos e só nos procuram quando já não suportam mais a dor.

 

André Ferreira- A Ana Paula diria que aquilo que faz é um dom ou uma vocação?

Ana Paula- O que eu faço é para mim um Dom. Faço com amor e verdade. Ás vezes brinco dizendo que preferia ser como os que tiram cursos de Tarot ou outros, que revelam apenas o que o oraculo lhe mostra sem se importarem se estão a induzir o outro em erro ou não. Mas depois dentro de mim isso seria vazio e sem sentido. Não estaria a ajudar e sim a contribuir para maior destruição de quem me procura. Portanto sou grata pelo dom que me trouxe a este planeta.

 

André Ferreira- Já existiu alguma situação, uma vez que tem um consultório, e dá consultas, determinadas emoções de alguns pacientes fazer com que se deixasse levar pelas suas próprias emoções?

Ana Paula- Sim, muitas vezes me emociono com a vida e sofrimento dos que a mim chegam. Sobretudo quando os vejo tão perdidos que não vivem e sim vegetam. Quando estão destruídos e sem força para se erguerem. Quando estão sobre influencia de energias que não são suas e sim enviadas por outros e têm as suas vidas destruídas.

 

André Ferreira- Sempre quis seguir esta área de trabalho ou já algumas vez pensou noutras áreas diferentes?

Ana Paula- Sempre tive um trabalho convencional, pois tinha necessidade de me sentir “normal” , só agora na mudança para os Açores é que me dediquei a 100% e sem necessidade de me sentir diferente de quem sou e do que sou. Digamos que deixei de me preocupar totalmente com o que os outros dizem ou pensam sobre mim.

 

André Ferreira- Geralmente as pessoas procuram-na especialmente em que situações?

Ana Paula- Acredite que me procuram mesmo já no limite e depois de procurarem muitos outros e estarem fartos e gastar dinheiro sem soluções. E agora cada vez mais sou procurada pelos que estão a despertar e precisam de ajuda para entenderem o que se está a passar. Estamos a fazer um salto quântico para 5ªD e as pessoas sentem-se perdidas e ás vezes a enlouquecer.

 

André Ferreira- Quem quiser encontrar a Ana Paula e precisar de a sua ajuda pode encontrá-la onde?

Ana Paula- Podem contactar-me pela minha pagina do Facebook Tarologa Ana Paula, pelo telemóvel 927297353. Só dou consultas presenciais em Ponta Delgada.

 

André Ferreira- Já esteve no programa a tarde é sua numa entrevista, como foi para si contar a sua experiência da vida?

Ana Paula- É sempre muito duro recordar tudo de novo é como estar lá a vivenciar tudo novamente. Digamos que foi o que aconteceu quando escrevi o meu livro, um reviver tudo novamente para passar ao meu leitor.

 

André Ferreira- Por fim, e em jeito até um pouco em tom de brincadeira, uma vez que também falamos em vidência, e apenas por uma questão de curiosidade, conseguiria prever o que o meu futuro me reserva?

Ana Paula- Ninguém consegue prever o futuro, conseguimos ver no agora e o seu futuro vai depender da sua atitude no agora. O seu futuro é uma consequência deste agora. Em que papel está, no de vitima ou no do controle do seu destino e da sua vida? O seu futuro depende somente de si. Isto em tom de brincadeira mas muito verdadeiro, no entanto para responder com toda a clareza sobre o seu agora precisaria de vários elementos para me ligar a si, coisa que não disponho.

 

André Ferreira- Resta-me agradecer uma vez mais a sua disponibilidade e desejar-lhe os maiores sucessos!

Ana Paula- Eu é que agradeço a oportunidade e desejo-lhe todo de MELHOR QUE O UNIVERSO TEM PARA SI. UMA VIDA PROSPERA E ABUNDANTE. SEJA FELIZ!

André Ferreira- Muito Obrigada Ana Paula igualmente! ;)

 

Entrevista com o Sr. Dr. Palhaço Fernando Terra do Projecto Rugas de Riso

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Fernando Terra muito obrigado por teres aceite o meu convite, é uma honra ter-te aqui como meu amigo e com o conhecimento que tu tens. Hoje vamos ficar mais ricos de certeza. Obrigado uma vez mais pela tua disponibilidade.

 

André Ferreira- Para quem não conhece o Fernando Terra quem é o Fernando Terra?

Fernando Terra- Sou natural do Brasil e vivo em Portugal desde 1999. Tenho formação na área de teatro e sou músico autodidata. Casado com a escritora Rosana Antonio e com dois filhos (Leticia e Matteo). Sempre acreditei na arte como ferramenta de transformação. Não me vendo e não vou em “modas”. Tento ser o mais coerente possível comigo mesmo e dificuldades, pra mim, são aprendizagens. Em 2001 comecei a investigar e desenvolver a arte do palhaço e hoje sou formador internacional de clowning. Trabalho em simultâneo em Portugal e Itália, colaboro com alguns projetos sociais e sou diretor artístico da Associação MELECA, que dentre seus projetos, gere o programa Rugas de Riso.

 

André Ferreira- Quando é que surgiu este projeto de palhaços para idosos?

Fernando Terra- Surgiu quando estive numa longa temporada (de 2 anos) em Roma (Itália). Estávamos nos preparando para voltarmos para Portugal quando me veio a ideia de trazer para Portugal algo que ainda não existia. Um programa específico de palhaços para idosos em lares e instituições de acolhimento. E assim nasceu o programa Rugas de Riso, que hoje conta com 5 artistas profissionais, com treinamento para atuação em contexto clínico e recebe também a coordenação de Rosana Antonio

 

André Ferreira- Porquê o nome Rugas de riso?

Fernando Terra- Ouvi uma vez que as nossas marcas de expressão surgem quando dobramos a pele mais de mil vezes. Ou seja, vamos criando marcas no nosso rosto ao longo da vida. Marcas da vida, portanto. Quando pensámos num nome para o projeto vieram muitas ideias e até chegámos a experimentar algumas delas, até que tivemos a ideia de aproximar dois mundos: Idosos e Palhaços. Daí veio a ideia das rugas e - como diz a Rosana - se for para termos rugas, que sejam de riso. Assim juntamos as rugas ao riso, que é a marca do palhaço, apesar de o palhaço trazer muito mais que o riso com ele. Achámos o nome divertido, complementamos o logotipo com um jogo de dominó. O dominó é visto em todos os lares que visitamos e a ação dos palhaços em improviso chamamos de “jogo”. E assim fomos costurando uma grande colcha de ideias que nos levaram ao nome Rugas de Riso.

 

André Ferreira- Oual é o trabalho que é realizado pelos profissionais Rugas de Riso?

Fernando Terra- Visitamos lares e instituições de acolhimento de idosos através de palhaços profissionais, que recebem formação contínua. Temos o objetivo de não infantilizar o idoso. Trabalhamos a auto-estima, o estímulo psico-motor, a escuta ativa, redefinimos o ambiente e contribuímos para que pacientes em situação paliativa possam reorganizar suas ideias através de momentos poéticos com base no teatro físico e da comédia dell’arte.

Toda ação é antecipada por uma conversa séria com as enfermeiras ou diretores técnicos das instituições que visitamos.

Defendemos a regularidade das visitas porque acreditamos no poder da relação entre nossos Senhores Palhaços e os utentes.

 

André Ferreira- O que é preciso ter para ser um palhaço Rugas de Riso?

Fernando Terra- É preciso ser artista acima de tudo. Ter capacidade de gerir suas emoções diante de situações frágeis. Ter a capacidade de falar com seriedade quando necessário (com os profissionais de saúde), ser capaz de trabalhar em dupla e em constante improviso.

Também exigimos rigor no trabalho e compromisso dos profissionais que trabalham connosco. Vale lembrar que são profissionais remunerados pela sua qualidade profissional e pelo tal compromisso com o projeto.

 

André Ferreira- Como é que é ser palhaço de Idosos, sendo que esta é uma população cada vez mais abandonada sobretudo pela população mais jovem e não só, vivendo muitas vezes numa solidão extrema, e sem ter ninguém que os apare. Qual a importância na tua opinião deste trabalho?

Fernando Terra- Como disse antes, trabalhamos muito através das relações criadas entre nós e os utentes. Portugal tem cada vez mais uma população mais envelhecida. Vários são as carências nesta área. Posso dizer que há dez anos, quando começámos, víamos a situação pior do que hoje. O número de pessoas com demência vem aumentando e acho que todas as iniciativas complementares a terapia, desde que sejam sérias e de qualidade, devem ser bem vindas e valorizadas pela população. Nossos questionários de avaliação demonstram 100% na aceitação do Rugas de Riso e há cada vez mais instituições que nos ligam e nos convidam para visitar, não só no concelho de Mafra, mas em vários outros do país e até no exterior. No Canadá fomos tema de uma aula na faculdade de Toronto, o Brasil, a Itália e a Polónia (grupos desses países) estão a nos contactar para intercâmbios e para darmos formação e instituições públicas e privadas nos tem apoiado cada vez mais.

 

André Ferreira- O que é necessário ter para poder-se ser um palhaço de idosos?

Fernando Terra- Responsabilidade, Sensibilidade e Técnica. Palhaço não é uma fantasia de carnaval, é uma arte muito complexa que só quem não tem ideia da dimensão dela acha que é fácil. Ser palhaço não é saber contar piadas e nem ser engraçadinho. É a arte contrária do ator. Não há personagens, na verdade. Há somente a pessoa elevada a um exponencial altíssimo.

 

André Ferreira- Geralmente este trabalho com os idosos, é feito em que locais?

Fernando Terra- Nosso foco principal são os lares. Mas atuamos em centros de dia e até já atuamos na rua.

 

André Ferreira- Fugindo um pouco do tema, sei que tens uma academia de teatro na Ericeira chamada Associação Meleca. Queres aproveitar a oportunidade e falar-nos um pouco deste teu projeto?

Fernando Terra- Na verdade a MELECA é o nome da associação que gere vários projetos. O Rugas de Riso é um deles, a Academia de Teatro é outro projeto também gerido pela MELECA.

Neste momento a MELECA conta com cerca de 50 alunos de teatro que duas vezes por ano sobem aos palcos. Somos 3 professores que atendem 7 turmas de alunos com idades a partir dos 3 anos.

Trabalhamos o sentimento de grupo, a concentração, a criatividade, o não-protagonismo, tudo através de espetáculos teatrais com uma estrutura profissional, onde os nossos alunos/artistas superam dificuldades em conjunto e individualmente, com o suporte dos professores e a preciosa colaboração dos pais, avós e tios. Somos uma grande família.

Durante os meses de julho e agosto realizamos workshops gratuitos para todos que se interessam pelo teatro e já estamos com inscrições abertas para o próximos semestre com início na primeira semana de setembro.

 

André Ferreira- A nossa população tem vindo em envelhecer dia para dia, mas as preocupações que no fundo são responsabilidade de todos nós, por vezes ficam esquecidas. Não sei se concordas  ou não com esta afirmação, e qua él a tua opinião sobre a mesma?

Fernando Terra- Concordo. Acho que há um conceito ultrapassado sobre o idoso. Idoso é quem tem mais idade. Diferente de velho. O ocidente criou-se um conceito que junta as palavras idoso e velho num único espaço. Velho é o que não serve para nada. Idoso é o que acumulou história e conhecimento. Quem finge que este problema não existe fatalmente cairá sobre o mesmo daqui uns anos. Mas acho que pouco a pouco estamos a construir uma nova forma de pensar. Talvez não iremos viver tanto para presenciar a mudança que está a começar, mas eu sou otimista. Quanto ao sentimento de responsabilidade, acho que enquanto os pais continuarem a privar os filhos dos problemas, remediando-os com pequenos aparelhos que alienam os meninos e enquanto as escolas não mudarem seu conceito de ensino (que repete um formato de mais de 100 anos), o prolongamento da evolução de mentalidade só tente a crescer. Infelizmente o ser-humano é medroso e evita as mudanças e tente esquivar-se dos problemas.

 

André Ferreira- Gostavas que deixasses um conselho não só a todos os profissionais que trabalham na área da geriatria como a todos nós cidadãos que também temos responsabilidades para com estas pessoas?

Fernando Terra- O único conselho que posso deixar é VAMOS CUIDAR DE NÓS. Abrir as mentes, ter maior noção de espaço, não invadir o espaço do outro e não impedir o crescimento do outro.

 

André Ferreira- Por fim diz-me Fernando Terra, como é para ti trabalhar na Rugas de Riso?

Fernando Terra- Eu faço aquilo que gosto. Tenho muito orgulho do caminho que o Rugas de Riso já trilhou até aqui e tenho a consciência que ainda não é nem o começo. Tenho muito carinho por quem visitamos e nunca aprendi tanto em toda minha vida.

Quero deixar aqui o convite a quem nos quiser conhecer de não hesitar em contratar a nossa associação MELECA, que fica no Parque Santa Marta, na Ericeira.

E não posso deixar também de dizer que somos um projeto independente que precisa de apoios. Há dezenas de pessoas que já colaboram connosco todos os meses. Estas colaborações são sempre revertidas a visitas a lares de idosos.

 

André Ferreira- Resta-me agradecer toda a tua disponibilidade Fernando Terra e desejar-te todo o sucesso para todos os teus projetos e que continues a distribuir sorrisos!

Para quem quiser saber mais sobre o Projeto Rugas de Riso, Deixo-vos aqui o link de acesso Direto ao youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=pxMMmUF2QuY&t=381s 

 

Entrevista com Manuel Sacramento Diretor do SSVP- Sindicato Seguranças e Vigilantes Portugal e Administrador do Grupo Vigilantes e Segurança de Portugal no Facebook, e que conta atualmente com 18.000 Membros.

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Senhor Manuel Sacramento em meu nome e de todos os leitores deste blogue, acredito que até muitos deles trabalhadores no Sector da Segurança Privada, quero agradecer-lhe por me ter dado a enorme honra de me conceder esta entrevista, para este espaço humilde (o meu blogue do Sapo), em que todos nós tanto temos a aprender consigo. Uma vez mais o meu muito Obrigado Manuel Sacramento!

 

André Ferreira- Para quem não conhece o Manuel Sacramento, quem é a pessoa Manuel Sacramento?

Manuel Sacramento- O Manuel Sacramento é uma pessoa, simples, humilde e bastante empenhada nos projetos que assume. O seu conhecimento e o apoio que fornece aos profissionais do setor da segurança privada tem por base uma experiencias adquirida ao longo de +30 anos em direções e administrações de várias empresas em diversos setores de mercado.Sempre tive como prioridade e gosto o apoio a quem me procura.

 

André Ferreira- O Manuel Sacramento já trabalhou como treinador de Artes Marciais, ensinado várias artes como o Karaté, o Jiu-jitsu, o Full Contact. Pergunto-lhe de onde surgiu esta paixão pelas artes Marciais?

Manuel Sacramento - A minha paixão pelas artes marciais, nasceu aos 14 anos de idade quando entrei para o Lisboa Ginásio Clube para a prática do Karatê shotokan. Pratiquei durante vários anos esta modalidade e quando já era cinto negro pelos meus 19 anos apareceu o Full contact (arte combate proibida em Portugal) no campo pequeno em Lisboa. Entrei e comecei a praticar assiduamente esta arte de combate. Mais tarde o Mestre Vitor, devido ao grande numero de adeptos que o ginásio estava a ter, convidou-me a mim e ao Carlos Ramjanali que treinava comigo e que foi mais tarde foi campeão do mundo e da europa várias vezes, para começarmos a dar aulas..

"Fiz vários anos esta modalidade, entrei em algumas competições, dei aulas em diversas escolas e pelos meus 35 anos, veio o desejo de conhecer outros tipos de artes marciais. Treinei então o Aikido, Jiu Jitsu, Judo, kung fu. Tendo sido para mim o Jiu Jitsu a arte marcial que mais me apaixonou devido ao treino com armas e onde encontrei a forma de combate mais real. Parei pelos 50 anos devido a falta de tempo para conjugar trabalho e esta modalidade desportiva. Foram 36 anos a ensinar que me deram muito prazer."

 

André Ferreira- Entretanto a nível profissional, trabalhou em diversas áreas tais como programador de CAD, Diretor de Produção, Diretor de Qualidade, Diretor Geral, Diretor Geral, Trader de Mercados Financeiros, diretor comercial e administrativo, nas mais diversas empresas. Mais tarde começa a trabalhar na empresa Strong Charon. Como foi essa experiência para si?

Manuel Sacramento- Comecei na empresa GALUCHO como programador CAD CAM devido á minha formação como programador de aplicações de gestão. Aprendi muito nesta metalúrgica pois era das mais evoluídas da península ibérica, e onde existia área da robótica e as mais avançadas maquinas cad cam de corte por laser, plasma, jato de água, tornos cnc….. Mas um dia alguém me foi visitar dizendo que estava algum tempo a acompanhar o meu trabalho e a minha formação constante e perguntou quanto é que eu estava a receber por mês. Quando lhe disse, A resposta dele foi imediata; “ofereço-lhe o dobro para ser diretor de produção na minha empresa” daí para a frente entrei na área de direção e comecei a receber outros convites que fui aceitando e fez-me passar por variadíssimos setores de trabalho, gerindo e administrando várias empresas como; administrador, diretor geral, diretor comercial, diretor administrativo, diretor comercial…..

Na altura da grande crise de 2008 a 2013 o grupo de empresas onde estava como diretor foi vendido a uma grande empresa. Foi quando saí com 55 anos e entrei no desemprego pela primeira vez. Devido á crise que o País atravessava com 16% de taxa de desemprego e também muito ao fator da minha idade (55 anos) não consegui entrar para onde desejava e tive a humildade de me sujeitar ás únicas ofertas de trabalho que existiam na altura para alguém com a minha idade (call center, UBER ou segurança privada) Foi aí que optei pelo setor da segurança privada.

 

André Ferreira- Mais tarde ainda, entra na Securitas, e para quem o conhece como eu conheço, começa a preocupar-se com as questões da segurança privada, com algumas ilegalidades cometidas por uma grande parte das empresas deste sector. Penso até que começa a ter muita gente dentro da Securitas que sabe que o Senhor Manuel Sacramento está a fazer algo que pode ser um passo importante para a mudança deste sector e que o apoia, diga-me se estiver errado. Para quem antes tinha trabalhado noutras áreas completamente diferentes da segurança privada, o porque da sua preocupação em reação a estas questões?

Manuel Sacramento- Desde que entrei para a segurança privada tive sempre o desejo de conseguir trabalhar numa das grandes empresas do setor e como tal todos os dias enviava candidaturas para Securitas e outras 2 ou 3 das grandes empresas. Um dia no fórum que já administrava (vigilantes e seguranças de Portugal), vejo uma procura de vigilantes para a Securitas e consigo por fim entrar.

Desde sempre fui desenvolvendo um bom relacionamento com os supervisores que tive e que na minha opinião foram todos excelentes, elaborei vários relatórios para a

direção da empresa onde manifestava os meus desagrados relativos a algumas situações que observava. Um dia sou contactado pelo DRH da Securitas que mostra muito interesse em me conhecer e manifesta bastante agrado pelo fórum que estava administrar e pela forma como combato as más práticas do setor e informo os vigilantes. Esta postura para as grandes empresas era excelente pois dava a conhecer aos vigilantes as más práticas do setor e obrigava as pequenas e médias empresas que menos cumpriam a corrigir as suas posturas. Mas rapidamente começo também a combater alguns erros das grandes empresas e contrariamente ao previsível vejo por parte da AES algum agrado e colaboração neste combate e denuncias que vou fazendo.

 

André Ferreira- Quando descobriu o seu gosto por esta Profissão?

Manuel Sacramento- Nunca fui um “apaixonado” por esta profissão. O meu gosto profissional sempre foi a gestão e liderança de equipas e na segurança privada sabia que seria possível fazer esse trabalho caso chegasse a supervisor.

Recebi nos últimos 2 anos que estive na Securitas mais de 5 convites de empresas para cargos de direção, supervisão, relações publicas…. Onde me ofereceram bom dinheiro, carro da empresa, prémios mensais, isenção de horário…. Tudo o que qualquer vigilante poderia desejar! Mas por uma questão de princípios fui obrigado a recusar todas essas ofertas pois nenhuma das empresas em questão cumpria a 100% com a lei e CCT em vigor. Aceitar essas ofertas seria ir contra tudo aquilo que há tanto tempo defendia.

"Entrei mais tarde para uma empresa que se disponibilizou a mudar a sua postura e cumprir com a lei a 100%. Não me deram carro nem determinadas regalias e valores, mas a excelente relação com o Gerente dessa empresa e a sua postura tão correta como homem, valeu tudo o resto. Parabéns Silvério Falcão!!"

 

André Ferreira- Na securitas, provavelmente pelo seu excelente currículo, e não duvido também pelo seu profissionalismo, a Securitas passa-lhe a chefe de grupo do Metro de Lisboa. O que se sente quando se é promovido e reconhecido o nosso trabalho, ou seja, o que sentiu naquele momento que sabia que ia ser promovido?

Manuel Sacramento- A Securitas estava com graves problemas na coordenação da equipa dos 98 homens no metro lisboa e nessa altura o Supervisor lança-me o desafio para o apoiar nesse processo. Aceitei e rapidamente comecei observar que grande parte dos problemas passavam pela má postura dos 2 chefes de grupo que lá estavam, além de mim. Informei o supervisor e fiz alguns relatórios para a direção da Securitas sugerindo diversas mudanças na coordenação daquela equipa.

Esses 2 homens estavam fortemente apoiados pelo Diretor de filial que rapidamente se colocou contra mim e em defesa do trabalho que estava a ser feito. Devido á sua recusa a uma possível mudança de procedimentos e em retirar no mínimo 1 dos chefes de grupo que era causador de grande parte dos problemas eu mesmo solicitei á Securitas a minha retirada daquele posto e da função de chefe de grupo.

"Enviei relatório á direção de segurança da Securitas e RH onde mencionei o risco de um dia ser o próprio cliente METRO LISBOA a colocar fora essas pessoas. Após 2 meses da minha saída, o Diretor de segurança do METRO proibiu a entrada desses 2 chefes de grupo nas instalações do METRO. A Securitas mais tarde deve ter reconhecido o erro de não me ter ouvido e retirou esse senhor de diretor de filial. ."

 

André Ferreira- Como foi para si trabalhar no Metro de Lisboa pela Securitas?

Manuel Sacramento- Trabalhar no METRO LISBOA foi excelente pois permitiu-me voltar á gestão de equipas que é aquilo que mais gosto de fazer. Lamento que a empresa não me tivesse ouvido e acreditado que a mudança era necessária e urgente. Mas acho que aprenderam algo com o resultado final. Foram 8 meses bem passados e onde fiz GRANDES AMIGOS. Uma nova experiencia de vida.

 

André Ferreira- O senhor Manuel Sacramento é um dos Administradores do grupo Vigilante e Seguranças de Portugal do Facebook, que dia para dia vai tendo cada vez mais adesões. Este grupo foi criado com intuito?

Manuel Sacramento- Este grupo foi criado por um Colega em 2015 / 2016 que verificando os meus habituais comentários de ajuda e interatividade com todos os vigilantes do fórum me lançou o convite para administrar o mesmo. O meu objetivo neste fórum era denunciar as más praticas das empresas, informar os Vigilantes que estavam a ser enganados, explicar como deveriam agir, indicar as empresas mais credíveis e as menos credíveis do mercado, com o objetivo de retirar mão de obra ás empresas mais corruptas e incumpridoras. Lembro que este fórum já originou 10 processos em tribunal colocados pelas empresas.

 

André Ferreira- Pelo que sei o grupo é um grupo abrangente a todas as pessoas que trabalham na área da segurança privada, independentemente da categoria que ocupam, sejam eles vigilantes, chefes de grupo, supervisores, diretores de segurança... etc. Sabe-se que muitas vezes existem vigilantes que tem medo de dar a sua opinião, ou demonstrar a sua insatisfação com medo de sofrerem represálias por parte dos seus graduados. Qual é a sua opinião sobre essa questão?

Manuel Sacramento-"Devido a esse receio que muitos colegas têm, e á pressão das empresas sobre todos aqueles colegas que se manifestam nos fóruns Comecei admitir perfis falsos de vigilantes que sem se identificarem denunciavam situações em diversas empresas."

 

André Ferreira- Mais recentemente foi criado o Sindicato de Seguranças e Vigilantes de Portugal, onde o Senhor Manuel Sacramento foi um dos principais fundadores. Quando surgiu esta ideia?

Manuel Sacramento- Essa ideia já existia há muito. Mas sempre fui um defensor que quantos mais sindicatos existissem mais dividido ficaria o setor. Mantive sempre a esperança que o STAD mudasse a sua direção, modernizando.se e tornando-se menos dependente da AES e empresas, tal como mais interativo e comunicativo com os vigilantes. Relativamente à ASSP sendo uma associação sindical independente julguei que fosse acabar com estes problemas de falta de comunicação e falta de atividade. Mas infelizmente ao analisar a negociação AESIRF / ASSP verifico que o setor continua igual e sem qualquer solução sindical credível e ativa. É nessa altura que surge o convite de uma Colega (Claudia Jaime) para reunir com o Drº Pedro Henriques que tinha conseguido excelentes resultados com o transporte matérias perigosas. Aceitei o convite para reunião dizendo sempre que iria ser um mero moderador desse projeto. Mas ao verificar novas ideias, uma política de gestão sindical bastante moderna e com soluções que nos podem levar á mudança deste setor. Aceitei então presidir o SSVP se me permitissem escolher a minha equipa. São todos pessoas da minha inteira confiança e que tem sido EXCELENTES profissionais neste projecto.

 

André Ferreira- Em que medida o SSVP vem substituir os outros sindicatos, como por exemplo a ASSP ou o STAD?

Manuel Sacramento- "O SSVP não vem substituir qualquer sindicato existente, nem existimos com o intuito de fazer concorrência a ninguém. O nosso projeto é trabalhar na união do setor e em conjunto com todas as entidades existente"

 

André Ferreira- - Qual a maior diferença do vosso Sindicato para os outros?

Manuel Sacramento- "A diferença está na forma como o sindicato é gerido, nos seus objetivos, formas de atuação perante as empresas e más praticas, na forma de apoio ao vigilante e sermos um sindicato totalmente aberto a todo o setor preocupando-nos muito com a interatividade com o vigilante seja ele sócio ou não."

 

André Ferreira- Para quem se quiser sindicalizar no novo sindicato o que é necessário?

Manuel Sacramento- Para ser sócio deste projeto basta entrar no nosso site e fazer o seu pré registo.

Logo que a DGERT reconheça em BTE o SSVP todos receberão as informações necessárias para o inicio deste projeto. Há uma grande “guerra” politica com o SSVP visto sermos independentes e recusarmos quaisquer parcerias com partidos políticos. Algo que tem desagradado muito as intersindicais e UGT’s existentes.

 

André Ferreira- Na perspetiva do Senhor Manuel Sacramento, e naquilo que acredita, qual a sua opinião nas melhorias para um futuro melhor nas empresas de segurança Privada?

Manuel Sacramento- Tenho verificado um grande acréscimo nas más práticas em todas as empresas e verifico que o setor está andar para trás e a piorar bastante a qualidade do trabalho do vigilante. Mesmo as grandes empresas tem piorado a sua postura.

Uma melhoria no setor vai dar origem a grandes guerras com as empresas e vai obrigar-nos atuar de forma rígida e radical no sentido das empresas entenderem que ou mudam a sua postura ou terão uma vida bastante dificultada com o SSVP. Pretendemos reunir com as associações de empresas e todas as empresas setor tentando que a mudança venha a existir com a cooperação de todos. Aquelas que recusarem vão ter uma vida muito dificultada.

 

André Ferreira- Resta-me agradecer o tempo que dispensou em responder às questões que lhe foram colocadas nesta entrevista e Desejar-lhe todo o Sucesso do Mundo para si e todos os seus Projetos!

 

 

 

 

 

Ainda existem finais Felizes?!

 

Não sabemos se ainda existem finais felizes, mas pudemos vir a descobrir se todos lermos o livro, um dos primeiros livros que a minha Mulher Marta Segão escreveu, e cujo o nome é o titulo deste Post. Este texto dedica-se inteiramente ao seu primeiro sucesso alcançado, por que acredito que por esta história super interessante e que já me conseguiu deixar preso à sua leitura, muitos outros livros podem vir a surgir, com tamanho sucesso ou ainda mais. Não chega só escrever um livro, um livro não se rege só pela palavra livro, para cativar o leitor é preciso ser um bom livro. Posso parecer suspeito por ser um livro escrito pela minha Mulher, mas a verdade é que eu até que não gosto muito de livros sobre romance, este é um romance que penso eu que consegue cativar qualquer um. A minha mulher Marta está de parabéns e merece tudo e mais alguma coisa pela sua humildade, tempo perdido que dedicou ao livro para todos os leitores poderem apreciar uma excelente leitura. Quem quiser adquirir o livro o livro tem um preço simbólico de 7 euros, quase nada para o valor do livro. Obrigada Marta Segão por nos puderes presentear com tamanha obra e muitos parabéns!

Entrevista com Matilde Batalha da MafrAnimal

A MafrAnimal é uma associação de proteção animal que foi criada com o objetivo de ajudar e proteger os animais, na sua diversidade.

 

André Ferreira-Há quanto tempo existe a Associação MafrAnimal?

Matilde Batalha - A MafrAnimal como associação existe desde 5 de Fevereiro de 2013. Tinha surgido como grupo informal um ano antes, reunindo pessoas com o mesmo propósito, de ajuda e protecção dos animais.

 

André Ferreira- Qual o principal campo de atuação da MafraAnimal?

Matilde Batalha- Penso que quer campo de actuação relacionado com o resgate de animais errantes, sua recuperação e integração em famílias definitivas, quer a componente educativa de sensibilização o respeito pelos animais e seus ecossistemas, são ambas o pilar da nossa actuação. Claro que lado prático mais visível e trabalhoso é o trabalho de resgate, angariação de famílias de acolhimento temporário (FAT), as idas aos veterinários para cuidados clínicos, esterilizações, etc. A análise das candidaturas dos adotantes é também um lado importante. Temos de minimizar ao máximo o risco dos animais serem maltratados, abandonados.

 

André Ferreira- Existe um número grande de pessoas a adotar animais domésticos através da vossa Associação?

Matilde Batalha- Sim, felizmente. Cada vez mais.

 

 

André Ferreira- Sabemos que infelizmente existe um número considerável de pessoas a abandonar animais, a MafraAnimal tem campanhas de sensibilização nesse sentido?

Matilde Batalha- Sim, apesar de não serem organizadas em forma de campanha. Realizamos com frequência acções de sensibilização nas escolas (abarcando a diversidade de faixas etárias) onde falamos de inúmeros temas em torno dos maus tratos a animais, onde se abarca a temática do abandono e da nova lei de protecção animal. Actualmente o abandono é crime. http://mafranimal.blogspot.pt/search/label/Mafranimal%20nas%20escolas

"Aproveitamos as campanhas de recolha de alimentos ou a nossa presença em eventos para abordar essa temática, distribuir informação escrita, assim como aproveitamos as redes sociais e o nosso blog para o efeito. Para que a mensagem chegue ao maior número de pessoas. A pedagogia é importante na transmissão desta informação. A tomada de consciência da senciência animal faz com que muitas pessoas mudem os seus comportamentos. O desconhecimento da capacidade que os animais têm de sentir, aliado à coisificação dos mesmos, inclusive na lei (onde o animal é definido como coisa, objecto de propriedade) é uma das causas para a forma como os animais são maltratados."

 

André Ferreira- Para quem quiser fazer-se sócio da vossa associação, quais o requisitos necessários e quais as vantagens?

Matilde Batalha- Não há nenhum requisito especial. Qualquer pessoa que queira pode ser nosso sócio ou sócia. O valor da cota mínima é de 10 euros anuais. Tem a vantagem de ajudar a associação a ajudar cada vez mais animais, e existem benefícios com algumas entidades com quem temos protocolo, por exemplo descontos em alguns espaços de cuidados veterinários.

 

André Ferreira- Como é possível ajudar a vossa Associação?

Matilde Batalha- Há inúmeras formas de ajudar a associação.

 

“Adoptando um animal. Estará a ganhar um amigo para a vida e a permitir-nos ajudar outros. Sendo voluntário(a), precisamos sempre de pessoas disponíveis para as campanhas de recolha de alimentos, resgates, transporte de animais a clínicas ou FATs, etc. Sendo Família de Acolhimento Temporário (FAT), o que para nós é crucial, uma vez que ainda não temos espaço físico. Nós garantimos a alimentação do animal e cuidados veterinários. Um animal adotando que vem de uma FAT é um animal socializado, que já aprendeu as regras relacionadas com o estar dentro e fora de casa. Tem algumas vantagens. Tornando-se nosso(a) Sócio(a). Apadrinhe um cão ou gato, ou seja contribuindo financeiramente com o valor que pretender e pelo tempo que desejar nos cuidados de um animal à sua escolha. Esse contributo é utilizado em cuidados médicos, esterilização/ castração, alojamento, alimentação, etc. “

 

“Utilizando os nossos Pontos de Recolha, onde poderá deixar a fundamental alimentação (*ração, comida em lata para gato/cão*) e a também sempre necessária desparasitação interna e externa dos animais. Poderá ainda doar o que em casa já não lhe faça falta (cobertores, casotas, toalhas, trelas, coleiras, medicamentos, etc.”

 

“Ter um Mealheiro MafrAnimal, caso tenha um ponto de comércio ou instituição de atendimento ao público. Queremos envolver a população nesta nossa caminhada, e também por isso, temos solicitado a quem tem pontos de comércio um espaço no seu balcão para pormos um Mealheiro Mafranimal e os nossos flyers de apresentação.”

 

“Fazendo um donativo para: IBAN: PT50 5200 5204 0040 1605 0019 0. Divulgando as nossas boas causas! Uma sociedade informada e sensível à causa animal é uma sociedade mais justa, compassiva e ecológica!”

 

“Divulgando os nossos apelos de adopção, ou de animais perdidos…siga-nos na nossa página facebook.”

 

“Chamando-nos à sua escola, ou à escola do seu filho(a)! A educação para a causa animal é importantíssima e "é de pequenino que se torce o pepino".

 

André Ferreira- Quem quiser encontrar-vos ou visitar-vos como o poderão fazer?

Matilde Batalha- Como não temos ainda um espaço de sede, o contacto connosco é feito através do nosso e-mail (mafranimal@gmail.com) e rede social no facebook.

(https://www.facebook.com/MafrAnimal.org/)

 

 

André Ferreira-É preciso ter a consciência perfeita que quem adota uma animal tem que ter disponibilidade para o animal, atenção e saber perfeitamente a despesa que isso acarreta. Nesse sentido pergunto-lhe que concelhos deixa aos adotantes?

Matilde Batalha- Que é preciso termos tempo para os animais. Adotar um animal é um acto altruísta, não tem a ver com o animal preencher uma função de guarda por exemplo. Tem a ver com querer dar uma família ao animal, querer integrar na família uma pessoa não humana. Deve ser uma decisão que todos na família devem estar de acordo. Deve-se estar preparado para os gastos que ter um animal acarreta e prioriza-lo quando ele estraga algum bem material. Tomar consciência de que a adopção é para a vida, isto é, mesmo que mude de casa, divorcie-se e tenha filhos. Conhecer as necessidades da espécie que adota é importante também.

 

André Ferreira- Recentemente adotei duas gatas com um mês e meio e tenho trabalhado no sentido de as duas se entenderem uma com a outra, o que por vezes nem sempre é fácil. Uma já cá estava, outra veio passado uma semana. Como eu, deve haver outras pessoas com esta mesma questão, como fazemos para que as duas se relacionem, uma vez que existe uma que tem ciúmes da outra?

Matilde Batalha- Não sou especialista em comportamento animal. Penso que a adaptação deva ter de ser gradual. Pelo que sei de gatos, eles não gostam de grandes mudanças, e é normal reagir a um novo patudo em casa. O tempo ajuda. Aconselho muitas vezes a procurar-se especialistas de comportamento animal que trabalhem através de reforço positivo. Podem dar algumas dicas vantajosas. Conversarem com o(a)veterinário(a) pode ser orientador.

 

André Ferreira- Quais os objetivos quem têm para o futuro da vossa Associação?

Matilde Batalha-Termos um espaço de sede para começar era muito bom. Esse é um objectivo a curto prazo. Um espaço para reunir a equipa, os voluntários, ter exposições sobre a temática animal, fazermos palestras, recolher a ração e outros materiais, receber os sócios e sócias, etc. o espaço ajudaria imenso a organizarmo-nos cada vez mais.

 

 André Ferreira- Muito Obrigada pela sua disponibilidade, muitos parabéns pelo trabalho que fazem, e que tenham todo o sucesso do Mundo!

Matilde Batalha-

"Obrigada nós, por nos ajudar a divulgar esta causa! Acreditamos que a causa animal está intimamente ligada à causa ambiental e humanitária. No fundo estamos todos ligados."

 

 

 

 

Sim os animais também tem direitos!

Para quem gostas de animais e sobretudo para que gosta de ler a minha sugetão de leitura vai para o seguinte livro:

 

André B. Nunes é autor deste excelente livro onde fala-nos não só sobre o direito que os animais exercem, como consegue explicar-nos quer através dos direitos quer através da filosofia que vai muito para além do que é concreto ou justificável, mostrando-nos que muitas vezes não existe sequer justificação, e de forma simples consegue-nos chamar à razão para a protecção da espécie animal não humana, dando exemplos simples e concretos de como mudar a nossas atitudes em relação aos animais não humanos, fazendo comparações simples de animais não humanos para animais humanos. Ao longo do livro e das comparações que vão sendo feitas cada vez mais aproxima-nos duma verdade que muitas vezes não queremos ver, e mostra-nos que existem opções para mudar  as nossas atitudes em relação ao aos animais que as pessoas dizem não racionais sem uma justificação absolutamente verdadeira para essa afirmação. Ao lermos este livro conseguimos perceber melhor os animais e por certo quem o vai ler, mesmo aqueles que já gostam de animais e os que não lhes ligam nenhuma fará-lhes reflectir de certeza absoluta sobre a postura a ter em relação aos outros animais que fogem da espécie humana, mas que também como o homem também têm direito à vida. Quem o ler é certo que não se vai arrepender!