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Palavras ao vento

Palavras ao vento

Meditação para superar a Inércia

 

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Diga para si mesmo:

Eu sou mais do que isto! O meu pensamento sabe aquilo que eu preciso para melhorar a minha sáude, e enquanto o meu corpo diz fica, o meu pensamento diz que tenho de ir!

Mas quase sempre a vontade do meu corpo é muito mais forte que a vontade do meu pensamento.

Eu hoje digo sou capaz de seguir os meus pensamentos, sou mais forte do que isto, não quero ser isto, quero ser mais e lutar pela minha saúde!

Eu não sou isto eu sou mais! Eu sei que sou muito mais que isto e sei que todos dias posso dar o meu melhor e sair para fazer exercício, nem que seja por 30 minutos!

Pois é melhor para mim fazer exercício esses 30 minutos, do que estar um dia inteiro no sofá a ver televisão!

Agora diga para si:

A partir de agora vou mudar. Mesmo que por vezes os movimentos do meu corpo possam estar presos, eu vou liberta-los, e seja a correr, ou seja a caminhar, eu vou fazer exercício e mudar a minha alimentação. 

Agora pergunte-se porquê?

Porque você quer ser saudável aprender a comer bem, olhar para o espelho ver-se a si e poder dizer para si mesmo: Eu amo-me, e amo-me como sou!

Sugestão de Leitura Em Legitima Defesa

 

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Onde o Aborto não é um tema muito consensual entre as pessoas, onde uns defendem com unhas e dentes que a vida é mais importante do que qualquer outro valor independentemente das circunstâncias, existe uma adolescente de 15 anos que se não fizer o aborto está sujeita a não originar qualquer outra forma de vida, derivado ao seu feto ser portador de hidrocefalia. Onde uma advogada de defesa que está num cargo político pode ser a sua única esperança, pode ser complicado quando se acaba de vetar em relação ao aborto, e onde este veto é aprovado quase que por unanimidade. A única réstia de esperança é recorrer para o tribunal da apelação, que  apesar de os juízes serem seleccionados aleatoriamente, pode-se dar o caso de encontrar uma das suas amigas juízas que foi sua professora poder representar o caso,  e aí quem sabe encontrar uma solução.

Entrevista ao Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós

Em relação ao espiritismo ainda existe muita gente cética nos dias de hoje, apesar de atualmente termos muita informação seja em livros, em documentários já realizados ou outros.

 

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Quero imenso agradecer a todos os Atores que vão participar nesta entrevista e que nos vão tentar fazer entender melhor esta ciência tão confusa, mas tão interessante que é o espiritismo

 

André Ferreira- Afinal o que é o espiritismo?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- É uma filosofia de base científica e consequências ético-morais. Foi codificada por Allan Kardec no século XIX. “O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações. Podemos defini-lo assim: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” Fonte: O que é o Espiritismo / por Allan Kardec. [tradução da Redação de Reformador em 1884] – 56. ed. 1. imp. – Brasília: FEB, 2013

 

André Ferreira-  Diz-se por aí que Alan Kardec é o pai do espiritismo, é mesmo assim?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- No século XIX um fenômeno agitou a Europa: as mesas girantes. Nos salões elegantes, após os saraus, as mesas eram alvo de curiosidade e de extensas reportagens, pois moviam-se, erguiam-se no ar e respondiam a questões mediante batidas no chão (tiptologia). O fenômeno chamou a atenção de um pesquisador sério, discípulo do célebre Johann Pestalozzi: Hippolyte Leon Denizard Rivail. Rivail, pedagogo francês, fluente em diversos idiomas, autor de livros didáticos e adepto de rigoroso método de investigação científica não aceitou de imediato os fenômenos das mesas girantes, mas estudou-os atentamente, observou que uma força inteligente as movia e investigou a natureza dessa força, que se identificou como os “Espíritos dos homens” que haviam morrido. Rivail fez centenas de perguntas aos Espíritos, analisou as respostas, comparou-as e codificou-as, tudo submetendo ao crivo da razão, não aceitando e não divulgando nada que não passasse por esse crivo. Assim nasceu O Livro dos Espíritos. O professor Rivail imortalizou-se adotando o pseudônimo de Allan Kardec.

 

André Ferreira-  O livro dos espíritos de Alan Kardec é um livro com uma linguagem complexa, principalmente para quem nunca teve contacto com esta ciência ou pouco a entende, as palavras às vezes são confusas, e muitas vezes não estão ao alcance de todos. Como veem esta afirmação?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- As traduções brasileiras, até então disponíveis, ainda oferecem à grande massa popular graves obstáculos para uma perfeita compreensão, não por falha dos tradutores – muito pelo contrário ­­, mas pela fidelidade com que verteram dos originais em francês para o português, mantendo a elevada elocução. Kardec, eminente autoridade em linguística, evidentemente, só poderia escrever à altura do superior nível cultural de seus contemporâneos. Desta forma, e nada mais justo, as versões procuram sempre equilibrar a linguagem.

 

André Ferreira- Afinal o que são espíritos bons ou espíritos maus?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- Vejamos o que O livro dos Espíritos nos esclarece sobre o assunto: 76. Que definição se pode dar dos Espíritos? Os Espíritos são os seres inteligentes da Criação. Povoam o Universo, fora do mundo material. (Nota—A palavra Espírito é empregada aqui para designar as individualidades dos seres extracorpóreos e não mais o elemento inteligente do Universo.) DIFERENTES ORDENS DE ESPÍRITOS 96.Os Espíritos são iguais ou há entre eles qualquer hierarquia? “São de diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado.” 97.As ordens ou graus de perfeição dos Espíritos são em número determinado? “São ilimitadas em número, porque entre elas não há linhas de demarcação traçadas como barreiras, de sorte que as divisões podem ser multiplicadas ou restringidas livremente. Todavia, considerando os caracteres gerais dos Espíritos, elas podem reduzirse a três principais. “Na primeira, estão os que atingiram a perfeição máxima: os puros Espíritos. Formam a segunda os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é o que neles predomina. Pertencerão à terceira os que ainda se acham na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. A ignorância, o desejo do mal e todas as paixões más que lhes retardam o progresso, eis o que os caracteriza. ”98. Os Espíritos da segunda ordem, que só se preocupam com o bem, têm o poder de praticá­lo? “Cada um deles dispõe desse poder, de acordo com o grau de perfeição a que chegou. Assim, uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Todos, porém, ainda têm que sofrer provas.”

”98. Os Espíritos da segunda ordem, que só se preocupam com o bem, têm o poder de praticá­lo? “Cada um deles dispõe desse poder, de acordo com o grau de perfeição a que chegou. Assim, uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade. Todos, porém, ainda têm que sofrer provas.” 99.Os da terceira categoria são todos essencialmente maus? “Não; uns há que não fazem nem o mal nem o bem; outros, ao contrário, se divertem com o mal e ficam satisfeitos quando encontram ocasião para praticá­lo. Há também os levianos ou estouvados, mais perturbadores do que malignos, que se comprazem mais pela malícia do que na malvadez e cujo prazer consiste em mistificar e causar pequenas contrariedades para rirem

 

André Ferreira- O que são anjos de Luz?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós-  Segundo a Igreja Católica, anjo é uma criatura espiritual que habita no céu e tem a função de mensageiro entre Deus e os seres humanos. A palavra anjo tem origem no termo grego ággelos que significa mensageiro, e são seres celestiais criados por Deus para serem mensageiros. Que existem seres dotados de todas as qualidades atribuídas aos anjos, isso não se poderia duvidar. A revelação espírita confirma, sobre esse ponto, a crença de todos os povos, mas nos faz conhecer, ao mesmo tempo, a natureza e a origem desses seres. As almas ou espíritos são criados simples e ignorantes, quer dizer, sem conhecimentos e sem consciência do bem e do mal, mas aptas a adquirirem tudo o que lhes falta. O objetivo que é a perfeição é o mesmo para todas, irão alcançar cada espírito em seu tempo, por questão do livre-arbítrio, todos nós temos os mesmos graus a percorrer, o mesmo trabalho a cumprir. Deus não faz uma missão nem mais longa nem mais fácil a umas do que às outras. Deus também não criou o mal, todas as suas leis são para o bem, foi o próprio homem quem criou o mal ao infringir as leis de Deus, se as observasse, e seguisse jamais sairia do bom caminho. Deus não dá experiência mas os meios de adquiri-la. Cada atitude maldosa é um atraso e sofre as consequências e aprende às suas custas o que deve evitar. É assim que pouco a pouco, se devolve as perfeições e avança na hierarquia espiritual até que tenha alcançado o estado de puro espírito ou anjo. Os anjos são então as almas dos homens que chegaram no grau de perfeição que o espírito comporta, aproveitando da plenitude da felicidade prometida. Antes de atingirem esse grau supremo, aproveitam da felicidade relativa ao seu adiantamento espiritual, mas essa felicidade não é ociosidade é a das funções que faz Deus confiar no espírito e dar ocupações maiores para ainda progredir mais. A humanidade não está limitada à terra, ela ocupa inumeráveis mundos que circulam no espaço, povoou aqueles que desapareceram e povoará aqueles que se formarão. Deus tem criado por toda a eternidade e criará sem cessar. Muito tempo antes, pois de que a terra existisse, por antiga que a suponhamos, teria havido, em outros mundos espíritos encarnados que percorreram as mesmas etapas que nós, espíritos mais recentes, percorremos neste momento e que alcançaram o objetivo antes mesmo que tivéssemos saído das mãos do criador. De toda a eternidade houve, pois anjos ou espíritos puros, mas a sua existência humanitária, perdendo-se no infinito do passado, é para nós como se tivessem sempre sido anjos. Fonte: Livro “O Céu e o Inferno”

 

André Ferreira- Existem pessoas que conseguem comunicar com espíritos, os chamados médiuns, como o conseguem fazer?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- Como ocorre a comunicação entre encarnados e desencarnados, como identificar uma comunicação verdadeira de uma falsa e quais os problemas que podem surgir nessas ocasiões de contato são apenas algumas das perguntas importantes a serem consideradas quando se fala de comunicação com o mundo dos espíritos. Em O Livro dos Médiuns (1861), Allan Kardec diz que toda pessoa que sente a influência dos espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Trata-se de uma faculdade inerente ao ser humano e, por isso mesmo, não é um privilégio. “Pode se dizer”, ele explica, “que todos são mais ou menos médiuns”. O que, hoje em dia, pode parecer uma afirmação óbvia para qualquer um que estude parapsicologia, foi comprovado apenas cerca de 70 anos depois com as pesquisas do cientista norte-americano, J.B. Rhine, da Universidade de Duke, provando estatisticamente que as capacidades mentais, chamadas mediúnicas, estão presentes em larga escala da população, em maior ou menor grau. Para Kardec, Deus deu a mediunidade aos seres humanos para que eles penetrassem no mundo invisível estabelecendo, dessa forma, o contato com os espíritos. Isso, no entanto, só pode ser realizado por aqueles médiuns com capacidades acentuadas, sendo eles os responsáveis pelo contato entre o mundo dos encarnados e o dos desencarnados. E, apesar de existirem várias formas de se estabelecer esse contato, também é preciso tomar alguns cuidado.

A comunicação com os espíritos pode ocorrer de várias formas. As mais conhecidas são a psicografia, a psicofonia, a intuição, a inspiração, a premonição e a audiência, entre outras. No entanto, como explica Aluney Elferr, todas as comunicações se realizam por meio do perispírito. “Ele é o agente intermediador de todas as manifestações mediúnicas, posto que o espírito não pode agir sozinho sobre a matéria”. Os fenômenos estão ligados ao tipo de efeito que também varia de um médium para outro. Kardec ofereceu uma classificação que inclui médiuns de efeitos físicos; médiuns sensitivos; auditivos; falantes; videntes; sonâmbulos; curadores; pneumatógrafos (ou voz direta); psicógrafos. “A comunicação ocorre”, continua Elferr, “primeiramente pela vontade, que é o carro-chefe de qualquer ocorrência espiritual – tudo nasce no pensamento. Depois, a simbiose com o médium se dá por meio de afinidades pré-existentes”. Aluney entende que a psicografia se tornou tão comum na comunicação com os espíritos por ser fácil de ocorrer e de ser verificada depois de recebida. Seu desenvolvimento tornou-se possível também pela facilidade que os espíritos encontram para manifestar seus pensamentos com clareza e objetividade.

 

André Ferreira- Porque é que os espíritos permitem que certas pessoas consigam comunicar com eles e outras não?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- Vide a resposta da questão anterior.

 

André Ferreira- Foi criado imagens nas nossas cabeças de um paraíso e um inferno, e figuras míticas, em que Deus foi criada a imagem do Senhor com uma Barba Grande e agarrada a uma cruz e o Diabo, aquela figura vermelha, com uns chifres. Qual a vossa opinião sobre isso?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- O desenvolvimento da ideia de Deus e do processo religioso da Humanidade acompanha a evolução, intelectual e moral, do próprio ser humano. Uma conquista está inerente à outra. Quando […] os homens, fisicamente, pouco dessemelhavam dos antropopitecos, suas manifestações de religiosidade eram as mais bizarras, até que, transcorridos os anos, no labirinto dos séculos, vieram entre as populações do orbe os primeiros organizadores do pensa­mento religioso que, de acordo com a mentalidade geral, não conseguiram escapar das concepções de ferocidade que caracterizavam aqueles seres egressos do egoísmo animalesco da irracionalidade. (8) As primeiras manifestações de religiosidade estão, pois, relacionadas à realização de sacrifícios que poderiam agradar a Deus.

Primeiramente, porque não compreendia Deus como sendo a fonte da bondade. Nos povos primitivos a matéria sobrepuja o espírito; eles se entregam aos instintos do animal selvagem. Por isso é que, em geral, são cruéis; é que neles o senso moral, ainda não se acha desenvolvido. Em segundo lugar, é natural que os homens primitivos acreditassem ter uma criatura animada muito mais valor, aos olhos de Deus do que um corpo material. Foi isto que os levou a imolarem, primeiro, animais e, mais tarde, homens. De conformidade com a falsa crença que possuíam, pensavam que o valor do sacrifício era proporcional à importância da vítima. (4) A ideia primitiva de Deus é de natureza antropomórfica. Isto é, Deus é concebido e descrito sob a forma humana ou com atributos humanos. Incapaz, pela sua ignorância, de conceber um ser imaterial, sem forma determinada, atuando sobre a matéria, conferiu-lhe o homem atributos da natureza corpórea, isto é, uma forma e um aspecto e, desde então, tudo o que parecia ultrapassar os limites da inteligência comum era, para ele, uma divindade. Tudo o que não compreendia devia ser obra de uma potência sobrenatural. Daí a crer em tantas potências distintas quantos os efeitos que observava, não havia mais que um passo. (2) A concepção de Deus único, criador do universo, dos seres e coisas estava muito distante, em termos evolutivos, para ser cogitada pelos primeiros habitantes do Planeta. Tudo que lhes causavam impacto e extrapolava o seu entendimento era venerado como um deus. Importa considerar que o desenvolvimento da ideia de Deus acompanha outra: a da imortalidade do ser. Desde os pródromos da Civilização a ideia da imortalidade é congênita no homem. Todas as concepções religiosas da mais remota antiguidade, se bem que embrionárias e grosseiras em suas exteriorizações, no-la atestam. Entre as raças bárbaras abundaram as ideias terroristas de um Deus, cuja cólera destruidora se abrandaria à custa dos sacrifícios humanos e dos holocaustos de sangue, e, por toda parte, onde os homens primitivos deixaram os vestígios de sua passagem, vê-se o sinal de uma divindade a cuja providência e sabedoria as criaturas entregavam confiadamente os seus destinos. Merece destaque o fato de que nas religiões politeístas, do passado e do presente, exista uma hierarquia das divindades: um deus maior e mais poderoso.

Merece destaque o fato de que nas religiões politeístas, do passado e do presente, exista uma hierarquia das divindades: um deus maior e mais poderoso que governa deuses menores, em poder, inteligência e moralidade. Indica uma forma de transição do politeísmo, propriamente dito, para o monoteísmo. A palavra deus tinha, entre os antigos, acepção muito ampla. Não indicava, como presentemente, uma personificação do Senhor da Natureza. Era uma qualificação genérica, que se dava a todo ser existente fora das condições da Humanidade.

 

André Ferreira- O que é a reencarnação e como funciona?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- O tema reencarnação é um assunto que gera muita curiosidade. Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, nos ensina que a reencarnação tem como objetivo fazer com que o espírito saia de sua condição de simples e ignorante para chegar a perfeição. Qual é a finalidade da encarnação dos Espíritos? Resposta: Deus a impõe com o fim de levá-los à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros, uma missão. Mas, para chegar a essa perfeição, eles devem sofrer todas as vicissitudes da existência corpórea; nisto é que está a expiação. A encarnação tem ainda outra finalidade, que é a de pôr o Espírito em condições de enfrentar a sua parte na obra da Criação. É para executá-la que ele toma um aparelho em cada mundo, em harmonia com a matéria essencial do mesmo, a fim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. E dessa maneira, concorrendo para a obra geral, também progredir. (O Livro dos Espíritos, questão 132) Entretanto, o que é reencarnação? A reencarnação diz respeito ao retorno do espírito ao corpo físico, ou seja, é o ato de nascer novamente em um novo corpo. O espiritismo nos ensina que, nós (espíritos encarnados), somos seres imperfeitos. E por conta disso, a reencarnação é aceita como uma lei natural. Já que permite a nossa evolução, além dos reparos das imperfeições que foram adquiridas em outras vidas.

 

André Ferreira- Existem pessoas que por vezes ao dormir sentem mesmo uma presença ao lado delas como realmente tivesse alguém ao pé destas. Será que está mesmo alguém ao pé destas?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente). Outros movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da afinidade vibratória ou sintonia. O espírito será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais. O lúbrico terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia. A esposa queixosa encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante. Amigos se encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão cursos, cooperadores trabalharão nos campos prediletos, e, assim, caminhamos.

 

André Ferreira- Como funciona os espíritos nos animais?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós- O espiritismo define o plano espiritual como uma realidade extra-física, onde os espíritos se encontram. Nele, existem diversas colônias espirituais, onde os chamados espíritos afins, no mesmo nível de evolução se agrupam, formando assim, sociedades. Já em relação aos animais, eles não possuem a consciência de si mesmo, não escolhem entre o bem e o mal, além de não serem submetidos à Lei de Causa e Efeito. De acordo com os espíritos superiores, em O Livro dos Espíritos, os animais não são espíritos errantes, ou seja, não possuem o livre-arbítrio. E por conta disso, não podem andar livremente pelo plano espiritual. Com isso, o que acontece quando eles chegam no plano espiritual? O Espírito da Verdade nos apresentou a seguinte consideração: “Sobrevivendo ao corpo em que habitou, a alma do animal vem a achar-se, depois da morte, nem estado de erraticidade, como a do homem? “Fica numa espécie de erraticidade, pois que não mais se acha unida ao corpo, mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e obra por sua livre vontade. De idêntica faculdade não dispõe o dos animais. A consciência de si mesmo é o que constitui o principal atributo do Espírito. O do animal, depois da morte, é classificado pelos Espíritos a quem incumbe essa tarefa e utilizado quase imediatamente. Não lhe é dado tempo de entrar em relação com outras criaturas.” Ou seja, quando chega no plano espiritual, os animais são recebidos por Espíritos de Luz que os direcionam a determinados trabalhos, aprendizados, dependendo de seu grau evolutivo.

 

André Ferreira- No mundo cinematográfico, por norma, os filmes que abordam esta temática dos espíritos, salvo raras exceções, representa-os como sendo malignos, vingativos e surgem porque algo de mal aconteceu. Já que nos abordam a temática dos tabuleiros de Quija, apesar de haver sempre a tentativa de contatar alguém bom, é sempre libertado um espírito mau. Estas representações não farão com que as pessoas permaneçam céticas a tentar conhecer melhor o mundo do espiritismo, fazendo com que fiquem também com ideia errada daquilo que representam?

Centro de Estudos Espíritas Eça de Queirós-  Os assuntos "outro mundo", "fantasmagoria", "assombramento", "locais assombrados", "materializações" se reúnem no campo semântico de "mistério". E isso se transforma num campo fértil para um cinema que atrairá pelo sensacionalismo. Daí para o desvirtuamento da realidade espiritual, para atração de público, é um pulo. Pode-se ver que os filmes espíritas mesmo colocam como foco principal os ensinamentos evangélicos. "Nosso Lar" é um exemplo disso. Agora os filmes de terror manipulam os fenômenos espirituais desvirtuando "criminosamente" o espiritualismo. Isso é um pouco do que acho. (Carlos de Hollanda)

 

 

 

 

Entrevista com a Famosa Tarologa Ana Paula, a grande Annaym!

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Primeiro deixe-me dizer-lhe que é uma honra enorme para mim tê-la aqui no meu Blogue para a realização de uma entrevista. Hoje de certeza que este Blogue vai ficar enriquecido com a sua participação.

 

André Ferreira- Ana Paula pesquisei algumas coisas sobre si, verifico que é vidente e também tarologa. Para nós que somos completamente leigos nesta matéria, existe uma grande diferença entre astrologia e vidência ou não? E se a mesma existe, quais são as maiores diferenças?

Ana Paula- Sou grata por me dar esta oportunidade de entrevista!

Sim existe diferença, a astrologia rege-se por astros e a vidência pela capacidade de ver o que o humano comum não vê.

 

André Ferreira- Quando é que Ana Paula descobriu pela primeira vez que tinha o dom da mediunidade?

Ana Paula- Com 3 anos de idade comecei por dizer que era Annaym e tinha vindo das estrelas. Aqui não era a minha casa. Sempre vi o que os outros não viam, revelei-me sempre totalmente diferente dos meus irmãos e crianças da aldeia onde nasci.

E por isso fui rejeitada, torturada no próprio seio familiar.

 

 

André Ferreira- Fala muito dos anjos de luz e da luz, que luz é esta a que se refere, e que todos nós precisamos dela, uma vez que esta transmite-nos aquilo a que nós chamamos a nossa paz interior?

Ana Paula- Anjos de luz somos todos, melhor todos somos Deuses a viver nestes corpos.

A luz e as trevas depende daquilo que cada um de nós vibra, pensa, sente e faz na sua vida.

Se fazemos o que para nós é o bem ou o mal, estaremos a revelar a nossa luz ou trevas, afinal tudo é subjetivo.

Não existem anjos. Existem seres multidimensionais que sempre contactaram a humanidade. Os anjos foram criados pelas religiões a fim de manipular a humanidade.

 

André Ferreira- Na sua opinião as pessoas muitas vezes não consultam pessoas que trabalham na área da Ana Paula, porque desacreditam completamente destas questões, ou porque tem medo daquilo que não conhecem?

Ana Paula- Bem, eu costumo dizer que prefiro aqueles que não acreditam nestas coisas, afinal são humanos fortes que sabem bem o caminho a trilhar e não precisam que ninguém lhe mostre nada. Mesmo de forma inconsciente atuam nas suas vidas enquanto Deuses criadores da sua própria realidade. Depois temos os que dizem não acreditar, que comentam na minha pagina mas passam a vida a tentarem consultas gratuitas e procuram resposta em todos. E tem de facto os que têm medo do que vão ouvir e por isso mesmo tentam evitar-nos e só nos procuram quando já não suportam mais a dor.

 

André Ferreira- A Ana Paula diria que aquilo que faz é um dom ou uma vocação?

Ana Paula- O que eu faço é para mim um Dom. Faço com amor e verdade. Ás vezes brinco dizendo que preferia ser como os que tiram cursos de Tarot ou outros, que revelam apenas o que o oraculo lhe mostra sem se importarem se estão a induzir o outro em erro ou não. Mas depois dentro de mim isso seria vazio e sem sentido. Não estaria a ajudar e sim a contribuir para maior destruição de quem me procura. Portanto sou grata pelo dom que me trouxe a este planeta.

 

André Ferreira- Já existiu alguma situação, uma vez que tem um consultório, e dá consultas, determinadas emoções de alguns pacientes fazer com que se deixasse levar pelas suas próprias emoções?

Ana Paula- Sim, muitas vezes me emociono com a vida e sofrimento dos que a mim chegam. Sobretudo quando os vejo tão perdidos que não vivem e sim vegetam. Quando estão destruídos e sem força para se erguerem. Quando estão sobre influencia de energias que não são suas e sim enviadas por outros e têm as suas vidas destruídas.

 

André Ferreira- Sempre quis seguir esta área de trabalho ou já algumas vez pensou noutras áreas diferentes?

Ana Paula- Sempre tive um trabalho convencional, pois tinha necessidade de me sentir “normal” , só agora na mudança para os Açores é que me dediquei a 100% e sem necessidade de me sentir diferente de quem sou e do que sou. Digamos que deixei de me preocupar totalmente com o que os outros dizem ou pensam sobre mim.

 

André Ferreira- Geralmente as pessoas procuram-na especialmente em que situações?

Ana Paula- Acredite que me procuram mesmo já no limite e depois de procurarem muitos outros e estarem fartos e gastar dinheiro sem soluções. E agora cada vez mais sou procurada pelos que estão a despertar e precisam de ajuda para entenderem o que se está a passar. Estamos a fazer um salto quântico para 5ªD e as pessoas sentem-se perdidas e ás vezes a enlouquecer.

 

André Ferreira- Quem quiser encontrar a Ana Paula e precisar de a sua ajuda pode encontrá-la onde?

Ana Paula- Podem contactar-me pela minha pagina do Facebook Tarologa Ana Paula, pelo telemóvel 927297353. Só dou consultas presenciais em Ponta Delgada.

 

André Ferreira- Já esteve no programa a tarde é sua numa entrevista, como foi para si contar a sua experiência da vida?

Ana Paula- É sempre muito duro recordar tudo de novo é como estar lá a vivenciar tudo novamente. Digamos que foi o que aconteceu quando escrevi o meu livro, um reviver tudo novamente para passar ao meu leitor.

 

André Ferreira- Por fim, e em jeito até um pouco em tom de brincadeira, uma vez que também falamos em vidência, e apenas por uma questão de curiosidade, conseguiria prever o que o meu futuro me reserva?

Ana Paula- Ninguém consegue prever o futuro, conseguimos ver no agora e o seu futuro vai depender da sua atitude no agora. O seu futuro é uma consequência deste agora. Em que papel está, no de vitima ou no do controle do seu destino e da sua vida? O seu futuro depende somente de si. Isto em tom de brincadeira mas muito verdadeiro, no entanto para responder com toda a clareza sobre o seu agora precisaria de vários elementos para me ligar a si, coisa que não disponho.

 

André Ferreira- Resta-me agradecer uma vez mais a sua disponibilidade e desejar-lhe os maiores sucessos!

Ana Paula- Eu é que agradeço a oportunidade e desejo-lhe todo de MELHOR QUE O UNIVERSO TEM PARA SI. UMA VIDA PROSPERA E ABUNDANTE. SEJA FELIZ!

André Ferreira- Muito Obrigada Ana Paula igualmente! ;)

 

A prostituta que um dia foi mãe!

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Era uma vez uma jovem com os seu 19 anos, mas a sua cara aparentava ser de uma pessoa de aproximadamente 40 anos de idade. Era uma jovem sofrida que outrora tinha passado por uma série de turbulências, tinha sido vítima de maus tratos e abusos por parte do seu padrasto. Quando passava na rua era conhecida pela puta Joana. Por todo o lado onde passava levava sempre com comentários menos agradáveis por parte daqueles que noutra altura terão sido os amigos de Joana. Comentários do estilo lá vai a puta Joana, mas ninguém percebia nada do que a puta da vida fez sofrer a Joana. Joana não tinha rumo nem maré, nem qualquer condição financeira que permitisse que ela fugisse dali, mas ela tinha que fugir, tinha que fugir para bem longe, e num desespero tremendo, a prostituição foi a única saída que ela encontrou. Joana estava cansada de se prostituir, nunca conheceu realmente o que era ser amada ou o verdadeiro amor, até que um dia aparece El Rei na vida de Joana. El Rei nunca quis revelar o seu nome, pois ocupava um cargo alto e uma posição a defender na sociedade. Mas a vida dele era uma merda, pois El Rei nunca foi amado também, este sabia que tinha dinheiro, e tentava ter alguma dignidade, mas no fundo não tinha amor, nem nunca tinha sido amado de verdade até conhecer Joana . Joana acreditara piamente que aos olhos dela, estava mesmo ali, estava ali o amor da sua vida! Um amor de uma vida que nunca tinha encontrado. Bastou apenas um olhar para que os dois se apaixonassem loucamente. João que na altura manteve-se como El Rei derivado a sua posição, e em querer manter o anonimato, hoje é muito feliz com Joana. Joana foi mãe, porque pela primeira vez Joana viu que podia confiar em alguém, e esta abdicou dos métodos contraceptivos na altura do ato sexual, o que mais tarde veio a revelar uma gravidez. A Joana não tem doenças, o João El Rei não tem doenças, e o pequeno Tobias é uma das crianças mais felizes à fase da Terra. Hoje vivem todos Felizes na cidade Romântica de Paris.

Entrevista com o Sr. Dr. Palhaço Fernando Terra do Projecto Rugas de Riso

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Fernando Terra muito obrigado por teres aceite o meu convite, é uma honra ter-te aqui como meu amigo e com o conhecimento que tu tens. Hoje vamos ficar mais ricos de certeza. Obrigado uma vez mais pela tua disponibilidade.

 

André Ferreira- Para quem não conhece o Fernando Terra quem é o Fernando Terra?

Fernando Terra- Sou natural do Brasil e vivo em Portugal desde 1999. Tenho formação na área de teatro e sou músico autodidata. Casado com a escritora Rosana Antonio e com dois filhos (Leticia e Matteo). Sempre acreditei na arte como ferramenta de transformação. Não me vendo e não vou em “modas”. Tento ser o mais coerente possível comigo mesmo e dificuldades, pra mim, são aprendizagens. Em 2001 comecei a investigar e desenvolver a arte do palhaço e hoje sou formador internacional de clowning. Trabalho em simultâneo em Portugal e Itália, colaboro com alguns projetos sociais e sou diretor artístico da Associação MELECA, que dentre seus projetos, gere o programa Rugas de Riso.

 

André Ferreira- Quando é que surgiu este projeto de palhaços para idosos?

Fernando Terra- Surgiu quando estive numa longa temporada (de 2 anos) em Roma (Itália). Estávamos nos preparando para voltarmos para Portugal quando me veio a ideia de trazer para Portugal algo que ainda não existia. Um programa específico de palhaços para idosos em lares e instituições de acolhimento. E assim nasceu o programa Rugas de Riso, que hoje conta com 5 artistas profissionais, com treinamento para atuação em contexto clínico e recebe também a coordenação de Rosana Antonio

 

André Ferreira- Porquê o nome Rugas de riso?

Fernando Terra- Ouvi uma vez que as nossas marcas de expressão surgem quando dobramos a pele mais de mil vezes. Ou seja, vamos criando marcas no nosso rosto ao longo da vida. Marcas da vida, portanto. Quando pensámos num nome para o projeto vieram muitas ideias e até chegámos a experimentar algumas delas, até que tivemos a ideia de aproximar dois mundos: Idosos e Palhaços. Daí veio a ideia das rugas e - como diz a Rosana - se for para termos rugas, que sejam de riso. Assim juntamos as rugas ao riso, que é a marca do palhaço, apesar de o palhaço trazer muito mais que o riso com ele. Achámos o nome divertido, complementamos o logotipo com um jogo de dominó. O dominó é visto em todos os lares que visitamos e a ação dos palhaços em improviso chamamos de “jogo”. E assim fomos costurando uma grande colcha de ideias que nos levaram ao nome Rugas de Riso.

 

André Ferreira- Oual é o trabalho que é realizado pelos profissionais Rugas de Riso?

Fernando Terra- Visitamos lares e instituições de acolhimento de idosos através de palhaços profissionais, que recebem formação contínua. Temos o objetivo de não infantilizar o idoso. Trabalhamos a auto-estima, o estímulo psico-motor, a escuta ativa, redefinimos o ambiente e contribuímos para que pacientes em situação paliativa possam reorganizar suas ideias através de momentos poéticos com base no teatro físico e da comédia dell’arte.

Toda ação é antecipada por uma conversa séria com as enfermeiras ou diretores técnicos das instituições que visitamos.

Defendemos a regularidade das visitas porque acreditamos no poder da relação entre nossos Senhores Palhaços e os utentes.

 

André Ferreira- O que é preciso ter para ser um palhaço Rugas de Riso?

Fernando Terra- É preciso ser artista acima de tudo. Ter capacidade de gerir suas emoções diante de situações frágeis. Ter a capacidade de falar com seriedade quando necessário (com os profissionais de saúde), ser capaz de trabalhar em dupla e em constante improviso.

Também exigimos rigor no trabalho e compromisso dos profissionais que trabalham connosco. Vale lembrar que são profissionais remunerados pela sua qualidade profissional e pelo tal compromisso com o projeto.

 

André Ferreira- Como é que é ser palhaço de Idosos, sendo que esta é uma população cada vez mais abandonada sobretudo pela população mais jovem e não só, vivendo muitas vezes numa solidão extrema, e sem ter ninguém que os apare. Qual a importância na tua opinião deste trabalho?

Fernando Terra- Como disse antes, trabalhamos muito através das relações criadas entre nós e os utentes. Portugal tem cada vez mais uma população mais envelhecida. Vários são as carências nesta área. Posso dizer que há dez anos, quando começámos, víamos a situação pior do que hoje. O número de pessoas com demência vem aumentando e acho que todas as iniciativas complementares a terapia, desde que sejam sérias e de qualidade, devem ser bem vindas e valorizadas pela população. Nossos questionários de avaliação demonstram 100% na aceitação do Rugas de Riso e há cada vez mais instituições que nos ligam e nos convidam para visitar, não só no concelho de Mafra, mas em vários outros do país e até no exterior. No Canadá fomos tema de uma aula na faculdade de Toronto, o Brasil, a Itália e a Polónia (grupos desses países) estão a nos contactar para intercâmbios e para darmos formação e instituições públicas e privadas nos tem apoiado cada vez mais.

 

André Ferreira- O que é necessário ter para poder-se ser um palhaço de idosos?

Fernando Terra- Responsabilidade, Sensibilidade e Técnica. Palhaço não é uma fantasia de carnaval, é uma arte muito complexa que só quem não tem ideia da dimensão dela acha que é fácil. Ser palhaço não é saber contar piadas e nem ser engraçadinho. É a arte contrária do ator. Não há personagens, na verdade. Há somente a pessoa elevada a um exponencial altíssimo.

 

André Ferreira- Geralmente este trabalho com os idosos, é feito em que locais?

Fernando Terra- Nosso foco principal são os lares. Mas atuamos em centros de dia e até já atuamos na rua.

 

André Ferreira- Fugindo um pouco do tema, sei que tens uma academia de teatro na Ericeira chamada Associação Meleca. Queres aproveitar a oportunidade e falar-nos um pouco deste teu projeto?

Fernando Terra- Na verdade a MELECA é o nome da associação que gere vários projetos. O Rugas de Riso é um deles, a Academia de Teatro é outro projeto também gerido pela MELECA.

Neste momento a MELECA conta com cerca de 50 alunos de teatro que duas vezes por ano sobem aos palcos. Somos 3 professores que atendem 7 turmas de alunos com idades a partir dos 3 anos.

Trabalhamos o sentimento de grupo, a concentração, a criatividade, o não-protagonismo, tudo através de espetáculos teatrais com uma estrutura profissional, onde os nossos alunos/artistas superam dificuldades em conjunto e individualmente, com o suporte dos professores e a preciosa colaboração dos pais, avós e tios. Somos uma grande família.

Durante os meses de julho e agosto realizamos workshops gratuitos para todos que se interessam pelo teatro e já estamos com inscrições abertas para o próximos semestre com início na primeira semana de setembro.

 

André Ferreira- A nossa população tem vindo em envelhecer dia para dia, mas as preocupações que no fundo são responsabilidade de todos nós, por vezes ficam esquecidas. Não sei se concordas  ou não com esta afirmação, e qua él a tua opinião sobre a mesma?

Fernando Terra- Concordo. Acho que há um conceito ultrapassado sobre o idoso. Idoso é quem tem mais idade. Diferente de velho. O ocidente criou-se um conceito que junta as palavras idoso e velho num único espaço. Velho é o que não serve para nada. Idoso é o que acumulou história e conhecimento. Quem finge que este problema não existe fatalmente cairá sobre o mesmo daqui uns anos. Mas acho que pouco a pouco estamos a construir uma nova forma de pensar. Talvez não iremos viver tanto para presenciar a mudança que está a começar, mas eu sou otimista. Quanto ao sentimento de responsabilidade, acho que enquanto os pais continuarem a privar os filhos dos problemas, remediando-os com pequenos aparelhos que alienam os meninos e enquanto as escolas não mudarem seu conceito de ensino (que repete um formato de mais de 100 anos), o prolongamento da evolução de mentalidade só tente a crescer. Infelizmente o ser-humano é medroso e evita as mudanças e tente esquivar-se dos problemas.

 

André Ferreira- Gostavas que deixasses um conselho não só a todos os profissionais que trabalham na área da geriatria como a todos nós cidadãos que também temos responsabilidades para com estas pessoas?

Fernando Terra- O único conselho que posso deixar é VAMOS CUIDAR DE NÓS. Abrir as mentes, ter maior noção de espaço, não invadir o espaço do outro e não impedir o crescimento do outro.

 

André Ferreira- Por fim diz-me Fernando Terra, como é para ti trabalhar na Rugas de Riso?

Fernando Terra- Eu faço aquilo que gosto. Tenho muito orgulho do caminho que o Rugas de Riso já trilhou até aqui e tenho a consciência que ainda não é nem o começo. Tenho muito carinho por quem visitamos e nunca aprendi tanto em toda minha vida.

Quero deixar aqui o convite a quem nos quiser conhecer de não hesitar em contratar a nossa associação MELECA, que fica no Parque Santa Marta, na Ericeira.

E não posso deixar também de dizer que somos um projeto independente que precisa de apoios. Há dezenas de pessoas que já colaboram connosco todos os meses. Estas colaborações são sempre revertidas a visitas a lares de idosos.

 

André Ferreira- Resta-me agradecer toda a tua disponibilidade Fernando Terra e desejar-te todo o sucesso para todos os teus projetos e que continues a distribuir sorrisos!

Para quem quiser saber mais sobre o Projeto Rugas de Riso, Deixo-vos aqui o link de acesso Direto ao youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=pxMMmUF2QuY&t=381s 

 

Justiça Cega!

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A justiça está cega. Ou sempre esteve cega? Um dia vai acordar ou vai continuar a dormir? Como é que trocamos bandidos por quem nos defende? E metemos quem nos defende nas celas e quem nos priva da nossa liberdade, damos-lhe liberdade?

 

Quem tem dinheiro tem poder, quem não tem dinheiro não tem justiça. A palavra Justiça afinal quer dizer o que? Como é que possível por parte dos juízes por pequenos delítos decdir medidas de coação mais gravosas e  aqueles que cometem os grandes delitos muitas vezes são intocáveis?

 

Os advogados só servem para trabalhar como agentes de execução porque afinal Portugal só tem devedores e não tem criminosos, ou não exsitem outras oportunidades para trabaharem na defesa ou como procuradores?

 

Se deveres pouco está lixado, se deveres muito como Berardo safas-te!

 

Afinal o que é legal e o que é ilegal?

Depois por fim prende-se os inocentes e Liberta-se os criminosos!

Entrevista com Manuel Sacramento Diretor do SSVP- Sindicato Seguranças e Vigilantes Portugal e Administrador do Grupo Vigilantes e Segurança de Portugal no Facebook, e que conta atualmente com 18.000 Membros.

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Senhor Manuel Sacramento em meu nome e de todos os leitores deste blogue, acredito que até muitos deles trabalhadores no Sector da Segurança Privada, quero agradecer-lhe por me ter dado a enorme honra de me conceder esta entrevista, para este espaço humilde (o meu blogue do Sapo), em que todos nós tanto temos a aprender consigo. Uma vez mais o meu muito Obrigado Manuel Sacramento!

 

André Ferreira- Para quem não conhece o Manuel Sacramento, quem é a pessoa Manuel Sacramento?

Manuel Sacramento- O Manuel Sacramento é uma pessoa, simples, humilde e bastante empenhada nos projetos que assume. O seu conhecimento e o apoio que fornece aos profissionais do setor da segurança privada tem por base uma experiencias adquirida ao longo de +30 anos em direções e administrações de várias empresas em diversos setores de mercado.Sempre tive como prioridade e gosto o apoio a quem me procura.

 

André Ferreira- O Manuel Sacramento já trabalhou como treinador de Artes Marciais, ensinado várias artes como o Karaté, o Jiu-jitsu, o Full Contact. Pergunto-lhe de onde surgiu esta paixão pelas artes Marciais?

Manuel Sacramento - A minha paixão pelas artes marciais, nasceu aos 14 anos de idade quando entrei para o Lisboa Ginásio Clube para a prática do Karatê shotokan. Pratiquei durante vários anos esta modalidade e quando já era cinto negro pelos meus 19 anos apareceu o Full contact (arte combate proibida em Portugal) no campo pequeno em Lisboa. Entrei e comecei a praticar assiduamente esta arte de combate. Mais tarde o Mestre Vitor, devido ao grande numero de adeptos que o ginásio estava a ter, convidou-me a mim e ao Carlos Ramjanali que treinava comigo e que foi mais tarde foi campeão do mundo e da europa várias vezes, para começarmos a dar aulas..

"Fiz vários anos esta modalidade, entrei em algumas competições, dei aulas em diversas escolas e pelos meus 35 anos, veio o desejo de conhecer outros tipos de artes marciais. Treinei então o Aikido, Jiu Jitsu, Judo, kung fu. Tendo sido para mim o Jiu Jitsu a arte marcial que mais me apaixonou devido ao treino com armas e onde encontrei a forma de combate mais real. Parei pelos 50 anos devido a falta de tempo para conjugar trabalho e esta modalidade desportiva. Foram 36 anos a ensinar que me deram muito prazer."

 

André Ferreira- Entretanto a nível profissional, trabalhou em diversas áreas tais como programador de CAD, Diretor de Produção, Diretor de Qualidade, Diretor Geral, Diretor Geral, Trader de Mercados Financeiros, diretor comercial e administrativo, nas mais diversas empresas. Mais tarde começa a trabalhar na empresa Strong Charon. Como foi essa experiência para si?

Manuel Sacramento- Comecei na empresa GALUCHO como programador CAD CAM devido á minha formação como programador de aplicações de gestão. Aprendi muito nesta metalúrgica pois era das mais evoluídas da península ibérica, e onde existia área da robótica e as mais avançadas maquinas cad cam de corte por laser, plasma, jato de água, tornos cnc….. Mas um dia alguém me foi visitar dizendo que estava algum tempo a acompanhar o meu trabalho e a minha formação constante e perguntou quanto é que eu estava a receber por mês. Quando lhe disse, A resposta dele foi imediata; “ofereço-lhe o dobro para ser diretor de produção na minha empresa” daí para a frente entrei na área de direção e comecei a receber outros convites que fui aceitando e fez-me passar por variadíssimos setores de trabalho, gerindo e administrando várias empresas como; administrador, diretor geral, diretor comercial, diretor administrativo, diretor comercial…..

Na altura da grande crise de 2008 a 2013 o grupo de empresas onde estava como diretor foi vendido a uma grande empresa. Foi quando saí com 55 anos e entrei no desemprego pela primeira vez. Devido á crise que o País atravessava com 16% de taxa de desemprego e também muito ao fator da minha idade (55 anos) não consegui entrar para onde desejava e tive a humildade de me sujeitar ás únicas ofertas de trabalho que existiam na altura para alguém com a minha idade (call center, UBER ou segurança privada) Foi aí que optei pelo setor da segurança privada.

 

André Ferreira- Mais tarde ainda, entra na Securitas, e para quem o conhece como eu conheço, começa a preocupar-se com as questões da segurança privada, com algumas ilegalidades cometidas por uma grande parte das empresas deste sector. Penso até que começa a ter muita gente dentro da Securitas que sabe que o Senhor Manuel Sacramento está a fazer algo que pode ser um passo importante para a mudança deste sector e que o apoia, diga-me se estiver errado. Para quem antes tinha trabalhado noutras áreas completamente diferentes da segurança privada, o porque da sua preocupação em reação a estas questões?

Manuel Sacramento- Desde que entrei para a segurança privada tive sempre o desejo de conseguir trabalhar numa das grandes empresas do setor e como tal todos os dias enviava candidaturas para Securitas e outras 2 ou 3 das grandes empresas. Um dia no fórum que já administrava (vigilantes e seguranças de Portugal), vejo uma procura de vigilantes para a Securitas e consigo por fim entrar.

Desde sempre fui desenvolvendo um bom relacionamento com os supervisores que tive e que na minha opinião foram todos excelentes, elaborei vários relatórios para a

direção da empresa onde manifestava os meus desagrados relativos a algumas situações que observava. Um dia sou contactado pelo DRH da Securitas que mostra muito interesse em me conhecer e manifesta bastante agrado pelo fórum que estava administrar e pela forma como combato as más práticas do setor e informo os vigilantes. Esta postura para as grandes empresas era excelente pois dava a conhecer aos vigilantes as más práticas do setor e obrigava as pequenas e médias empresas que menos cumpriam a corrigir as suas posturas. Mas rapidamente começo também a combater alguns erros das grandes empresas e contrariamente ao previsível vejo por parte da AES algum agrado e colaboração neste combate e denuncias que vou fazendo.

 

André Ferreira- Quando descobriu o seu gosto por esta Profissão?

Manuel Sacramento- Nunca fui um “apaixonado” por esta profissão. O meu gosto profissional sempre foi a gestão e liderança de equipas e na segurança privada sabia que seria possível fazer esse trabalho caso chegasse a supervisor.

Recebi nos últimos 2 anos que estive na Securitas mais de 5 convites de empresas para cargos de direção, supervisão, relações publicas…. Onde me ofereceram bom dinheiro, carro da empresa, prémios mensais, isenção de horário…. Tudo o que qualquer vigilante poderia desejar! Mas por uma questão de princípios fui obrigado a recusar todas essas ofertas pois nenhuma das empresas em questão cumpria a 100% com a lei e CCT em vigor. Aceitar essas ofertas seria ir contra tudo aquilo que há tanto tempo defendia.

"Entrei mais tarde para uma empresa que se disponibilizou a mudar a sua postura e cumprir com a lei a 100%. Não me deram carro nem determinadas regalias e valores, mas a excelente relação com o Gerente dessa empresa e a sua postura tão correta como homem, valeu tudo o resto. Parabéns Silvério Falcão!!"

 

André Ferreira- Na securitas, provavelmente pelo seu excelente currículo, e não duvido também pelo seu profissionalismo, a Securitas passa-lhe a chefe de grupo do Metro de Lisboa. O que se sente quando se é promovido e reconhecido o nosso trabalho, ou seja, o que sentiu naquele momento que sabia que ia ser promovido?

Manuel Sacramento- A Securitas estava com graves problemas na coordenação da equipa dos 98 homens no metro lisboa e nessa altura o Supervisor lança-me o desafio para o apoiar nesse processo. Aceitei e rapidamente comecei observar que grande parte dos problemas passavam pela má postura dos 2 chefes de grupo que lá estavam, além de mim. Informei o supervisor e fiz alguns relatórios para a direção da Securitas sugerindo diversas mudanças na coordenação daquela equipa.

Esses 2 homens estavam fortemente apoiados pelo Diretor de filial que rapidamente se colocou contra mim e em defesa do trabalho que estava a ser feito. Devido á sua recusa a uma possível mudança de procedimentos e em retirar no mínimo 1 dos chefes de grupo que era causador de grande parte dos problemas eu mesmo solicitei á Securitas a minha retirada daquele posto e da função de chefe de grupo.

"Enviei relatório á direção de segurança da Securitas e RH onde mencionei o risco de um dia ser o próprio cliente METRO LISBOA a colocar fora essas pessoas. Após 2 meses da minha saída, o Diretor de segurança do METRO proibiu a entrada desses 2 chefes de grupo nas instalações do METRO. A Securitas mais tarde deve ter reconhecido o erro de não me ter ouvido e retirou esse senhor de diretor de filial. ."

 

André Ferreira- Como foi para si trabalhar no Metro de Lisboa pela Securitas?

Manuel Sacramento- Trabalhar no METRO LISBOA foi excelente pois permitiu-me voltar á gestão de equipas que é aquilo que mais gosto de fazer. Lamento que a empresa não me tivesse ouvido e acreditado que a mudança era necessária e urgente. Mas acho que aprenderam algo com o resultado final. Foram 8 meses bem passados e onde fiz GRANDES AMIGOS. Uma nova experiencia de vida.

 

André Ferreira- O senhor Manuel Sacramento é um dos Administradores do grupo Vigilante e Seguranças de Portugal do Facebook, que dia para dia vai tendo cada vez mais adesões. Este grupo foi criado com intuito?

Manuel Sacramento- Este grupo foi criado por um Colega em 2015 / 2016 que verificando os meus habituais comentários de ajuda e interatividade com todos os vigilantes do fórum me lançou o convite para administrar o mesmo. O meu objetivo neste fórum era denunciar as más praticas das empresas, informar os Vigilantes que estavam a ser enganados, explicar como deveriam agir, indicar as empresas mais credíveis e as menos credíveis do mercado, com o objetivo de retirar mão de obra ás empresas mais corruptas e incumpridoras. Lembro que este fórum já originou 10 processos em tribunal colocados pelas empresas.

 

André Ferreira- Pelo que sei o grupo é um grupo abrangente a todas as pessoas que trabalham na área da segurança privada, independentemente da categoria que ocupam, sejam eles vigilantes, chefes de grupo, supervisores, diretores de segurança... etc. Sabe-se que muitas vezes existem vigilantes que tem medo de dar a sua opinião, ou demonstrar a sua insatisfação com medo de sofrerem represálias por parte dos seus graduados. Qual é a sua opinião sobre essa questão?

Manuel Sacramento-"Devido a esse receio que muitos colegas têm, e á pressão das empresas sobre todos aqueles colegas que se manifestam nos fóruns Comecei admitir perfis falsos de vigilantes que sem se identificarem denunciavam situações em diversas empresas."

 

André Ferreira- Mais recentemente foi criado o Sindicato de Seguranças e Vigilantes de Portugal, onde o Senhor Manuel Sacramento foi um dos principais fundadores. Quando surgiu esta ideia?

Manuel Sacramento- Essa ideia já existia há muito. Mas sempre fui um defensor que quantos mais sindicatos existissem mais dividido ficaria o setor. Mantive sempre a esperança que o STAD mudasse a sua direção, modernizando.se e tornando-se menos dependente da AES e empresas, tal como mais interativo e comunicativo com os vigilantes. Relativamente à ASSP sendo uma associação sindical independente julguei que fosse acabar com estes problemas de falta de comunicação e falta de atividade. Mas infelizmente ao analisar a negociação AESIRF / ASSP verifico que o setor continua igual e sem qualquer solução sindical credível e ativa. É nessa altura que surge o convite de uma Colega (Claudia Jaime) para reunir com o Drº Pedro Henriques que tinha conseguido excelentes resultados com o transporte matérias perigosas. Aceitei o convite para reunião dizendo sempre que iria ser um mero moderador desse projeto. Mas ao verificar novas ideias, uma política de gestão sindical bastante moderna e com soluções que nos podem levar á mudança deste setor. Aceitei então presidir o SSVP se me permitissem escolher a minha equipa. São todos pessoas da minha inteira confiança e que tem sido EXCELENTES profissionais neste projecto.

 

André Ferreira- Em que medida o SSVP vem substituir os outros sindicatos, como por exemplo a ASSP ou o STAD?

Manuel Sacramento- "O SSVP não vem substituir qualquer sindicato existente, nem existimos com o intuito de fazer concorrência a ninguém. O nosso projeto é trabalhar na união do setor e em conjunto com todas as entidades existente"

 

André Ferreira- - Qual a maior diferença do vosso Sindicato para os outros?

Manuel Sacramento- "A diferença está na forma como o sindicato é gerido, nos seus objetivos, formas de atuação perante as empresas e más praticas, na forma de apoio ao vigilante e sermos um sindicato totalmente aberto a todo o setor preocupando-nos muito com a interatividade com o vigilante seja ele sócio ou não."

 

André Ferreira- Para quem se quiser sindicalizar no novo sindicato o que é necessário?

Manuel Sacramento- Para ser sócio deste projeto basta entrar no nosso site e fazer o seu pré registo.

Logo que a DGERT reconheça em BTE o SSVP todos receberão as informações necessárias para o inicio deste projeto. Há uma grande “guerra” politica com o SSVP visto sermos independentes e recusarmos quaisquer parcerias com partidos políticos. Algo que tem desagradado muito as intersindicais e UGT’s existentes.

 

André Ferreira- Na perspetiva do Senhor Manuel Sacramento, e naquilo que acredita, qual a sua opinião nas melhorias para um futuro melhor nas empresas de segurança Privada?

Manuel Sacramento- Tenho verificado um grande acréscimo nas más práticas em todas as empresas e verifico que o setor está andar para trás e a piorar bastante a qualidade do trabalho do vigilante. Mesmo as grandes empresas tem piorado a sua postura.

Uma melhoria no setor vai dar origem a grandes guerras com as empresas e vai obrigar-nos atuar de forma rígida e radical no sentido das empresas entenderem que ou mudam a sua postura ou terão uma vida bastante dificultada com o SSVP. Pretendemos reunir com as associações de empresas e todas as empresas setor tentando que a mudança venha a existir com a cooperação de todos. Aquelas que recusarem vão ter uma vida muito dificultada.

 

André Ferreira- Resta-me agradecer o tempo que dispensou em responder às questões que lhe foram colocadas nesta entrevista e Desejar-lhe todo o Sucesso do Mundo para si e todos os seus Projetos!

 

 

 

 

 

Entrevista com Cristina Silva da HAPPY KIDS ERICEIRA

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Hoje. Tenho o enorme prazer de ter a minha amiga Cristina Silva, Uma Mulher Lutadora, Psicóloga e Diretora da Happy KIds Ericeira numa entrevista para o meu Blogue. Para mim é um orgulho poder contar com a tua participação nesta entrevista para o meu Blogue. O meu muito obrigada pela tua colaboração, disponibilidade e pela tua presença neste espaço humilde!

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André Ferreira- Quem é a Cristina Silva como Mulher?

Cristina Silva- A Cristina Silva é uma mulher simples, honesta, com muita fé nos seus sonhos e que luta diariamente para os alcançar. É amiga do seu amigo que no seu coração é família porque a vida é madrasta mas obriga nos a ter a família que não escolhemos mas dá nos a oportunidade de escolher os amigos que preenchem essa lacuna. Está sempre disponível para ouvir sem julgar, e sobretudo ajudar o próximo. Adora pintar um arco íris nos dias cinzentos e mostrar às crianças que o horizonte jamais é o limite, porque para lá do que os nosso olhos vêem há um  Mundo a descobrir. 

 

André Ferreira- Sabe-se que a maior parte das crianças que se encontram inseridas na creche são provenientes de pais Ingleses e outros, muito por esta se encontrar na Ericeira, onde a condição de vida é alta e muitas vezes não está ao alcance de todos, principalmente aos bolsos dos pais Portugueses?

Cristina Silva- Sim é uma realidade mas o Happy Kids é um projeto que está orientado sobretudo para pais que procuram um Local onde possam deixar os seus filhos enquanto trabalham, passeiam, praticam surf ou outras actividades ou simplesmente tiraram tempo para eles. O Happy Kids é um local priveligiado, onde as happy families não só encontram a resposta para os seus filhos mas também a ajuda que todos necessitamos quando integramos temporariamente ou permanentemente num país novo com uma cultura diferente mas em que seja respeitada a sua mesma cultura princípios de vida, sem medos e que nos acolham de coração. 

 

André Ferreira- Acabas-te a tua formação como Psicóloga na Faculdade de Psicologia e Ciências da Universidade de Lisboa, como foi para ti estudar nessa Faculdade, e quais as melhores recordações que tiras de lá?

Cristina Silva- Foi uma experiência única pois decidi tomar este passo já com 44  anos, depois de 12 anos a formar crianças felizes, onde me foi dado o privilégio de trabalhar com a tua mãe que virou a irmã e de acompanhar parte do teu crescimento e do David. Adorei voltar a ser aluna,  consegui perceber que por detrás de um professor (a) existe um adulto com uma história de vida também mas que nos ajuda a construir mais um capítulo no nosso livro da vida. E nasceu aí de novo o bichinho por continuar a aprender e ainda hoje o faço com frequência, porque esta vida é uma aprendizagem constante e nós somos até ao último segundo nesta vida terrena. 

 

André Ferreira- Como surgiu o projeto Happy Kids?

Crsitina Silva- Surgiu de um projeto idealizado por mim e pela minha filha Ana onde queríamos criar um espaço na Ericeira onde as crianças permanecessem felizes enquanto estavam no nosso país, principalmente na Ericeira que têm imenso interesse turístico devido sobretudo à prática do surf (a Ericeira é considerada Reserva mundial do surf) do clima, da segurança, de ser uma pequena vila hospitaleira e onde havia esta lacuna na forma de tornar os dias das crianças mais preenchidos e felizes mas respeitando as suas diferenças que para nós são muito enriquecedoras pessoalmente.

 

André Ferreira- Antes de chegares a Happy Kids  como Diretora que outros projetos já fizeste e outras funções já tiveste nesses mesmos projetos?

Cristina Silva- Comecei a minha vida no mundo do trabalho apenas com 16 anos, sem que na altura fosse exploração infantil, e comecei apenas porque sou 200% exigente comigo própria, o que nem sempre é bom, e ainda hoje tento melhorar esse aspeto. Mas reprovei no atual 9o ano porque nesse ano abriu o centro comercial Imaviz e tinha salão de jogos, que hoje um centro comercial é um local tantas vezes que vocês consideram chato e nem querem ir, mas no meu tempo é isto, nos anos 80 era o máximo. E comecei como empregada de balcão onde aprendi imenso, depois fui tirar o curso de estenografia e dactilografia e um curso de inglês que nessa altura abria as portas para o mundo dos serviços administrativos. E assim comecei uma nova etapa. Trabalhei na segurança social, na NCR onde nasceram as primeiras caixas multibanco, um mundo muito à frente na tecnologia e onde aprendi sobretudo que uma grande equipa é uma grande familia orientada por um líder mas onde todos os elos são fundamentais para o seu fortalecimento. Depois segui para Arquitectura e aí sim nasceu o bichinho de construir a minha primeira escola e onde podia aplicar as aprendizagens de uma vida. E em 4 de Novembro 1996 nasce o sonho chamado Tapadinhas. Pelo meio casei com 20 anos, tive 2 filhos e em 1998 nasce o Gonçalo e supero mais uma batalha. É lá fui construindo a vida até 2004, quando por causa de uma embolia cerebral o sonho foi dividido e sabes os sonhos são como o sol são de todos, mas jamais se repartem, e o meu acabou num chuvoso dia 12 de Dezembro de 2004. Mas arregacei de novo as mangas e comecei mais um projecto, mas sem o brilho e a mesma força que o Tapadinhas tivera na minha vida, e passo a passo, lá fui caminhando até ao atual Happy Kids. 

 

André Ferreira- A cultura e a educação que os pais incutem às crianças estrangeiras é muito diferente da cultura que nós Portugueses incutimos aos nossos filhos?

Cristina Silva- A maior parte dos pais que procuram a Ericeira são na grande maioria provenientes dos países nórdicos onde a educação é um pilar substancial na formação dos indivíduos e aqui eles procuram essa continuidade recorrendo não só nosso ensino tradicional mas às metodologias de homeschooling, woldorf, comunidades de aprendizagem, escolas da floresta, tudo veículos de ensino onde a grande diferença está na forma de ensinar, não empacotando e armazenando conhecimentos mas experenciando vivências que como sabes aumentam a nossa capacidade de imaginação e criatividade, coisas que são muitas vezes oprimidas no ensino regular. 

 

André Fereira- Estas crianças que um dia vão-se tornar jovens e mais tarde adultos, vês muitas diferenças, ou esperas comportamentos muito diferentes em relação, a uns com outros, por exemplo comportamentos diferentes de futuros jovens portugueses, em relação aos jovens estrangeiros?

Cristina Silva- Não as tecnologias que vocês hoje têm ao vosso alcance, toda a informação que vos é dada, todo um conjunto de conhecimentos da situação do mundo atual que vocês diariamente são confrontados e que têm consciência que o nosso mundo só irá ser melhor se todos contribuirmos com a nossa quota parte. Não interessa de que parte do mundo provêm, interessa sim o que tu fazes de melhor para tornar a próxima geração uma geração que vive num futuro sustentável. 

 

André Ferreira- Como psicóloga formada que és, qual é a tua opinião em relação às famílias de acolhimento?

Cristina Silva- Agora tocas no meu ponto fraco. Sim porque tive o privilégio de ser família de acolhimento, de poder dar uma vida mais condigna a um ser humano enorme que teve a infelicidade de perder os pais e viver numa instituição.  Não que não lhe tenha sido dado amor, não lhe tenha faltado bens materiais, os necessários, educação, formação. Mas sabes falta colo, falta o ralhete dado como se dá a um filho, a certeza que haverá para todo o sempre uma família que o espera e acolhe e não apenas um período que terminará aos 18 anos e aos 18 anos não sabemos ainda sequer que rumo vamos seguir. Talvez quem sabe um dia a vida me volte a dar a oportunidade de tornar a vida de alguém um pouco melhor. 

 

André Ferreira- O que é que na tua opinião é preciso mudar no sistema em relação às famílias de acolhimento e ao sistema legal?

Cristina Silva- Sobretudo menos burocracia, sistema que no nosso país predomina em prole do que é realmente importante e que deveria ser o foco principal, o bem estar físico e emocional das crianças e jovens que a vida já se encarregou de tornar dura. E depois uma mentalização do ser humano para perceber que no seu coração há sempre um buraquinho para acolher quem mais precisa. 

 

André Ferreira- O que é que preciso mudar na educação que é dada aos nossos filhos, quando estes são apenas crianças ou meros bebés? 

Cristina Silva- Primeiro temos de ter a consciência da importância do nosso papel de pais e orientadores de uma caminhada. Depois criar os alicerces necessários como a auto-estima, a confiança, o acreditar em si próprio para ultrapassar os obstáculos e atingir a fase adulta com confiança e sem medos do fracasso, ou da opinião alheia. Depois deixá-los voar o seu rumo, vigiando apenas atrás a uma distância segura para os agarrar quando caiem e levantá-los, e colocar de novo em voo mais confiantes. 

 

André Ferreira- Para nós que somos leigos nestas matérias e não dispomos dos mesmos meios/ferramentas, e conhecimentos como a Cristina Silva, a partir de que idade uma criança começa a querer afirmar-se, e qual é o papel do seu pai ou tutor nesse sentido?

Cristina Silva- Uma criança afirma se logo que é gerada, dando logo sinais da sua existência e da responsabilidade que isso acarreta nas nossas vidas a partir daí e depois é só estarmos atentos e seguir a nossa intuição de pais e ter a noção que a aprendizagem será uma constante para ambas as partes. Porque ninguém nasce pai/mãe, mas todos nascemos filhos.

 

André Ferreira- Por certo a Cristina já ouviu ene vezes a frase “Atrás de alguém que fere, está sempre uma pessoa ferida”, qual a tua opinião Cristina em relação a esta mesma frase?

Cristina Silva- Não penso assim. A vida é feita de momentos de felicidade, mas também de momentos que somos postos à prova, e aí sim temos a prova dos nove de todos os ensinamentos e princípios que nos foram transmitidos, e que nos tornaram na pessoa que somos.

 

André Ferreira- Como em todo o lado existe bons e maus profissionais, também no que à educação diz respeito existe bons e maus educadores, para ti o que é preciso para se ser um bom Educador/Educadora?

Cristina Silva- Acima de tudo ter paixão pelo que fazemos. Amar e respeitar o próximo independentemente da idade, da raça, da religião, da cor, da ideologia, simplesmente olhar para aquele ser como parte da nossa responsabilidade de formador. E para  isso não precisas de um "canudo". A tua mãe é o exemplo melhor que tenho para te dar. 

 

André Ferreira- Qual o papel na Educação das crianças por parte dos Auxiliares?

Cristina Silva- Quer sejam auxiliares, professores, educadores, tutores, mestres o que importa mesmo é o que tens para dar de melhor a essas crianças e que serão sem dúvida um pilar na sua formação.

 

André Ferreira- Se não tivesses escolhido a profissão de psicóloga que outra profissão terias escolhido?

Cristina Silva- Não sei, acho que nenhuma porque sabes também tenho um gabinete de estética e onde os meus princípios e preocupações são idênticas, tornar as pessoas mais felizes e confiantes no seu potencial.

 

André Ferreira- Para os alunos de psicologia que estão agora a concluir o curso quais os conselhos que deixas?

Cristina Silva- Façam uma retrospecao do que esperam dar ao mundo com os vossos conhecimentos, de que forma estão preparados para se superarem todos os dias dando o melhor de si mesmos porque no final a recompensa será enorme. Se assim não for, recusem as vezes que forem necessárias para procurar novos rumos para que sejam profissionais preparados, confiantes e prontos a orientar o caminho de outros porque senão serão apenas mais um número a acrescentar à lista de pessoas frustradas pessoalmente e profissionalmente.

 

André Ferreira- Resta-me agradecer o tempo despendido por teres respondido a esta entrevista, e por certo com as tuas respostas, nós leitores ficamos todos um pouco mais ricos de conhecimento. Desejo-te todo o sucesso e toda a sorte do mundo, uma vez mais muito obrigada!