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Palavras ao vento

Palavras ao vento

Entrevista Teatro Metaphora

Primeiro que tudo quero parabenizar-vos pelo vosso projeto e agradecer por me terem dado a honra de me concederem esta entrevista para o meu blogue, e dar a conhecer melhor o vosso projeto aos nossos leitores.

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André Ferreira- Quando é que foi criado o Teatro Metaphora?

Teatro Metaphora- Formalmente, a associação foi registada no dia 3 de setembro de 2009.

 

André Ferreira- Quais são os principais projetos que o Teatro Metaphora tem presente?

Teatro Metaphora- A nossa ação pode ser agrupada em três áreas distintas:

a) produção de espetáculos de teatro, promoção e participação em atividades culturais em torno de várias disciplinas artísticas, contribuindo assim para o desenvolvimento e disseminação do património cultural;

b) organização de projetos, seminários e formações nacionais e internacionais, no âmbito de programas locais, nacionais e europeus (Erasmus + e Corpo Europeu de Solidariedade);

c) como resultado de uma Iniciativa Jovem, desenvolvemos uma ampla gama de atividades e workshops relacionados ao património natural, reciclagem, mudança climática, tópicos de melhores práticas ambientais.

 

André Ferreira- Qual a vossa principal missão, e em que se baseiam os vossos valores?

Teatro Metaphora- É desenvolver competências sociais e pessoais de crianças, jovens e adultos com base nos princípios da educação não formal. O nosso propósito corresponde à realização de um projeto sociocultural, gerador de ideias, de energias, de sentimentos, através de uma programação diversificada em géneros, formas e expressões artísticas contemporâneas, pensada a partir dos desejos e desafios culturais dos diferentes segmentos de públicos.

 

André Ferreira- Podem contar um pouco mais sobre a vossa história?

Teatro Metaphora- Brevemente completaremos 10 anos. No início, um grupo de amigos decidiu juntar-se e começar produzir peças de teatro. Os primeiros anos foram apenas dedicados ao teatro, e apresentámos algumas peças. Foi muito difícil, uma vez que não dispúnhamos de espaço para ensaiar, guardar materiais, reunir, etc. Andávamos sempre com a tralha de um lado para outro. Entretanto, a partir de 2013, enveredamos por outras atividades, sobretudo relacionadas com a temática da sustentabilidade. Também começámos a organizar atividades de mobilidade juvenil, como intercâmbios, voluntariado, seminários, entre outras modalidades nas quais os participantes viajam para outro país e vivenciam experiências de educação não-formal incríveis.

 

André Ferreira- Vocês têm cerca de 232 voluntários, todos eles são artistas de teatro?

Tetaro Metaphora- Parte dos nossos associados estão ligados ao teatro. Quando começámos, apenas nos dedicávamos ao teatro. Depois fomos abrindo espaço para outras áreas. Esse número corresponde a pessoas que colaboram, ou já colaboraram de forma regular.

 

André Ferreira- Quem quiser visitar-vos podem encontrar-vos onde?

Teatro Metaphora- Estamos sediados na Rua São João de Deus, n.º5, em Câmara de Lobos. Futuramente, iremos ser transferidos para o Ilhéu de Câmara de Lobos.

 

André Ferreira- Estão inseridos no projeto Erasmus, em que consiste este projeto?

Teatro Metaphora- O Erasmus+ é o programa da UE para a educação, formação, juventude e desporto. O programa Erasmus+, que se prolonga até 2020, não oferece apenas oportunidades aos estudantes. Com efeito, resultante da fusão de sete programas anteriores, este programa alarga as oportunidades a uma grande variedade de pessoas e organizações: oportunidades de estudo, formação, aquisição de experiência e voluntariado no estrangeiro.

 

André Ferreira- Têm neste momento 497 árvores plantadas, em que termos se insere este projeto das árvores plantadas?

Teatro Metaphora-Plantar árvores é algo que faz muita falta. No nosso contexto insular, muitas montanhas estão desertificadas e expostas à erosão. Acreditamos que a reflorestação é uma prioridade.

 

André Ferreira- Qual a maior razão de terem criado o projeto Teatro Metaphora?

Teatro Metaphora- A maior razão teve a ver com a vontade de um grupo de amigos em se juntar em torno de causas e projetos. Quisemos dar por bem empregue o nosso tempo livre, ultrapassar a rotina.

 

André Ferreira- Vocês também estão presentes com o projeto oficinas de reciclagem. Podiam falar-nos mais sobre este projeto?

Teatro Metaphora- Nós transformamos objetos usados que iriam para o lixo, noutros objetos com utilidade e atrativos. Tem sido um projeto muito interessante. Uma vez reunimos mais de 100 tambores de máquina de lavar roupa, e fizemos candeeiros para a rua. Ficou magnífico.

 

Andre Ferreira- Quem se quiser dar como voluntário como o pode fazer?

Teatro Metaphora- Basta manifestar o seu interesse, e estar atento às oportunidades que vamos anunciando.

 

André Ferreira- Existe algum requisito obrigatório para trabalhar convosco?

Teatro Metaphora- Nada de especial. Apenas que respeitem os colegas e que sejam cooperantes. Havendo respeito, o resto é fácil.

 

André Ferreira- Quais são as peças de teatro que vão estrear brevemente?

Teatro Metaphora- Brevemente iremos preparar uma adaptação das crónicas “A Vida como ela é”, de Nelson Rodrigues.

 

André Ferreira- Gostaria de deixar algum convite aos nossos leitores?

Teatro Metaphora- Apenas gostaria de reforçar que é sempre muito gratificante quando estamos envolvidos em atividades. Conhecemos pessoas, fazemos coisas benéficas para a comunidade, e isso tem retorno a nível individual também. Portanto, saiam da vossa zona de conforto e sejam participativos.

Entrevista com a Cristina Silva da Dobermann Rescue Portugal

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André Ferreira- Cristina Silva primeiro que tudo deixa-me dizer-te que tenho um grande orgulho no trabalho que tu fazes, depois dizer-te como eu te conheço é uma honra ter a oportunidade de puder entrevistar-te para o meu Blogue e tenho a a certeza que pela paixão que nutres pela raça Dobermann e pelos teus cães, sem dúvidas que vai ser uma excelente entrevista. Muito Obrigada por teres aceite este convite!

Cristina Silva- Olá André! Muito obrigada pela oportunidade!

É sempre gratificante quando alguém valoriza o nosso trabalho, e neste caso tem um significado especial para mim, porque “ lutar” pela raça Dobermann é realmente a minha missão de vida.

 

André Ferreira- Cristina quando é que surgiu a tua paixão pela raça Dobermann?

Cristina Silva- A minha paixão pelos Dobermanns surgiu há mais de 30 anos, era eu muito novinha, e vivia na ilha de S.Miguel, nos Açores. Os Dobermanns não eram nada comuns lá, e eu apaixonei-me pelo aspecto daqueles dois Cães fantásticos que eu via espreitar pelo gradeamento de uma quinta! Percebi desde o primeiro dia que os vi, que tinha partilhar a minha vida com um cão daqueles. Até ter o meu primeiro Dobermann pesquisei muito e então o carácter deles conquistou o meu coração.

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André Ferreira- Que projeto é este Dobermann Rescue Portugal?

Cristina Silva- O Dobermann Rescue Portugal é o concretizar de um sonho! Foi a forma que eu arranjei de defender e lutar pela “minha raça”! Através do Rescue pretendemos educar mentalidades quer seja em relação ao cão em si, criadores, criadeiros, e ajudar Dobermanns que por alguma razão foram “descartados”, a encontrarem amor e serem tratados com dignidade até ao fim das suas vidas.

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André Ferreira- O que representa para ti a raça Dobermann?

Cristina Silva- Os Dobermanns para mim, neste momento, são a minha vida! Eu vivo para os meus cães e para os “miúdos” do Rescue. Eu até costumo dizer em tom de brincadeira, que não tenho tempo para trabalhar, que só trabalho porque no final do mês até dá “jeito”… rsrsrs No geral, e na minha humilde opinião, esta raça representa o ideal de Cão. É uma raça muito completa.

Tudo o que tu sonhas num cão, tu encontras no Dobermann!

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André Ferreira- Para muitas pessoas a raça Dobermann ainda é vista como uma raça de cães potencialmente perigosa, apesar de nós sabermos que isso não tem qualquer veracidade, uma vez que esta raça nem sequer está incluída nos cães de raça potencialmente perigosas. O que tens a dizer sobre isso?

Cristina Silva- Tenho pena que muitas pessoas falem daquilo que desconhecem.

Se as pessoas se dessem ao trabalho de tentar conhecer a raça, por exemplo ouvindo testemunhos de quem convive com eles de perto, quase 24h/dia, garanto que as opiniões mudariam drasticamente.

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André Ferreira- Como é o Dobermann como cão de guarda?

Cristina Silva- O Dobermann como guarda é excelente! Mas é um “desperdício” para guardar armazéns, terrenos, ou fábricas. Ele nessas situações irá guardar obviamente, e desempenhará o seu papel muito bem, mas o Dobermann foi criado para guarda pessoal, para “guardar”/proteger o seu dono (única raça criada com esse propósito)!

Portanto se queres ver um Dobermann a guardar com 200 por cento de foco, de empenho, de dedicação, educa-o em casa, como cão de família, e se for preciso ele dará a sua vida por ti!

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André Ferreira- Tenho conhecimento que já estives-te em algumas feiras, onde quem te visita pode não só ver os teus cães como pode tirar algumas curiosidades sobre a raça. Neste momento onde são as feiras ou os locais onde te vais encontrar e as pessoas te podem visitar?

Cristina Silva- Sim, nas feiras temos sempre alguns cães para as pessoas conhecerem e desmistificar a má imagem da raça, estamos sempre disponíveis também para esclarecer todas as dúvidas que possam ter sobre a raça, e temos a nossa “banquinha solidária” com o objectivo de angariar fundos para a associação!

As próximas feiras que já temos agendadas são o Animalfest – dia 8 Setembro em Loures, Festa Animal da Póvoa Sta Iria – dia 15 Setembro, e a Festa Animal de Oeiras dias 5 e 6 Outubro.

Podem ainda nos surgir outras, mas nesses casos anunciamos na nossa página no Facebook.

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André Ferreira- Qual é a tua opinião sobre os criadores?

Cristina Silva- Os criadores são essenciais para a preservação das raças! Sou 200 por cento a favor dos criadores. Eu sou é contra os criadeiros! Pessoas que fazem ninhadas sem nenhum cuidado de saúde, que apenas juntam um macho e uma fêmea, sem o objectivo de contribuir para a evolução da raça! São pessoas que fazem ninhadas apenas por dinheiro. Nem se pode chamar a isso “criar”, é mais “destruir” aquilo que os criadores éticos lutam todos os dias. Um criador não vive dos cães, vive para os cães!

Criar é uma arte, e infelizmente existem muito poucos “artistas”!

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André Ferreira- Onde é que se encontram os cães que estão à tua guarda?

Cristina Silva- Os cães à minha guarda, à guarda do Rescue, estão em famílias de acolhimento temporário, espalhadas de norte a sul do país. Eu inclusive sou uma destas famílias. Neste momento tenho duas “miúdas” a viver comigo e com a minha matilha.

 

André Ferreira- Por fim pergunto-te quem quiser ter um cão da raça Dobermann, qual seria o teu conselho para essa pessoa?

Cristina Silva- Quem tem o objetivo, o sonho, de ter um Dobermann, o meu conselho é antes de mais perceber se esta é realmente a raça indicada para essa pessoa. Deve “estudar” o mais possível sobre a raça.Pedir opiniões junto de quem tem Dobermanns, perceber as suas exigências, etc. E depois se realmente for para adquirir um, que o faça com um BOM criador!

Para comprar a um criadeiro, realmente mais vale não ter!

Na impossibilidade de adquirirem a um criador (muitas vezes as pessoas não têm 1000/1500 eur para dar por um cão), então sugiro que adoptem um dos que infelizmente cada vez mais surgem à procura de uma nova família.

Acho que adquirir um Dobermann, assim como qualquer outro cão, tem de ser um acto reflectido.

Neste caso a raça é sem dúvida a melhor do mundo, mas se não for adquirida, educada e mantida correctamente, facilmente pode se transformar numa grande dor de cabeça.

Quem quiser mais Informações, ou conhecer melhor o nosso trabalho pode sempre visitar a nossa página de Facebook ( https://www.facebook.com/DobermannRescuePT/ ) ou contactar-nos por mensagem privada.

 

André Ferreira- Agradecer-te uma vez mais a oportunidade de conhecermos melhor este teu projeto e desejar-te toda a sorte do mundo!

Cristina Silva- Muito obrigada mais uma vez pelo convite!

 

 

Cristina Silva

Presidente Associação Dobermann Rescue Portugal

 

 

Entrevista ao Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós

Em relação ao espiritismo ainda existe muita gente cética nos dias de hoje, apesar de atualmente termos muita informação seja em livros, em documentários já realizados ou outros.

 

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Quero imenso agradecer a todos os Atores que vão participar nesta entrevista e que nos vão tentar fazer entender melhor esta ciência tão confusa, mas tão interessante que é o espiritismo

 

André Ferreira- Afinal o que é o espiritismo?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- É uma filosofia de base científica e consequências ético-morais. Foi codificada por Allan Kardec no século XIX. “O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações. Podemos defini-lo assim: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” Fonte: O que é o Espiritismo / por Allan Kardec. [tradução da Redação de Reformador em 1884] – 56. ed. 1. imp. – Brasília: FEB, 2013

 

André Ferreira-  Diz-se por aí que Alan Kardec é o pai do espiritismo, é mesmo assim?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- No século XIX um fenômeno agitou a Europa: as mesas girantes. Nos salões elegantes, após os saraus, as mesas eram alvo de curiosidade e de extensas reportagens, pois moviam-se, erguiam-se no ar e respondiam a questões mediante batidas no chão (tiptologia). O fenômeno chamou a atenção de um pesquisador sério, discípulo do célebre Johann Pestalozzi: Hippolyte Leon Denizard Rivail. Rivail, pedagogo francês, fluente em diversos idiomas, autor de livros didáticos e adepto de rigoroso método de investigação científica não aceitou de imediato os fenômenos das mesas girantes, mas estudou-os atentamente, observou que uma força inteligente as movia e investigou a natureza dessa força, que se identificou como os “Espíritos dos homens” que haviam morrido. Rivail fez centenas de perguntas aos Espíritos, analisou as respostas, comparou-as e codificou-as, tudo submetendo ao crivo da razão, não aceitando e não divulgando nada que não passasse por esse crivo. Assim nasceu O Livro dos Espíritos. O professor Rivail imortalizou-se adotando o pseudônimo de Allan Kardec.

 

André Ferreira-  O livro dos espíritos de Alan Kardec é um livro com uma linguagem complexa, principalmente para quem nunca teve contacto com esta ciência ou pouco a entende, as palavras às vezes são confusas, e muitas vezes não estão ao alcance de todos. Como veem esta afirmação?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- As traduções brasileiras, até então disponíveis, ainda oferecem à grande massa popular graves obstáculos para uma perfeita compreensão, não por falha dos tradutores – muito pelo contrário ­­, mas pela fidelidade com que verteram dos originais em francês para o português, mantendo a elevada elocução. Kardec, eminente autoridade em linguística, evidentemente, só poderia escrever à altura do superior nível cultural de seus contemporâneos. Desta forma, e nada mais justo, as versões procuram sempre equilibrar a linguagem.

 

André Ferreira- Afinal o que são espíritos bons ou espíritos maus?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- Vejamos o que O livro dos Espíritos nos esclarece sobre o assunto: 76. Que definição se pode dar dos Espíritos? Os Espíritos são os seres inteligentes da Criação. Povoam o Universo, fora do mundo material. (Nota—A palavra Espírito é empregada aqui para designar as individualidades dos seres extracorpóreos e não mais o elemento inteligente do Universo.) DIFERENTES ORDENS DE ESPÍRITOS 96.Os Espíritos são iguais ou há entre eles qualquer hierarquia? “São de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado.” 97.As ordens ou graus de perfeição dos Espíritos são em número determinado? “São ilimitadas em número, porque entre elas não há linhas de demarcação traçadas como barreiras, de sorte que as divisões podem ser multiplicadas ou restringidas livremente. Todavia, considerando os caracteres gerais dos Espíritos, elas podem reduzirse a três principais. “Na primeira, estão os que atingiram a perfeição máxima: os puros Espíritos. Formam a segunda os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é o que neles predomina. Pertencerão à terceira os que ainda se acham na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. A ignorância, o desejo do mal e todas as paixões más que lhes retardam o progresso, eis o que os caracteriza. ”98. Os Espíritos da segunda ordem, que só se preocupam com o bem, têm o poder de praticá­lo? “Cada um deles dispõe desse poder, de acordo com o grau de perfeição a que chegou. Assim, uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Todos, porém, ainda têm que sofrer provas.”

”98. Os Espíritos da segunda ordem, que só se preocupam com o bem, têm o poder de praticá­lo? “Cada um deles dispõe desse poder, de acordo com o grau de perfeição a que chegou. Assim, uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Todos, porém, ainda têm que sofrer provas.” 99.Os da terceira categoria são todos essencialmente maus? “Não; uns há que não fazem nem o mal nem o bem; outros, ao contrário, se divertem com o mal e ficam satisfeitos quando encontram ocasião para praticá­lo. Há também os levianos ou estouvados, mais perturbadores do que malignos, que se comprazem mais pela malícia do que na malvadez e cujo prazer consiste em mistificar e causar pequenas contrariedades para rirem

 

André Ferreira- O que são anjos de Luz?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós-  Segundo a Igreja Católica, anjo é uma criatura espiritual que habita no céu e tem a função de mensageiro entre Deus e os seres humanos. A palavra anjo tem origem no termo grego ággelos que significa mensageiro, e são seres celestiais criados por Deus para serem mensageiros. Que existem seres dotados de todas as qualidades atribuídas aos anjos, isso não se poderia duvidar. A revelação espírita confirma, sobre esse ponto, a crença de todos os povos, mas nos faz conhecer, ao mesmo tempo, a natureza e a origem desses seres. As almas ou espíritos são criados simples e ignorantes, quer dizer, sem conhecimentos e sem consciência do bem e do mal, mas aptas a adquirirem tudo o que lhes falta. O objetivo que é a perfeição é o mesmo para todas, irão alcançar cada espírito em seu tempo, por questão do livre-arbítrio, todos nós temos os mesmos graus a percorrer, o mesmo trabalho a cumprir. Deus não faz uma missão nem mais longa nem mais fácil a umas do que às outras. Deus também não criou o mal, todas as suas leis são para o bem, foi o próprio homem quem criou o mal ao infringir as leis de Deus, se as observasse, e seguisse jamais sairia do bom caminho. Deus não dá experiência mas os meios de adquiri-la. Cada atitude maldosa é um atraso e sofre as consequências e aprende às suas custas o que deve evitar. É assim que pouco a pouco, se devolve as perfeições e avança na hierarquia espiritual até que tenha alcançado o estado de puro espírito ou anjo. Os anjos são então as almas dos homens que chegaram no grau de perfeição que o espírito comporta, aproveitando da plenitude da felicidade prometida. Antes de atingirem esse grau supremo, aproveitam da felicidade relativa ao seu adiantamento espiritual, mas essa felicidade não é ociosidade é a das funções que faz Deus confiar no espírito e dar ocupações maiores para ainda progredir mais. A humanidade não está limitada à terra, ela ocupa inumeráveis mundos que circulam no espaço, povoou aqueles que desapareceram e povoará aqueles que se formarão. Deus tem criado por toda a eternidade e criará sem cessar. Muito tempo antes, pois de que a terra existisse, por antiga que a suponhamos, teria havido, em outros mundos espíritos encarnados que percorreram as mesmas etapas que nós, espíritos mais recentes, percorremos neste momento e que alcançaram o objetivo antes mesmo que tivéssemos saído das mãos do criador. De toda a eternidade houve, pois anjos ou espíritos puros, mas a sua existência humanitária, perdendo-se no infinito do passado, é para nós como se tivessem sempre sido anjos. Fonte: Livro “O Céu e o Inferno”

 

André Ferreira- Existem pessoas que conseguem comunicar com espíritos, os chamados médiuns, como o conseguem fazer?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- Como ocorre a comunicação entre encarnados e desencarnados, como identificar uma comunicação verdadeira de uma falsa e quais os problemas que podem surgir nessas ocasiões de contato são apenas algumas das perguntas importantes a serem consideradas quando se fala de comunicação com o mundo dos espíritos. Em O Livro dos Médiuns (1861), Allan Kardec diz que toda pessoa que sente a influência dos espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Trata-se de uma faculdade inerente ao ser humano e, por isso mesmo, não é um privilégio. “Pode se dizer”, ele explica, “que todos são mais ou menos médiuns”. O que, hoje em dia, pode parecer uma afirmação óbvia para qualquer um que estude parapsicologia, foi comprovado apenas cerca de 70 anos depois com as pesquisas do cientista norte-americano, J.B. Rhine, da Universidade de Duke, provando estatisticamente que as capacidades mentais, chamadas mediúnicas, estão presentes em larga escala da população, em maior ou menor grau. Para Kardec, Deus deu a mediunidade aos seres humanos para que eles penetrassem no mundo invisível estabelecendo, dessa forma, o contato com os espíritos. Isso, no entanto, só pode ser realizado por aqueles médiuns com capacidades acentuadas, sendo eles os responsáveis pelo contato entre o mundo dos encarnados e o dos desencarnados. E, apesar de existirem várias formas de se estabelecer esse contato, também é preciso tomar alguns cuidado.

A comunicação com os espíritos pode ocorrer de várias formas. As mais conhecidas são a psicografia, a psicofonia, a intuição, a inspiração, a premonição e a audiência, entre outras. No entanto, como explica Aluney Elferr, todas as comunicações se realizam por meio do perispírito. “Ele é o agente intermediador de todas as manifestações mediúnicas, posto que o espírito não pode agir sozinho sobre a matéria”. Os fenômenos estão ligados ao tipo de efeito que também varia de um médium para outro. Kardec ofereceu uma classificação que inclui médiuns de efeitos físicos; médiuns sensitivos; auditivos; falantes; videntes; sonâmbulos; curadores; pneumatógrafos (ou voz direta); psicógrafos. “A comunicação ocorre”, continua Elferr, “primeiramente pela vontade, que é o carro-chefe de qualquer ocorrência espiritual – tudo nasce no pensamento. Depois, a simbiose com o médium se dá por meio de afinidades pré-existentes”. Aluney entende que a psicografia se tornou tão comum na comunicação com os espíritos por ser fácil de ocorrer e de ser verificada depois de recebida. Seu desenvolvimento tornou-se possível também pela facilidade que os espíritos encontram para manifestar seus pensamentos com clareza e objetividade.

 

André Ferreira- Porque é que os espíritos permitem que certas pessoas consigam comunicar com eles e outras não?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- Vide a resposta da questão anterior.

 

André Ferreira- Foi criado imagens nas nossas cabeças de um paraíso e um inferno, e figuras míticas, em que Deus foi criada a imagem do Senhor com uma Barba Grande e agarrada a uma cruz e o Diabo, aquela figura vermelha, com uns chifres. Qual a vossa opinião sobre isso?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- O desenvolvimento da ideia de Deus e do processo religioso da Humanidade acompanha a evolução, intelectual e moral, do próprio ser humano. Uma conquista está inerente à outra. Quando […] os homens, fisicamente, pouco dessemelhavam dos antropopitecos, suas manifestações de religiosidade eram as mais bizarras, até que, transcorridos os anos, no labirinto dos séculos, vieram entre as populações do orbe os primeiros organizadores do pensa­mento religioso que, de acordo com a mentalidade geral, não conseguiram escapar das concepções de ferocidade que caracterizavam aqueles seres egressos do egoísmo animalesco da irracionalidade. (8) As primeiras manifestações de religiosidade estão, pois, relacionadas à realização de sacrifícios que poderiam agradar a Deus.

Primeiramente, porque não compreendia Deus como sendo a fonte da bondade. Nos povos primitivos a matéria sobrepuja o espírito; eles se entregam aos instintos do animal selvagem. Por isso é que, em geral, são cruéis; é que neles o senso moral, ainda não se acha desenvolvido. Em segundo lugar, é natural que os homens primitivos acreditassem ter uma criatura animada muito mais valor, aos olhos de Deus do que um corpo material. Foi isto que os levou a imolarem, primeiro, animais e, mais tarde, homens. De conformidade com a falsa crença que possuíam, pensavam que o valor do sacrifício era proporcional à importância da vítima. (4) A ideia primitiva de Deus é de natureza antropomórfica. Isto é, Deus é concebido e descrito sob a forma humana ou com atributos humanos. Incapaz, pela sua ignorância, de conceber um ser imaterial, sem forma determinada, atuando sobre a matéria, conferiu-lhe o homem atributos da natureza corpórea, isto é, uma forma e um aspecto e, desde então, tudo o que parecia ultrapassar os limites da inteligência comum era, para ele, uma divindade. Tudo o que não compreendia devia ser obra de uma potência sobrenatural. Daí a crer em tantas potências distintas quantos os efeitos que observava, não havia mais que um passo. (2) A concepção de Deus único, criador do universo, dos seres e coisas estava muito distante, em termos evolutivos, para ser cogitada pelos primeiros habitantes do Planeta. Tudo que lhes causavam impacto e extrapolava o seu entendimento era venerado como um deus. Importa considerar que o desenvolvimento da ideia de Deus acompanha outra: a da imortalidade do ser. Desde os pródromos da Civilização a ideia da imortalidade é congênita no homem. Todas as concepções religiosas da mais remota antiguidade, se bem que embrionárias e grosseiras em suas exteriorizações, no-la atestam. Entre as raças bárbaras abundaram as ideias terroristas de um Deus, cuja cólera destruidora se abrandaria à custa dos sacrifícios humanos e dos holocaustos de sangue, e, por toda parte, onde os homens primitivos deixaram os vestígios de sua passagem, vê-se o sinal de uma divindade a cuja providência e sabedoria as criaturas entregavam confiadamente os seus destinos. Merece destaque o fato de que nas religiões politeístas, do passado e do presente, exista uma hierarquia das divindades: um deus maior e mais poderoso.

Merece destaque o fato de que nas religiões politeístas, do passado e do presente, exista uma hierarquia das divindades: um deus maior e mais poderoso que governa deuses menores, em poder, inteligência e moralidade. Indica uma forma de transição do politeísmo, propriamente dito, para o monoteísmo. A palavra deus tinha, entre os antigos, acepção muito ampla. Não indicava, como presentemente, uma personificação do Senhor da Natureza. Era uma qualificação genérica, que se dava a todo ser existente fora das condições da Humanidade.

 

André Ferreira- O que é a reencarnação e como funciona?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- O tema reencarnação é um assunto que gera muita curiosidade. Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, nos ensina que a reencarnação tem como objetivo fazer com que o espírito saia de sua condição de simples e ignorante para chegar a perfeição. Qual é a finalidade da encarnação dos Espíritos? Resposta: Deus a impõe com o fim de levá-los à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, uma missão. Mas, para chegar a essa perfeição, eles devem sofrer todas as vicissitudes da existência corpórea; nisto é que está a expiação. A encarnação tem ainda outra finalidade, que é a de pôr o Espírito em condições de enfrentar a sua parte na obra da Criação. É para executá-la que ele toma um aparelho em cada mundo, em harmonia com a matéria essencial do mesmo, a fim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. E dessa maneira, concorrendo para a obra geral, também progredir. (O Livro dos Espíritos, questão 132) Entretanto, o que é reencarnação? A reencarnação diz respeito ao retorno do espírito ao corpo físico, ou seja, é o ato de nascer novamente em um novo corpo. O espiritismo nos ensina que, nós (espíritos encarnados), somos seres imperfeitos. E por conta disso, a reencarnação é aceita como uma lei natural. Já que permite a nossa evolução, além dos reparos das imperfeições que foram adquiridas em outras vidas.

 

André Ferreira- Existem pessoas que por vezes ao dormir sentem mesmo uma presença ao lado delas como realmente tivesse alguém ao pé destas. Será que está mesmo alguém ao pé destas?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente). Outros movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da afinidade vibratória ou sintonia. O espírito será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais. O lúbrico terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia. A esposa queixosa encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante. Amigos se encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão cursos, cooperadores trabalharão nos campos prediletos, e, assim, caminhamos.

 

André Ferreira- Como funciona os espíritos nos animais?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- O espiritismo define o plano espiritual como uma realidade extra-física, onde os espíritos se encontram. Nele, existem diversas colônias espirituais, onde os chamados espíritos afins, no mesmo nível de evolução se agrupam, formando assim, sociedades. Já em relação aos animais, eles não possuem a consciência de si mesmo, não escolhem entre o bem e o mal, além de não serem submetidos à Lei de Causa e Efeito. De acordo com os espíritos superiores, em O Livro dos Espíritos, os animais não são espíritos errantes, ou seja, não possuem o livre-arbítrio. E por conta disso, não podem andar livremente pelo plano espiritual. Com isso, o que acontece quando eles chegam no plano espiritual? O Espírito da Verdade nos apresentou a seguinte consideração: “Sobrevivendo ao corpo em que habitou, a alma do animal vem a achar-se, depois da morte, nem estado de erraticidade, como a do homem? “Fica numa espécie de erraticidade, pois que não mais se acha unida ao corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e obra por sua livre vontade. De idêntica faculdade não dispõe o dos animais. A consciência de si mesmo é o que constitui o principal atributo do Espírito. O do animal, depois da morte, é classificado pelos Espíritos a quem incumbe essa tarefa e utilizado quase imediatamente. Não lhe é dado tempo de entrar em relação com outras criaturas.” Ou seja, quando chega no plano espiritual, os animais são recebidos por Espíritos de Luz que os direcionam a determinados trabalhos, aprendizados, dependendo de seu grau evolutivo.

 

André Ferreira- No mundo cinematográfico, por norma, os filmes que abordam esta temática dos espíritos, salvo raras exceções, representa-os como sendo malignos, vingativos e surgem porque algo de mal aconteceu. Já que nos abordam a temática dos tabuleiros de Quija, apesar de haver sempre a tentativa de contatar alguém bom, é sempre libertado um espírito mau. Estas representações não farão com que as pessoas permaneçam céticas a tentar conhecer melhor o mundo do espiritismo, fazendo com que fiquem também com ideia errada daquilo que representam?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós-  Os assuntos "outro mundo", "fantasmagoria", "assombramento", "locais assombrados", "materializações" se reúnem no campo semântico de "mistério". E isso se transforma num campo fértil para um cinema que atrairá pelo sensacionalismo. Daí para o desvirtuamento da realidade espiritual, para atração de público, é um pulo. Pode-se ver que os filmes espíritas mesmo colocam como foco principal os ensinamentos evangélicos. "Nosso Lar" é um exemplo disso. Agora os filmes de terror manipulam os fenômenos espirituais desvirtuando "criminosamente" o espiritualismo. Isso é um pouco do que acho. (Carlos de Hollanda)

 

 

 

 

Entrevista com a Famosa Tarologa Ana Paula, a grande Annaym!

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Primeiro deixe-me dizer-lhe que é uma honra enorme para mim tê-la aqui no meu Blogue para a realização de uma entrevista. Hoje de certeza que este Blogue vai ficar enriquecido com a sua participação.

 

André Ferreira- Ana Paula pesquisei algumas coisas sobre si, verifico que é vidente e também tarologa. Para nós que somos completamente leigos nesta matéria, existe uma grande diferença entre astrologia e vidência ou não? E se a mesma existe, quais são as maiores diferenças?

Ana Paula- Sou grata por me dar esta oportunidade de entrevista!

Sim existe diferença, a astrologia rege-se por astros e a vidência pela capacidade de ver o que o humano comum não vê.

 

André Ferreira- Quando é que Ana Paula descobriu pela primeira vez que tinha o dom da mediunidade?

Ana Paula- Com 3 anos de idade comecei por dizer que era Annaym e tinha vindo das estrelas. Aqui não era a minha casa. Sempre vi o que os outros não viam, revelei-me sempre totalmente diferente dos meus irmãos e crianças da aldeia onde nasci.

E por isso fui rejeitada, torturada no próprio seio familiar.

 

 

André Ferreira- Fala muito dos anjos de luz e da luz, que luz é esta a que se refere, e que todos nós precisamos dela, uma vez que esta transmite-nos aquilo a que nós chamamos a nossa paz interior?

Ana Paula- Anjos de luz somos todos, melhor todos somos Deuses a viver nestes corpos.

A luz e as trevas depende daquilo que cada um de nós vibra, pensa, sente e faz na sua vida.

Se fazemos o que para nós é o bem ou o mal, estaremos a revelar a nossa luz ou trevas, afinal tudo é subjetivo.

Não existem anjos. Existem seres multidimensionais que sempre contactaram a humanidade. Os anjos foram criados pelas religiões a fim de manipular a humanidade.

 

André Ferreira- Na sua opinião as pessoas muitas vezes não consultam pessoas que trabalham na área da Ana Paula, porque desacreditam completamente destas questões, ou porque tem medo daquilo que não conhecem?

Ana Paula- Bem, eu costumo dizer que prefiro aqueles que não acreditam nestas coisas, afinal são humanos fortes que sabem bem o caminho a trilhar e não precisam que ninguém lhe mostre nada. Mesmo de forma inconsciente atuam nas suas vidas enquanto Deuses criadores da sua própria realidade. Depois temos os que dizem não acreditar, que comentam na minha pagina mas passam a vida a tentarem consultas gratuitas e procuram resposta em todos. E tem de facto os que têm medo do que vão ouvir e por isso mesmo tentam evitar-nos e só nos procuram quando já não suportam mais a dor.

 

André Ferreira- A Ana Paula diria que aquilo que faz é um dom ou uma vocação?

Ana Paula- O que eu faço é para mim um Dom. Faço com amor e verdade. Ás vezes brinco dizendo que preferia ser como os que tiram cursos de Tarot ou outros, que revelam apenas o que o oraculo lhe mostra sem se importarem se estão a induzir o outro em erro ou não. Mas depois dentro de mim isso seria vazio e sem sentido. Não estaria a ajudar e sim a contribuir para maior destruição de quem me procura. Portanto sou grata pelo dom que me trouxe a este planeta.

 

André Ferreira- Já existiu alguma situação, uma vez que tem um consultório, e dá consultas, determinadas emoções de alguns pacientes fazer com que se deixasse levar pelas suas próprias emoções?

Ana Paula- Sim, muitas vezes me emociono com a vida e sofrimento dos que a mim chegam. Sobretudo quando os vejo tão perdidos que não vivem e sim vegetam. Quando estão destruídos e sem força para se erguerem. Quando estão sobre influencia de energias que não são suas e sim enviadas por outros e têm as suas vidas destruídas.

 

André Ferreira- Sempre quis seguir esta área de trabalho ou já algumas vez pensou noutras áreas diferentes?

Ana Paula- Sempre tive um trabalho convencional, pois tinha necessidade de me sentir “normal” , só agora na mudança para os Açores é que me dediquei a 100% e sem necessidade de me sentir diferente de quem sou e do que sou. Digamos que deixei de me preocupar totalmente com o que os outros dizem ou pensam sobre mim.

 

André Ferreira- Geralmente as pessoas procuram-na especialmente em que situações?

Ana Paula- Acredite que me procuram mesmo já no limite e depois de procurarem muitos outros e estarem fartos e gastar dinheiro sem soluções. E agora cada vez mais sou procurada pelos que estão a despertar e precisam de ajuda para entenderem o que se está a passar. Estamos a fazer um salto quântico para 5ªD e as pessoas sentem-se perdidas e ás vezes a enlouquecer.

 

André Ferreira- Quem quiser encontrar a Ana Paula e precisar de a sua ajuda pode encontrá-la onde?

Ana Paula- Podem contactar-me pela minha pagina do Facebook Tarologa Ana Paula, pelo telemóvel 927297353. Só dou consultas presenciais em Ponta Delgada.

 

André Ferreira- Já esteve no programa a tarde é sua numa entrevista, como foi para si contar a sua experiência da vida?

Ana Paula- É sempre muito duro recordar tudo de novo é como estar lá a vivenciar tudo novamente. Digamos que foi o que aconteceu quando escrevi o meu livro, um reviver tudo novamente para passar ao meu leitor.

 

André Ferreira- Por fim, e em jeito até um pouco em tom de brincadeira, uma vez que também falamos em vidência, e apenas por uma questão de curiosidade, conseguiria prever o que o meu futuro me reserva?

Ana Paula- Ninguém consegue prever o futuro, conseguimos ver no agora e o seu futuro vai depender da sua atitude no agora. O seu futuro é uma consequência deste agora. Em que papel está, no de vitima ou no do controle do seu destino e da sua vida? O seu futuro depende somente de si. Isto em tom de brincadeira mas muito verdadeiro, no entanto para responder com toda a clareza sobre o seu agora precisaria de vários elementos para me ligar a si, coisa que não disponho.

 

André Ferreira- Resta-me agradecer uma vez mais a sua disponibilidade e desejar-lhe os maiores sucessos!

Ana Paula- Eu é que agradeço a oportunidade e desejo-lhe todo de MELHOR QUE O UNIVERSO TEM PARA SI. UMA VIDA PROSPERA E ABUNDANTE. SEJA FELIZ!

André Ferreira- Muito Obrigada Ana Paula igualmente! ;)

 

Entrevista com o Sr. Dr. Palhaço Fernando Terra do Projecto Rugas de Riso

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Fernando Terra muito obrigado por teres aceite o meu convite, é uma honra ter-te aqui como meu amigo e com o conhecimento que tu tens. Hoje vamos ficar mais ricos de certeza. Obrigado uma vez mais pela tua disponibilidade.

 

André Ferreira- Para quem não conhece o Fernando Terra quem é o Fernando Terra?

Fernando Terra- Sou natural do Brasil e vivo em Portugal desde 1999. Tenho formação na área de teatro e sou músico autodidata. Casado com a escritora Rosana Antonio e com dois filhos (Leticia e Matteo). Sempre acreditei na arte como ferramenta de transformação. Não me vendo e não vou em “modas”. Tento ser o mais coerente possível comigo mesmo e dificuldades, pra mim, são aprendizagens. Em 2001 comecei a investigar e desenvolver a arte do palhaço e hoje sou formador internacional de clowning. Trabalho em simultâneo em Portugal e Itália, colaboro com alguns projetos sociais e sou diretor artístico da Associação MELECA, que dentre seus projetos, gere o programa Rugas de Riso.

 

André Ferreira- Quando é que surgiu este projeto de palhaços para idosos?

Fernando Terra- Surgiu quando estive numa longa temporada (de 2 anos) em Roma (Itália). Estávamos nos preparando para voltarmos para Portugal quando me veio a ideia de trazer para Portugal algo que ainda não existia. Um programa específico de palhaços para idosos em lares e instituições de acolhimento. E assim nasceu o programa Rugas de Riso, que hoje conta com 5 artistas profissionais, com treinamento para atuação em contexto clínico e recebe também a coordenação de Rosana Antonio

 

André Ferreira- Porquê o nome Rugas de riso?

Fernando Terra- Ouvi uma vez que as nossas marcas de expressão surgem quando dobramos a pele mais de mil vezes. Ou seja, vamos criando marcas no nosso rosto ao longo da vida. Marcas da vida, portanto. Quando pensámos num nome para o projeto vieram muitas ideias e até chegámos a experimentar algumas delas, até que tivemos a ideia de aproximar dois mundos: Idosos e Palhaços. Daí veio a ideia das rugas e - como diz a Rosana - se for para termos rugas, que sejam de riso. Assim juntamos as rugas ao riso, que é a marca do palhaço, apesar de o palhaço trazer muito mais que o riso com ele. Achámos o nome divertido, complementamos o logotipo com um jogo de dominó. O dominó é visto em todos os lares que visitamos e a ação dos palhaços em improviso chamamos de “jogo”. E assim fomos costurando uma grande colcha de ideias que nos levaram ao nome Rugas de Riso.

 

André Ferreira- Oual é o trabalho que é realizado pelos profissionais Rugas de Riso?

Fernando Terra- Visitamos lares e instituições de acolhimento de idosos através de palhaços profissionais, que recebem formação contínua. Temos o objetivo de não infantilizar o idoso. Trabalhamos a auto-estima, o estímulo psico-motor, a escuta ativa, redefinimos o ambiente e contribuímos para que pacientes em situação paliativa possam reorganizar suas ideias através de momentos poéticos com base no teatro físico e da comédia dell’arte.

Toda ação é antecipada por uma conversa séria com as enfermeiras ou diretores técnicos das instituições que visitamos.

Defendemos a regularidade das visitas porque acreditamos no poder da relação entre nossos Senhores Palhaços e os utentes.

 

André Ferreira- O que é preciso ter para ser um palhaço Rugas de Riso?

Fernando Terra- É preciso ser artista acima de tudo. Ter capacidade de gerir suas emoções diante de situações frágeis. Ter a capacidade de falar com seriedade quando necessário (com os profissionais de saúde), ser capaz de trabalhar em dupla e em constante improviso.

Também exigimos rigor no trabalho e compromisso dos profissionais que trabalham connosco. Vale lembrar que são profissionais remunerados pela sua qualidade profissional e pelo tal compromisso com o projeto.

 

André Ferreira- Como é que é ser palhaço de Idosos, sendo que esta é uma população cada vez mais abandonada sobretudo pela população mais jovem e não só, vivendo muitas vezes numa solidão extrema, e sem ter ninguém que os apare. Qual a importância na tua opinião deste trabalho?

Fernando Terra- Como disse antes, trabalhamos muito através das relações criadas entre nós e os utentes. Portugal tem cada vez mais uma população mais envelhecida. Vários são as carências nesta área. Posso dizer que há dez anos, quando começámos, víamos a situação pior do que hoje. O número de pessoas com demência vem aumentando e acho que todas as iniciativas complementares a terapia, desde que sejam sérias e de qualidade, devem ser bem vindas e valorizadas pela população. Nossos questionários de avaliação demonstram 100% na aceitação do Rugas de Riso e há cada vez mais instituições que nos ligam e nos convidam para visitar, não só no concelho de Mafra, mas em vários outros do país e até no exterior. No Canadá fomos tema de uma aula na faculdade de Toronto, o Brasil, a Itália e a Polónia (grupos desses países) estão a nos contactar para intercâmbios e para darmos formação e instituições públicas e privadas nos tem apoiado cada vez mais.

 

André Ferreira- O que é necessário ter para poder-se ser um palhaço de idosos?

Fernando Terra- Responsabilidade, Sensibilidade e Técnica. Palhaço não é uma fantasia de carnaval, é uma arte muito complexa que só quem não tem ideia da dimensão dela acha que é fácil. Ser palhaço não é saber contar piadas e nem ser engraçadinho. É a arte contrária do ator. Não há personagens, na verdade. Há somente a pessoa elevada a um exponencial altíssimo.

 

André Ferreira- Geralmente este trabalho com os idosos, é feito em que locais?

Fernando Terra- Nosso foco principal são os lares. Mas atuamos em centros de dia e até já atuamos na rua.

 

André Ferreira- Fugindo um pouco do tema, sei que tens uma academia de teatro na Ericeira chamada Associação Meleca. Queres aproveitar a oportunidade e falar-nos um pouco deste teu projeto?

Fernando Terra- Na verdade a MELECA é o nome da associação que gere vários projetos. O Rugas de Riso é um deles, a Academia de Teatro é outro projeto também gerido pela MELECA.

Neste momento a MELECA conta com cerca de 50 alunos de teatro que duas vezes por ano sobem aos palcos. Somos 3 professores que atendem 7 turmas de alunos com idades a partir dos 3 anos.

Trabalhamos o sentimento de grupo, a concentração, a criatividade, o não-protagonismo, tudo através de espetáculos teatrais com uma estrutura profissional, onde os nossos alunos/artistas superam dificuldades em conjunto e individualmente, com o suporte dos professores e a preciosa colaboração dos pais, avós e tios. Somos uma grande família.

Durante os meses de julho e agosto realizamos workshops gratuitos para todos que se interessam pelo teatro e já estamos com inscrições abertas para o próximos semestre com início na primeira semana de setembro.

 

André Ferreira- A nossa população tem vindo em envelhecer dia para dia, mas as preocupações que no fundo são responsabilidade de todos nós, por vezes ficam esquecidas. Não sei se concordas  ou não com esta afirmação, e qua él a tua opinião sobre a mesma?

Fernando Terra- Concordo. Acho que há um conceito ultrapassado sobre o idoso. Idoso é quem tem mais idade. Diferente de velho. O ocidente criou-se um conceito que junta as palavras idoso e velho num único espaço. Velho é o que não serve para nada. Idoso é o que acumulou história e conhecimento. Quem finge que este problema não existe fatalmente cairá sobre o mesmo daqui uns anos. Mas acho que pouco a pouco estamos a construir uma nova forma de pensar. Talvez não iremos viver tanto para presenciar a mudança que está a começar, mas eu sou otimista. Quanto ao sentimento de responsabilidade, acho que enquanto os pais continuarem a privar os filhos dos problemas, remediando-os com pequenos aparelhos que alienam os meninos e enquanto as escolas não mudarem seu conceito de ensino (que repete um formato de mais de 100 anos), o prolongamento da evolução de mentalidade só tente a crescer. Infelizmente o ser-humano é medroso e evita as mudanças e tente esquivar-se dos problemas.

 

André Ferreira- Gostavas que deixasses um conselho não só a todos os profissionais que trabalham na área da geriatria como a todos nós cidadãos que também temos responsabilidades para com estas pessoas?

Fernando Terra- O único conselho que posso deixar é VAMOS CUIDAR DE NÓS. Abrir as mentes, ter maior noção de espaço, não invadir o espaço do outro e não impedir o crescimento do outro.

 

André Ferreira- Por fim diz-me Fernando Terra, como é para ti trabalhar na Rugas de Riso?

Fernando Terra- Eu faço aquilo que gosto. Tenho muito orgulho do caminho que o Rugas de Riso já trilhou até aqui e tenho a consciência que ainda não é nem o começo. Tenho muito carinho por quem visitamos e nunca aprendi tanto em toda minha vida.

Quero deixar aqui o convite a quem nos quiser conhecer de não hesitar em contratar a nossa associação MELECA, que fica no Parque Santa Marta, na Ericeira.

E não posso deixar também de dizer que somos um projeto independente que precisa de apoios. Há dezenas de pessoas que já colaboram connosco todos os meses. Estas colaborações são sempre revertidas a visitas a lares de idosos.

 

André Ferreira- Resta-me agradecer toda a tua disponibilidade Fernando Terra e desejar-te todo o sucesso para todos os teus projetos e que continues a distribuir sorrisos!

Para quem quiser saber mais sobre o Projeto Rugas de Riso, Deixo-vos aqui o link de acesso Direto ao youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=pxMMmUF2QuY&t=381s 

 

Entrevista com Manuel Sacramento Diretor do SSVP- Sindicato Seguranças e Vigilantes Portugal e Administrador do Grupo Vigilantes e Segurança de Portugal no Facebook, e que conta atualmente com 18.000 Membros.

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Senhor Manuel Sacramento em meu nome e de todos os leitores deste blogue, acredito que até muitos deles trabalhadores no Sector da Segurança Privada, quero agradecer-lhe por me ter dado a enorme honra de me conceder esta entrevista, para este espaço humilde (o meu blogue do Sapo), em que todos nós tanto temos a aprender consigo. Uma vez mais o meu muito Obrigado Manuel Sacramento!

 

André Ferreira- Para quem não conhece o Manuel Sacramento, quem é a pessoa Manuel Sacramento?

Manuel Sacramento- O Manuel Sacramento é uma pessoa, simples, humilde e bastante empenhada nos projetos que assume. O seu conhecimento e o apoio que fornece aos profissionais do setor da segurança privada tem por base uma experiencias adquirida ao longo de +30 anos em direções e administrações de várias empresas em diversos setores de mercado.Sempre tive como prioridade e gosto o apoio a quem me procura.

 

André Ferreira- O Manuel Sacramento já trabalhou como treinador de Artes Marciais, ensinado várias artes como o Karaté, o Jiu-jitsu, o Full Contact. Pergunto-lhe de onde surgiu esta paixão pelas artes Marciais?

Manuel Sacramento - A minha paixão pelas artes marciais, nasceu aos 14 anos de idade quando entrei para o Lisboa Ginásio Clube para a prática do Karatê shotokan. Pratiquei durante vários anos esta modalidade e quando já era cinto negro pelos meus 19 anos apareceu o Full contact (arte combate proibida em Portugal) no campo pequeno em Lisboa. Entrei e comecei a praticar assiduamente esta arte de combate. Mais tarde o Mestre Vitor, devido ao grande numero de adeptos que o ginásio estava a ter, convidou-me a mim e ao Carlos Ramjanali que treinava comigo e que foi mais tarde foi campeão do mundo e da europa várias vezes, para começarmos a dar aulas..

"Fiz vários anos esta modalidade, entrei em algumas competições, dei aulas em diversas escolas e pelos meus 35 anos, veio o desejo de conhecer outros tipos de artes marciais. Treinei então o Aikido, Jiu Jitsu, Judo, kung fu. Tendo sido para mim o Jiu Jitsu a arte marcial que mais me apaixonou devido ao treino com armas e onde encontrei a forma de combate mais real. Parei pelos 50 anos devido a falta de tempo para conjugar trabalho e esta modalidade desportiva. Foram 36 anos a ensinar que me deram muito prazer."

 

André Ferreira- Entretanto a nível profissional, trabalhou em diversas áreas tais como programador de CAD, Diretor de Produção, Diretor de Qualidade, Diretor Geral, Diretor Geral, Trader de Mercados Financeiros, diretor comercial e administrativo, nas mais diversas empresas. Mais tarde começa a trabalhar na empresa Strong Charon. Como foi essa experiência para si?

Manuel Sacramento- Comecei na empresa GALUCHO como programador CAD CAM devido á minha formação como programador de aplicações de gestão. Aprendi muito nesta metalúrgica pois era das mais evoluídas da península ibérica, e onde existia área da robótica e as mais avançadas maquinas cad cam de corte por laser, plasma, jato de água, tornos cnc….. Mas um dia alguém me foi visitar dizendo que estava algum tempo a acompanhar o meu trabalho e a minha formação constante e perguntou quanto é que eu estava a receber por mês. Quando lhe disse, A resposta dele foi imediata; “ofereço-lhe o dobro para ser diretor de produção na minha empresa” daí para a frente entrei na área de direção e comecei a receber outros convites que fui aceitando e fez-me passar por variadíssimos setores de trabalho, gerindo e administrando várias empresas como; administrador, diretor geral, diretor comercial, diretor administrativo, diretor comercial…..

Na altura da grande crise de 2008 a 2013 o grupo de empresas onde estava como diretor foi vendido a uma grande empresa. Foi quando saí com 55 anos e entrei no desemprego pela primeira vez. Devido á crise que o País atravessava com 16% de taxa de desemprego e também muito ao fator da minha idade (55 anos) não consegui entrar para onde desejava e tive a humildade de me sujeitar ás únicas ofertas de trabalho que existiam na altura para alguém com a minha idade (call center, UBER ou segurança privada) Foi aí que optei pelo setor da segurança privada.

 

André Ferreira- Mais tarde ainda, entra na Securitas, e para quem o conhece como eu conheço, começa a preocupar-se com as questões da segurança privada, com algumas ilegalidades cometidas por uma grande parte das empresas deste sector. Penso até que começa a ter muita gente dentro da Securitas que sabe que o Senhor Manuel Sacramento está a fazer algo que pode ser um passo importante para a mudança deste sector e que o apoia, diga-me se estiver errado. Para quem antes tinha trabalhado noutras áreas completamente diferentes da segurança privada, o porque da sua preocupação em reação a estas questões?

Manuel Sacramento- Desde que entrei para a segurança privada tive sempre o desejo de conseguir trabalhar numa das grandes empresas do setor e como tal todos os dias enviava candidaturas para Securitas e outras 2 ou 3 das grandes empresas. Um dia no fórum que já administrava (vigilantes e seguranças de Portugal), vejo uma procura de vigilantes para a Securitas e consigo por fim entrar.

Desde sempre fui desenvolvendo um bom relacionamento com os supervisores que tive e que na minha opinião foram todos excelentes, elaborei vários relatórios para a

direção da empresa onde manifestava os meus desagrados relativos a algumas situações que observava. Um dia sou contactado pelo DRH da Securitas que mostra muito interesse em me conhecer e manifesta bastante agrado pelo fórum que estava administrar e pela forma como combato as más práticas do setor e informo os vigilantes. Esta postura para as grandes empresas era excelente pois dava a conhecer aos vigilantes as más práticas do setor e obrigava as pequenas e médias empresas que menos cumpriam a corrigir as suas posturas. Mas rapidamente começo também a combater alguns erros das grandes empresas e contrariamente ao previsível vejo por parte da AES algum agrado e colaboração neste combate e denuncias que vou fazendo.

 

André Ferreira- Quando descobriu o seu gosto por esta Profissão?

Manuel Sacramento- Nunca fui um “apaixonado” por esta profissão. O meu gosto profissional sempre foi a gestão e liderança de equipas e na segurança privada sabia que seria possível fazer esse trabalho caso chegasse a supervisor.

Recebi nos últimos 2 anos que estive na Securitas mais de 5 convites de empresas para cargos de direção, supervisão, relações publicas…. Onde me ofereceram bom dinheiro, carro da empresa, prémios mensais, isenção de horário…. Tudo o que qualquer vigilante poderia desejar! Mas por uma questão de princípios fui obrigado a recusar todas essas ofertas pois nenhuma das empresas em questão cumpria a 100% com a lei e CCT em vigor. Aceitar essas ofertas seria ir contra tudo aquilo que há tanto tempo defendia.

"Entrei mais tarde para uma empresa que se disponibilizou a mudar a sua postura e cumprir com a lei a 100%. Não me deram carro nem determinadas regalias e valores, mas a excelente relação com o Gerente dessa empresa e a sua postura tão correta como homem, valeu tudo o resto. Parabéns Silvério Falcão!!"

 

André Ferreira- Na securitas, provavelmente pelo seu excelente currículo, e não duvido também pelo seu profissionalismo, a Securitas passa-lhe a chefe de grupo do Metro de Lisboa. O que se sente quando se é promovido e reconhecido o nosso trabalho, ou seja, o que sentiu naquele momento que sabia que ia ser promovido?

Manuel Sacramento- A Securitas estava com graves problemas na coordenação da equipa dos 98 homens no metro lisboa e nessa altura o Supervisor lança-me o desafio para o apoiar nesse processo. Aceitei e rapidamente comecei observar que grande parte dos problemas passavam pela má postura dos 2 chefes de grupo que lá estavam, além de mim. Informei o supervisor e fiz alguns relatórios para a direção da Securitas sugerindo diversas mudanças na coordenação daquela equipa.

Esses 2 homens estavam fortemente apoiados pelo Diretor de filial que rapidamente se colocou contra mim e em defesa do trabalho que estava a ser feito. Devido á sua recusa a uma possível mudança de procedimentos e em retirar no mínimo 1 dos chefes de grupo que era causador de grande parte dos problemas eu mesmo solicitei á Securitas a minha retirada daquele posto e da função de chefe de grupo.

"Enviei relatório á direção de segurança da Securitas e RH onde mencionei o risco de um dia ser o próprio cliente METRO LISBOA a colocar fora essas pessoas. Após 2 meses da minha saída, o Diretor de segurança do METRO proibiu a entrada desses 2 chefes de grupo nas instalações do METRO. A Securitas mais tarde deve ter reconhecido o erro de não me ter ouvido e retirou esse senhor de diretor de filial. ."

 

André Ferreira- Como foi para si trabalhar no Metro de Lisboa pela Securitas?

Manuel Sacramento- Trabalhar no METRO LISBOA foi excelente pois permitiu-me voltar á gestão de equipas que é aquilo que mais gosto de fazer. Lamento que a empresa não me tivesse ouvido e acreditado que a mudança era necessária e urgente. Mas acho que aprenderam algo com o resultado final. Foram 8 meses bem passados e onde fiz GRANDES AMIGOS. Uma nova experiencia de vida.

 

André Ferreira- O senhor Manuel Sacramento é um dos Administradores do grupo Vigilante e Seguranças de Portugal do Facebook, que dia para dia vai tendo cada vez mais adesões. Este grupo foi criado com intuito?

Manuel Sacramento- Este grupo foi criado por um Colega em 2015 / 2016 que verificando os meus habituais comentários de ajuda e interatividade com todos os vigilantes do fórum me lançou o convite para administrar o mesmo. O meu objetivo neste fórum era denunciar as más praticas das empresas, informar os Vigilantes que estavam a ser enganados, explicar como deveriam agir, indicar as empresas mais credíveis e as menos credíveis do mercado, com o objetivo de retirar mão de obra ás empresas mais corruptas e incumpridoras. Lembro que este fórum já originou 10 processos em tribunal colocados pelas empresas.

 

André Ferreira- Pelo que sei o grupo é um grupo abrangente a todas as pessoas que trabalham na área da segurança privada, independentemente da categoria que ocupam, sejam eles vigilantes, chefes de grupo, supervisores, diretores de segurança... etc. Sabe-se que muitas vezes existem vigilantes que tem medo de dar a sua opinião, ou demonstrar a sua insatisfação com medo de sofrerem represálias por parte dos seus graduados. Qual é a sua opinião sobre essa questão?

Manuel Sacramento-"Devido a esse receio que muitos colegas têm, e á pressão das empresas sobre todos aqueles colegas que se manifestam nos fóruns Comecei admitir perfis falsos de vigilantes que sem se identificarem denunciavam situações em diversas empresas."

 

André Ferreira- Mais recentemente foi criado o Sindicato de Seguranças e Vigilantes de Portugal, onde o Senhor Manuel Sacramento foi um dos principais fundadores. Quando surgiu esta ideia?

Manuel Sacramento- Essa ideia já existia há muito. Mas sempre fui um defensor que quantos mais sindicatos existissem mais dividido ficaria o setor. Mantive sempre a esperança que o STAD mudasse a sua direção, modernizando.se e tornando-se menos dependente da AES e empresas, tal como mais interativo e comunicativo com os vigilantes. Relativamente à ASSP sendo uma associação sindical independente julguei que fosse acabar com estes problemas de falta de comunicação e falta de atividade. Mas infelizmente ao analisar a negociação AESIRF / ASSP verifico que o setor continua igual e sem qualquer solução sindical credível e ativa. É nessa altura que surge o convite de uma Colega (Claudia Jaime) para reunir com o Drº Pedro Henriques que tinha conseguido excelentes resultados com o transporte matérias perigosas. Aceitei o convite para reunião dizendo sempre que iria ser um mero moderador desse projeto. Mas ao verificar novas ideias, uma política de gestão sindical bastante moderna e com soluções que nos podem levar á mudança deste setor. Aceitei então presidir o SSVP se me permitissem escolher a minha equipa. São todos pessoas da minha inteira confiança e que tem sido EXCELENTES profissionais neste projecto.

 

André Ferreira- Em que medida o SSVP vem substituir os outros sindicatos, como por exemplo a ASSP ou o STAD?

Manuel Sacramento- "O SSVP não vem substituir qualquer sindicato existente, nem existimos com o intuito de fazer concorrência a ninguém. O nosso projeto é trabalhar na união do setor e em conjunto com todas as entidades existente"

 

André Ferreira- - Qual a maior diferença do vosso Sindicato para os outros?

Manuel Sacramento- "A diferença está na forma como o sindicato é gerido, nos seus objetivos, formas de atuação perante as empresas e más praticas, na forma de apoio ao vigilante e sermos um sindicato totalmente aberto a todo o setor preocupando-nos muito com a interatividade com o vigilante seja ele sócio ou não."

 

André Ferreira- Para quem se quiser sindicalizar no novo sindicato o que é necessário?

Manuel Sacramento- Para ser sócio deste projeto basta entrar no nosso site e fazer o seu pré registo.

Logo que a DGERT reconheça em BTE o SSVP todos receberão as informações necessárias para o inicio deste projeto. Há uma grande “guerra” politica com o SSVP visto sermos independentes e recusarmos quaisquer parcerias com partidos políticos. Algo que tem desagradado muito as intersindicais e UGT’s existentes.

 

André Ferreira- Na perspetiva do Senhor Manuel Sacramento, e naquilo que acredita, qual a sua opinião nas melhorias para um futuro melhor nas empresas de segurança Privada?

Manuel Sacramento- Tenho verificado um grande acréscimo nas más práticas em todas as empresas e verifico que o setor está andar para trás e a piorar bastante a qualidade do trabalho do vigilante. Mesmo as grandes empresas tem piorado a sua postura.

Uma melhoria no setor vai dar origem a grandes guerras com as empresas e vai obrigar-nos atuar de forma rígida e radical no sentido das empresas entenderem que ou mudam a sua postura ou terão uma vida bastante dificultada com o SSVP. Pretendemos reunir com as associações de empresas e todas as empresas setor tentando que a mudança venha a existir com a cooperação de todos. Aquelas que recusarem vão ter uma vida muito dificultada.

 

André Ferreira- Resta-me agradecer o tempo que dispensou em responder às questões que lhe foram colocadas nesta entrevista e Desejar-lhe todo o Sucesso do Mundo para si e todos os seus Projetos!

 

 

 

 

 

Entrevista com a Sociedade Protetora dos animais

"A Sociedade Protectora dos Animais (SPA) foi fundada em Lisboa a 28 de Novembro de 1875 pelo conselheiro José Silvestre Ribeiro.

A SPA distinguiu-se na luta pelos direitos dos animais, sendo a associação zoófila mais antiga e com mais história em Portugal. Graças à sua longevidade apresenta-se como uma referência no que diz respeito a uniões zoófilas

.A Sociedade Protectora dos Animais é uma instituição privada de utilidade pública, sem fins lucrativos, que subsiste da quotização e dos donativos. Nunca recebeu qualquer apoio público, embora tenha assumido responsabilidades da competência do Estado.

Para nós, os nossos sócios são uma mais valia e por isso contamos com vários postos veterinários espalhados por Lisboa prontos para os servir e, claro, aos seus companheiros de quatro patas.

Contamos ainda com um pequeno canil, talvez pequeno demais para albergar todos os nossos sonhos."

Antes de iniciar esta entrevista, quero agradecer-vos por terem aceite este convite, que por certo vai deixar muita gente feliz, principalmente aqueles que são apaixonados pelos animais, tal como eu.

 

André Ferreira-Começava por perguntar como surgiu a ideia de criar a Sociedade Protetora dos animais?

Sociedade Protetora dos animais-Tendo sido criada em 1875, aquando de um forte movimento politico que instaurara a monarquia constitucional anos antes e que viria a depor a monarquia portuguesa já no séc. XX, desperta neste período uma forte ideia de mudança, de novas ideias. Isto parece nada ter a ver com a criação da SPA, no entanto, é preciso imaginar este Portugal, com uma classe de trabalhadores liberais a afirmar-se e com vontade de agir socialmente. Bastará, aliás, consultar um dos primeiros volumes do Zoophilo (publicação da SPA que relata histórias de defensores dos animais, o que se fazia de novo em Portugal, inovações veterinárias, etc.) para perceber este espirito de renovação e de defesa de novas ideias. É, pois, no seguimento destas novas ideias que surge a SPA. Um pouco à semelhança do resto da Europa, os direitos dos animais começam a surgir como tema de debate em Portugal e assim, a criação desta que seria a primeira associação zoofila portuguesa.

Se nos perguntar o que motiva a sua existência nos dias de hoje, diríamos que é esta grande vontade de lutar pelos direitos dos nossos animais. É o querer ajudar o mais possível e a esperança de conseguirmos mudar a forma de pensar os animais. Podemos dizer que o espirito de mudança se mantem na SPA.

 

AF- Quais são as vossas maiores valências no que respeita à proteção dos animais?

SPA-Atualmente, podemos contar com uma forte equipa veterinária que nos permite fazer chegar ajuda a vários animais abandonados ou a pessoas com menos posses e que querem ver os seus animais bem tratados.

Procuramos ainda ajudar juridicamente os nossos sócios, bem como quem nos procura com dúvidas desta natureza. Nos dias que correm, faz bastante sentido prestar este tipo de serviço. Com a entrada em vigor das novas leis dos maus tratos animais surgem muitas questões e nós ajudamos no seu esclarecimento.

Temos ainda a ajuda das redes sociais para divulgar alguns casos relativos a novas leis, petições ou ideias que nos pareçam merecedoras, bem como para ajudar na adoção e resgate de animais.

 

AF- Que tipo de ações são desenvolvidas na vossa associação?

SPA-Temos várias campanhas que vão decorrendo ao longo do ano. Por exemplo, está agora a decorrer a nossa “Campanha de rua”, onde recolhemos e esterilizamos vários gatos de rua, na tentativa de contenção das colónias de gatos.

 

Temos ainda campanhas de recolha de alimentos e mantas que não só servem para os nossos animais, como também distribuímos por outras associações e projetos de defesa animal que apoiamos.

 

Temos ainda um grupo de jovens voluntários que trabalha connosco semanalmente. Acreditamos que devemos tentar chegar aos jovens e educa-los nos direitos e proteção animal para termos uma nova geração mais conscienciosa e com vontade de ajudar as quatro patas.

 

Internamente, desenvolvemos ainda campanhas para sócios, quer seja de ração, vacinas, banhos e tosquias ou, mais importante, de esterilização.

 

AF- Na vossa opinião uma forma de proteção da espécie animal, por exemplo; vocês acham que se as pessoas passassem a uma dieta alimentar vegetariana, e também o fato de não utilizarem, por exemplo casacos de peles de animais, reduzira a procura pelos recursos a animais e assim a espécies encontravam-se mais protegidas!?

SPA- Acreditamos que os animais não devem ser perseguidos e caçados para proveito e divertimento humano. Neste sentido a busca pelo marfim, peles e outras coisas consideradas “luxuosas”, por exemplo, a barbatana de tubarão ou óleos de baleia usados em cosméticos, deverá acabar. Mas não basta, as leis devem ser mais rígidas e especificas para desmotivar a caça e pesca furtivas e assim ajudar a proteger os animais. Também o comercio de animais exóticos não deve ser suportado, bem como a criação ilegal de cães e gatos, muitas vezes feita de forma desumana e sem controlo veterinário.

 

AF- Ainda no que respeita à proteção dos animais, por exemplo os animais que se encontram presos em jaulas em zoológicos, como uma atração para que as pessoas possam ver-nos, não estão a privar estes da sua própria liberdade, enquanto estes deveriam viver felizes e livres no seu habitat natural?

SPA-Claro que sim. O lugar destes animais não é numa jaula, mas sim na natureza.

 

AF-Qualquer cidadão comum ao ver um animal ser maltratado na rua, que medidas pode e deve tomar?

SPA- Perante uma situação de maus tratos ou negligência, deve-se apresentar queixa às autoridades, através do SEPNA, pelo 808 200 520. Pode-se também recorrer à 21POLICIA pelo telefone, 217654242, ou por email: defesanimal@psp.pt

 

 

Em todo o caso é importante que seja uma situação de maus tratos confirmada, pois já recebemos muitas queixas que se verificaram ser um mal-entendido ou até uma forma de partida ou vingança entre vizinhos. Mais uma vez alertamos para o facto das nossas autoridades receberem milhares de pedidos de ajuda por dia, pelo que é importante que o façamos com responsabilidade, pois facilita a atuação dos nossos agentes e permite que cheguem aos casos mais graves

 

AF-Na Introdução que vocês fazem sobre a vossa associação, falam sobretudo nos animais de quatro patas, penso que se referindo a cães e gatos, gostaria de saber se também atuam sobre outros animais que necessitem da vossa ajuda?

SPA-Temos não só cães e gatos, como pássaros, coelhos, chinchilas, tartarugas entre a nossa lista de amigos! Recebemos pedidos de ajuda para todo o tipo de animais, burros e cavalos, aves de várias espécies, vida marinha, etc. Aos que conseguimos e sabemos dar resposta, ajudamos. Aos animais que necessitam de ajuda mais especializada, reencaminhamos para centros veterinários ou de aconselhamento específicos a cada espécie.

 

AF-Quem quiser ajudar a vossa associação como poderão fazê-lo?

SPA-Basta que nos contactem via Facebook ou através do nosso site, www.sp-animais.pt

Estamos sempre disponíveis para acolher novos voluntários, bem como algumas doações que, tal como já referimos, partilhamos com outros projetos desta área

 

AF-Neste momento até onde a vossa associação já chegou e até onde pretende chegar?

SPA- A SPA já passou a marca de um século de existência, pelo que uma grande conquista terá de ser a da longevidade e de persistência. Não só persistimos na conquista de novos domínios, com a passagem por várias formas de comunicação, diferentes padrões sociais e ideológicos desde 1875 até aos nossos dias, como persistindo nos nossos ideias e vontade de ajudar.

Queremos chegar não onde, mas a todos. Não nos vemos a parar tão cedo e queremos fazer o melhor que conseguimos e sabemos.

 

AF- Quem pensar adotar um animal, o que deverá ter bem presente, para que mais tarde não caia no erro de abandonar o animal, pois para muita gente como eu seria abandonar um filho?

SPA- Nós temos uma ficha de pré-adoção que visa exatamente alertar o futuro adotante para algumas questões de revelo.

Ao adotar um animal deverá ter presente que se trata de um companheiro que necessita de alimentação e cuidados veterinários, para além de tempo e dedicação. Assim, deve ponderar se tem capacidade de lhe garantir estas coisas por vários anos de vida que o animal possa ter (e esperamos sempre que muitos!).

 

Deve ainda questionar-se, por exemplo, o que aconteceria se algum membro da família fosse alérgico ao animal, pois muitas vezes temos animais “devolvidos” por alergias ou outras doenças associadas. Claro que a saúde deve ser preservada, no entanto, no momento de adotar há que ter esta questão bem definida.

 

Não adote um animal porque é bebé e é tão querido. O animal cresce e torna-se maior, mais peludo, mais trabalhoso, gosta de roer/arranhar tapetes, etc. Esteja preparado para isso e aceite que não está a adotar um animal bebé; está a adotar um companheiro. E lembre-se, um animal não é um presente!

 

O seu animal não vai ser perfeito. Mas você também não o é, por isso aceite-o mesmo quando ele não corresponde às suas expectativas. Porque para ele, você vai sempre corresponder às expectativas dele e vai saber perdoar todos os seus erros e defeitos. Posto isto, porquê abandonar?

 

AF- Obrigada pela vossa disponibilidade, e espero que continuem a ter muito sucesso na ajuda dos nossos amiguinhos de quatro patas. Um Bem-haja a Vocês!

 

Mais informações em:

(http://spanimais.wix.com/spa-lisboa#!quem-somos/c1bcy)

 

Entrevista com Rui Luz

 

 

André Ferreira- Rui Luz no que respeita a corridas, já és um veterano no que há tua experiência diz respeito principalmente a nível de Trail Running.  A partir de que momento na tua vida é que te apaixonaste pelo Trail Running?

Rui Luz- Em setembro de 2012 fiz um daqueles desafios do Strava que consistia em correr 100 milhas em 10 dias. Uma média de 10 milhas por dia. Completei o desafio em 4 dias, 30kms no 1º dia, 62kms no 2º dia, 24km no 3º dia e por fim 46km. O 2º dia foi fantástico, passei cerca de 7h30 nos trilhos. Apesar de ter chegado a casa cheio de dores nas articulações e joelhos senti-me extremamente realizado. Após uns meses de pausa o click "final" deu-se em maio de 2013 num trail em Mafra com 42km, desde então foi sempre a somar kms e aumentar distâncias.

 

André Ferreira- O que é preciso para chegar ao nível do Rui Luz no que respeita ao Trail Running?

Rui Luz- (Sorrisos) eu continuo a querer chegar ao nível de cerca de 20 atletas top nacionais! Quando vos disserem que vocês não conseguem chegar "lá" descubram por vós se é essa a realidade!  Divirtam-se, superem-se, aventurem-se.

 

André Ferreira- Quem é o Rui Luz como pessoa e o Rui Luz como atleta?

Rui Luz- Aproveito agora para vos agradecer esta oportunidade e a vossa atenção. Obrigado!

 

Rui Luz- Responder a esta questão tornar-se-ia muito complexo. Prefiro que me continuem a “tirar a pinta” pelos calções!

 

André Ferreira-  Quais são os cuidados diários que tens para chegares até ao patamar que até hoje atingiste, e quem acompanha o Trail Running, já todos conhecemos o campeão Rui Luz, também é assim que te sentes um pouco, um campeão?

Rui Luz- Os cuidados foram/vão ficando definidos com o passar dos anos. Faço a alimentação que acho mais adequada para mim e acima de tudo me satisfaça independentemente das teorias. Bebo bastantes líquidos diariamente. Os alongamentos após os treinos e mesmo em dias de descanso para manter uma boa elasticidade muscular, massagens sempre que posso e acima de tudo muito descanso!

 

Rui Luz- Campeão e máquina são duas palavras que não me definem.

 

Rui Luz- As máquinas "não falham" e eu falho, não me importo de falhar. Não me vão ver desistir por estar mal classificado numa prova. Sempre que for ao fundo do poço sei que de lá saio mais forte. Gosto de aprender com os meus erros.

 

 

André Ferreira- Sempre te dedicaste ao Trail Running, ou antes de envergares pelo Trail Running, fazias provas de estrada?

Rui Luz-Tenho 9 corridas de estrada feitas desde 2011. A 1ª prova de estrada que fiz foi a 1/2 maratona dos Palácios em 2011 e depois em finais de 2012 voltei a correr mais assiduamente durante cerca de 4 meses seguindo um plano de treinos que encontrei na Internet para preparar a única maratona de estrada que fiz até hoje. Sempre pratiquei desporto. Futebol, futsal, bodyboard, BTT e por ultimo a corrida. Fui apaixonado por cada modalidade que pratiquei. As bicicletas e a corrida acho que vão estar comigo enquanto me for possível praticar desporto, fazem parte da minha vida.


André Ferreira- Para quem está agora a experimentar pela primeira vez os caminhos de trilhos, quais os conselhos que o Rui Luz deixa?

 Rui Luz- Se querem evoluir gradativamente, com qualidade e minimizando as lesões...procurem um treinador, nutricionista e fisioterapeuta. Comecem por perceber um pouco de corrida (eu não percebo). Se apenas querem correr porque necessitam ou querem praticar este desporto fantástico, vão de acordo com as vossas sensações. Uma das bases que eu utilizei quando comecei a correr foi a página do Carlos Fonseca, foi um excelente auxílio na preparação para correr maiores distâncias e ter mais umas noções sobre a alimentação/hidratação.

 

Rui Luz- Preservem a natureza e não se deixem ir pelo facilitismo

 

André Ferreira- Quais são os teus principais objetivos no que respeita ao Trail Running?

Rui Luz-Neste momento os principais objectivos estão direccionados para atingir os melhores resultados possíveis nos Campeonatos de Trail com a minha equipa, AMCF-Arrábida Trail Team. De resto os desafios e objetivos irão surgindo consoante a vontade.

 

André Ferreira- Tens alguém que te acompanha diariamente nos teus treinos ou tu é que defines os teus próprios treinos?

Rui Luz- Até abril deste ano sempre andei ao sabor da minha vontade. Fazia o que queria, quando queria e o tempo que me apetecesse. Depois de me ter lesionado novamente no início do ano e apesar de sentir que estava a conseguir subir mais uns degraus na minha evolução finalmente decidi optar pelo acompanhamento técnico dos profissionais do CTAD - Centro de Treino e Avaliação Desportiva. Apesar de apenas terem passado 2 meses estou a sentir que foi uma excelente aposta pois sinto que faço mais com menos e essencialmente fico com mais tempo para descansar estando sempre apto para a nova carga de treinos.

 

André Ferreira- Obrigada pela tua dispoinibilidade e Boas Corridas

Entrevista com Jorge Vadio

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Antes de começar esta entrevista, deixe-me dizer-lhe que é para mim uma honra ter uma entrevista com um Músico tão conhecido da minha terra, Mafra. Obrigada por ter aceitado este convite Jorge Vadio.

 

André Ferreira- Quando é que o Jorge descobriu que queria ser músico?

Jorge Vadio- Quando tive nas mãos a minha primeira guitarra, tinha 8anos.

 

André Ferreira- Para quem não conhece o Jorge Vadio, o que é que o Jorge já fez até então na sua carreira?

Jorge Vadio- Anjos da Noite” foi lançado em 2005. Temas como Gato Preto e Vem Amar Lisboa, integram as bandas sonoras das telenovelas Fascínios e Flor do Mar, respetivamente. De lá para cá, andou pelo País a promover o trabalho e a dar-se aCONHECER.

Entretanto, a editora de Rui Veloso passou por uma reestruturação interna e o músico concelhio acabou por lançar o segundo disco “Circo do Vadio” pela editora Ovação, com a sua própria produção, nos estúdios de Rui Veloso, com quem cantou em dueto o tema O Homem do Campo. Neste trabalho destacam-se os instrumentos tradicionais portugueses – como a guitarra campaniça ou o adufe – e as participações especiais de Nuno Flores (ex-Corvos), no violino, Nana Sousa Dias, no saxofone, Zé Emídio (Adiafa), na guitarra campaniça, e Berg, nos coros. Os temas " Noites quentes " " O Homem do campo " e " Estrela do meu céu " Fizeram parte de bandas sonoras de telenovelas da TVI. Maio 2006, Vadio passa do palco de música ao palco de teatro, como director musical da peça “O Marques de Pombal”, de Francisco Moita Flores, que esteve em cena no teatro Independente de Oeiras, com músicas de Rui Veloso, João Gil e do próprio. “Dirigi e trabalhei a parte vocal de actores como Daniela Ruah, Rita Ribeiro, Igor Sampaio, Rita Viegas e outros actores de renome.

“Hoje, Jorge Vadio dedica-se à música a cem por cento. E é o que tem feito nos últimos anos. Desdobra-se em espectáculos na “Circo do Vadio Tour” onde passou por varios países da Europa, e é acompanhado pelos músicos Tiago Oliveira, na guitarra clássica, Carlos Lopes, no acordeão, João Mouzinho, na bateria, Ciro Bertini, na guitarra baixo e Carlos Mil Homens, na percussão. O músico participou também no concerto comemorativo dos 25 anos de carreira de Rui Veloso, onde partilhou o palco com grandes nomes da música portuguesa, como Mariza, Rio Grande e Luz Casal, Vitorino e Rui Veloso são aliás duas referências incontornáveis onde bebe inspiração.”

“As raízes tradicionais da música portuguesas fascinam-lhe. Do outro lado do Oceano, Caetano Veloso, os ritmos cubanos e da Bossa Nova. Num registo internacional admira o trabalho de David Byrne,David Bowie, Peter hammill, entre outros.”

Depois de mais 8 musicas fazerem parte de bandas sonoras das telenovelas da TVI, em que resultarão 5 copilacções em CDs.

“No dia 1 de Junho de 2013 Jorge Vadio edita o seu terceiro álbum " Rumo a Oeste " e estreia-se pela primeira vez no Coliseu dos recreios de Lisboa onde tem como convidados especiais Jorge Palma, a atriz e cantora Silvia Filipe e To Zé Santos como os instrumentistas o pianista Paulo Borges e a violinista Angélica Caetano. No mesmo ano toca no Luxemburgo na Fabrik Culture no festival Portugal pop onde partilha o palco com Jorge Palma , Rui Reinhinho, Lucia Moniz entre outros .”

Em Maio de 2014  e 2015 inicia a sua tourné " Rumo a Oeste " numa digressão 8 espectáculos nos Estados Unidos que começou no mês de Maio, onde passou por Newark e Nova York . Nesta passagem por Nova Iorque Jorge Vadio conheceu o Pianista Mike Garson, mais conhecido por ser musico de David Bowie, e ter tocado com bandas como Nine Inch Nails, Billy Corgan, Free Flight, and The Smashing Pumpkins. Ambos gravaram dois temas em Nova Iorque, a música de David Bowie Life on Mars versão Portuguesa  Vida em Marte " Jorge Vadio and Mike Garson foi escolhida para o primeiro single que foi editado a 5 de Dezembro de 2014 em formato digital em mais de 160 lojas online.

Em 27 de Maio de 2016 edita o seu terceiro album de originais “ Mo outro lado do Mundo “

As suas composisões originais, a forma como canta e o seu timbre vocal unico, fazem de Jorge Vadio o presente e o futuro da musica popular Portuguêsa.”

 

André Ferreira-Quais os estilos de música que gosta mais de cantar?

Jorge Vadio- Não gosto de me restringir a um único estilo, penso que o meu estilo passa pela World Music.

 

André Ferreira-Já fez vários espetáculos pelo país fora, de todos os espetáculos onde atuou qual foi aquele que gostou mais de fazer?

Jorge Vadio- São vários os espetáculos que me marcaram, no entanto posso salientar O Festival do Crato em 2007 onde toquei para mais de 20000 pessoas.

 

André Ferreira- A convite do fotógrafo, colecionador de arte e filantropo Henry  Buhl, deu um concerto em Maio numa fundação que o Norte Americano Preside. Diga-nos como correu essa experiência?

Jorge Vadio- Foi uma experiência onde concretizei vários sonhos, como ter conhecido o  Mike Garson,pianista de sempre do David Bowie, com quem gravei três temas para o meu último album; Do Outro Lado Do Mundo. Fiz parcerias também com o percurssionista nigeriano Kofo The Wonderman.

 

Jorge Vadio- "Deste convite feito pelo Henry Buhl surgiram vários concertos incluídos em duas tournées em várias salas emblemáticas de Nova York."

 

André Ferreira- Quais são os próximos projetos para um futuro próximo?

Jorge Vadio-  Acabei de lançar o meu terceiro album; Do Outro Lado Do Mundo, o segundo de uma triologia que espero finalizar em 2018. Até lá continuarei a trabalhar com artistas de referência e trilhar outros caminhos sonoros.

 

André Ferreira-Quem quiser assistir a um concerto do Jorge Vadio, onde pode-o encontrar?

Jorge Vadio- Basta seguirem-me pela página do Facebook ou na Tasca mais próxima. ( sorrisos)

 

André Ferreira-Sei que o Jorge Vadio é um dos Músicos que defende a música Portuguesa, até porque as músicas do Jorge Vadio são cantadas em Português. Na sua opinião o que podia ser feito para defender-se mais quer a música portuguesa, quer os músicos?

Jorge Vadio-A obrigatoriedade de uma percentagem de 80% de música portuguesa nas rádios nacionais.

 

André Ferreira- Se não fosse músico que outra profissão teria escolhido?

Jorge Vadio-Gostaria de ser guionista.

 

André Ferreira-Faz da música a sua vida?

Jorge Vadio-Sim, há 11 anos que vivo exclusivamente da Música, para isso é preciso ter dedicação e amor há arte e muita disciplina.

 

 

Muito obrigada pela disponibilidade e desejo-lhe todo o sucesso do Mundo para a sua carreira!

 

Entrevista com Matilde Batalha da MafrAnimal

A MafrAnimal é uma associação de proteção animal que foi criada com o objetivo de ajudar e proteger os animais, na sua diversidade.

 

André Ferreira-Há quanto tempo existe a Associação MafrAnimal?

Matilde Batalha - A MafrAnimal como associação existe desde 5 de Fevereiro de 2013. Tinha surgido como grupo informal um ano antes, reunindo pessoas com o mesmo propósito, de ajuda e protecção dos animais.

 

André Ferreira- Qual o principal campo de atuação da MafraAnimal?

Matilde Batalha- Penso que quer campo de actuação relacionado com o resgate de animais errantes, sua recuperação e integração em famílias definitivas, quer a componente educativa de sensibilização o respeito pelos animais e seus ecossistemas, são ambas o pilar da nossa actuação. Claro que lado prático mais visível e trabalhoso é o trabalho de resgate, angariação de famílias de acolhimento temporário (FAT), as idas aos veterinários para cuidados clínicos, esterilizações, etc. A análise das candidaturas dos adotantes é também um lado importante. Temos de minimizar ao máximo o risco dos animais serem maltratados, abandonados.

 

André Ferreira- Existe um número grande de pessoas a adotar animais domésticos através da vossa Associação?

Matilde Batalha- Sim, felizmente. Cada vez mais.

 

 

André Ferreira- Sabemos que infelizmente existe um número considerável de pessoas a abandonar animais, a MafraAnimal tem campanhas de sensibilização nesse sentido?

Matilde Batalha- Sim, apesar de não serem organizadas em forma de campanha. Realizamos com frequência acções de sensibilização nas escolas (abarcando a diversidade de faixas etárias) onde falamos de inúmeros temas em torno dos maus tratos a animais, onde se abarca a temática do abandono e da nova lei de protecção animal. Actualmente o abandono é crime. http://mafranimal.blogspot.pt/search/label/Mafranimal%20nas%20escolas

"Aproveitamos as campanhas de recolha de alimentos ou a nossa presença em eventos para abordar essa temática, distribuir informação escrita, assim como aproveitamos as redes sociais e o nosso blog para o efeito. Para que a mensagem chegue ao maior número de pessoas. A pedagogia é importante na transmissão desta informação. A tomada de consciência da senciência animal faz com que muitas pessoas mudem os seus comportamentos. O desconhecimento da capacidade que os animais têm de sentir, aliado à coisificação dos mesmos, inclusive na lei (onde o animal é definido como coisa, objecto de propriedade) é uma das causas para a forma como os animais são maltratados."

 

André Ferreira- Para quem quiser fazer-se sócio da vossa associação, quais o requisitos necessários e quais as vantagens?

Matilde Batalha- Não há nenhum requisito especial. Qualquer pessoa que queira pode ser nosso sócio ou sócia. O valor da cota mínima é de 10 euros anuais. Tem a vantagem de ajudar a associação a ajudar cada vez mais animais, e existem benefícios com algumas entidades com quem temos protocolo, por exemplo descontos em alguns espaços de cuidados veterinários.

 

André Ferreira- Como é possível ajudar a vossa Associação?

Matilde Batalha- Há inúmeras formas de ajudar a associação.

 

“Adoptando um animal. Estará a ganhar um amigo para a vida e a permitir-nos ajudar outros. Sendo voluntário(a), precisamos sempre de pessoas disponíveis para as campanhas de recolha de alimentos, resgates, transporte de animais a clínicas ou FATs, etc. Sendo Família de Acolhimento Temporário (FAT), o que para nós é crucial, uma vez que ainda não temos espaço físico. Nós garantimos a alimentação do animal e cuidados veterinários. Um animal adotando que vem de uma FAT é um animal socializado, que já aprendeu as regras relacionadas com o estar dentro e fora de casa. Tem algumas vantagens. Tornando-se nosso(a) Sócio(a). Apadrinhe um cão ou gato, ou seja contribuindo financeiramente com o valor que pretender e pelo tempo que desejar nos cuidados de um animal à sua escolha. Esse contributo é utilizado em cuidados médicos, esterilização/ castração, alojamento, alimentação, etc. “

 

“Utilizando os nossos Pontos de Recolha, onde poderá deixar a fundamental alimentação (*ração, comida em lata para gato/cão*) e a também sempre necessária desparasitação interna e externa dos animais. Poderá ainda doar o que em casa já não lhe faça falta (cobertores, casotas, toalhas, trelas, coleiras, medicamentos, etc.”

 

“Ter um Mealheiro MafrAnimal, caso tenha um ponto de comércio ou instituição de atendimento ao público. Queremos envolver a população nesta nossa caminhada, e também por isso, temos solicitado a quem tem pontos de comércio um espaço no seu balcão para pormos um Mealheiro Mafranimal e os nossos flyers de apresentação.”

 

“Fazendo um donativo para: IBAN: PT50 5200 5204 0040 1605 0019 0. Divulgando as nossas boas causas! Uma sociedade informada e sensível à causa animal é uma sociedade mais justa, compassiva e ecológica!”

 

“Divulgando os nossos apelos de adopção, ou de animais perdidos…siga-nos na nossa página facebook.”

 

“Chamando-nos à sua escola, ou à escola do seu filho(a)! A educação para a causa animal é importantíssima e "é de pequenino que se torce o pepino".

 

André Ferreira- Quem quiser encontrar-vos ou visitar-vos como o poderão fazer?

Matilde Batalha- Como não temos ainda um espaço de sede, o contacto connosco é feito através do nosso e-mail (mafranimal@gmail.com) e rede social no facebook.

(https://www.facebook.com/MafrAnimal.org/)

 

 

André Ferreira-É preciso ter a consciência perfeita que quem adota uma animal tem que ter disponibilidade para o animal, atenção e saber perfeitamente a despesa que isso acarreta. Nesse sentido pergunto-lhe que concelhos deixa aos adotantes?

Matilde Batalha- Que é preciso termos tempo para os animais. Adotar um animal é um acto altruísta, não tem a ver com o animal preencher uma função de guarda por exemplo. Tem a ver com querer dar uma família ao animal, querer integrar na família uma pessoa não humana. Deve ser uma decisão que todos na família devem estar de acordo. Deve-se estar preparado para os gastos que ter um animal acarreta e prioriza-lo quando ele estraga algum bem material. Tomar consciência de que a adopção é para a vida, isto é, mesmo que mude de casa, divorcie-se e tenha filhos. Conhecer as necessidades da espécie que adota é importante também.

 

André Ferreira- Recentemente adotei duas gatas com um mês e meio e tenho trabalhado no sentido de as duas se entenderem uma com a outra, o que por vezes nem sempre é fácil. Uma já cá estava, outra veio passado uma semana. Como eu, deve haver outras pessoas com esta mesma questão, como fazemos para que as duas se relacionem, uma vez que existe uma que tem ciúmes da outra?

Matilde Batalha- Não sou especialista em comportamento animal. Penso que a adaptação deva ter de ser gradual. Pelo que sei de gatos, eles não gostam de grandes mudanças, e é normal reagir a um novo patudo em casa. O tempo ajuda. Aconselho muitas vezes a procurar-se especialistas de comportamento animal que trabalhem através de reforço positivo. Podem dar algumas dicas vantajosas. Conversarem com o(a)veterinário(a) pode ser orientador.

 

André Ferreira- Quais os objetivos quem têm para o futuro da vossa Associação?

Matilde Batalha-Termos um espaço de sede para começar era muito bom. Esse é um objectivo a curto prazo. Um espaço para reunir a equipa, os voluntários, ter exposições sobre a temática animal, fazermos palestras, recolher a ração e outros materiais, receber os sócios e sócias, etc. o espaço ajudaria imenso a organizarmo-nos cada vez mais.

 

 André Ferreira- Muito Obrigada pela sua disponibilidade, muitos parabéns pelo trabalho que fazem, e que tenham todo o sucesso do Mundo!

Matilde Batalha-

"Obrigada nós, por nos ajudar a divulgar esta causa! Acreditamos que a causa animal está intimamente ligada à causa ambiental e humanitária. No fundo estamos todos ligados."